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Espanha pede que Argentina negocie ou se submeta à Justiça

Uma reunião de ministros de Exteriores da União Europeia discutirá a desapropriação da YPF nesta segunda

O ministro de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo: "a Espanha está considerando todas as medidas que possam fazer a Argentina voltar à mesa de negociação" (Congreso de la República de Perú/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2012 às 07h05.

Luxemburgo - O ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, pediu nesta segunda-feira que a Argentina regule "de forma amistosa" o litígio sobre a desapropriação da YPF ou cumpra o que decidirem os tribunais arbitrais internacionais.

"Não discutimos o direito da Argentina em buscar soberania energética, mas, em minha opinião, isso é um erro no século 21. O que discutimos é que alguém possa expropriar sem pagar, que possa apropriar-se de uma empresa sem pagar os acionistas", afirmou García-Margallo ao chegar a uma reunião de ministros de Exteriores da União Europeia (UE) que discutirá a desapropriação.

O Conselho de Ministros comunitário não estudará medidas concretas contra o país sul-americano, já que isso corresponde à Comissão Europeia, mas "vamos analisar o caminho a seguir para que a Argentina volte à legalidade internacional", acrescentou

"A Espanha está considerando todas as medidas que possam fazer a Argentina voltar à mesa de negociação. Se trata de encontrar uma regra negociada", ressaltou.

O ministro espanhol indicou que na sexta-feira passada enviou aos titulares de Relações Exteriores dos países da UE um dossiê "bastante completo" no qual explica o que ocorreu, detalhando o recorde de descumprimentos que a Argentina tem no órgão arbitral encarregado de dirimir as diferenças em matéria de investimentos internacionais.

Lembrou que o Parlamento Europeu pediu na semana passada "medidas muito concretas" como a suspensão das preferências tarifárias e a possibilidade de examinar as negociações para um acordo comercial com o Mercosul, visto que esse bloco tem um país "que não respeita a legalidade internacional", assim como apresentar queixas perante a Organização Mundial do Comércio (OMC).

García-Margallo destacou que o comissário europeu de Comércio, o belga Karel De Gucht, enviou às autoridades argentinas uma carta "na qual indica quais são os procedimentos que a Comissão está pensando em analisar".

De Gucht se reunirá hoje com o secretário de Estado espanhol para a UE, Íñigo Méndez de Vigo, para discutir o conjunto do caso da desapropriação de YPF, segundo informaram fontes da Comissão.

O ministro espanhol também deixou claro que "em nenhum caso" se pensa em adotar medidas que pudessem "se voltar contra" os cidadãos argentinos, já que a amizade entre ambos povos "está fora de toda dúvida e fora" dos altos e baixos que possam afetar as relações entre os dois governos.

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"Não discutimos o direito da Argentina em buscar soberania energética, mas, em minha opinião, isso é um erro no século 21. O que discutimos é que alguém possa expropriar sem pagar, que possa apropriar-se de uma empresa sem pagar os acionistas", afirmou García-Margallo ao chegar a uma reunião de ministros de Exteriores da União Europeia (UE) que discutirá a desapropriação.

O Conselho de Ministros comunitário não estudará medidas concretas contra o país sul-americano, já que isso corresponde à Comissão Europeia, mas "vamos analisar o caminho a seguir para que a Argentina volte à legalidade internacional", acrescentou

"A Espanha está considerando todas as medidas que possam fazer a Argentina voltar à mesa de negociação. Se trata de encontrar uma regra negociada", ressaltou.

O ministro espanhol indicou que na sexta-feira passada enviou aos titulares de Relações Exteriores dos países da UE um dossiê "bastante completo" no qual explica o que ocorreu, detalhando o recorde de descumprimentos que a Argentina tem no órgão arbitral encarregado de dirimir as diferenças em matéria de investimentos internacionais.

Lembrou que o Parlamento Europeu pediu na semana passada "medidas muito concretas" como a suspensão das preferências tarifárias e a possibilidade de examinar as negociações para um acordo comercial com o Mercosul, visto que esse bloco tem um país "que não respeita a legalidade internacional", assim como apresentar queixas perante a Organização Mundial do Comércio (OMC).

García-Margallo destacou que o comissário europeu de Comércio, o belga Karel De Gucht, enviou às autoridades argentinas uma carta "na qual indica quais são os procedimentos que a Comissão está pensando em analisar".

De Gucht se reunirá hoje com o secretário de Estado espanhol para a UE, Íñigo Méndez de Vigo, para discutir o conjunto do caso da desapropriação de YPF, segundo informaram fontes da Comissão.

O ministro espanhol também deixou claro que "em nenhum caso" se pensa em adotar medidas que pudessem "se voltar contra" os cidadãos argentinos, já que a amizade entre ambos povos "está fora de toda dúvida e fora" dos altos e baixos que possam afetar as relações entre os dois governos.

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