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Espanha diz que incerteza política italiana pesa sobre país

Segundo ministro da Economia espanhol, país deve sofrer contágio da nova agitação política da Itália

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 10h44.

Madri - A Espanha irá sofrer contágio da nova agitação política da Itália e o governo continua estudando a necessidade de assistência internacional, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos.

O prêmio de risco da Espanha em relação à Alemanha avançou para 4,36 pontos percentuais depois que o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou que irá renunciar, provocando eleições antecipadas. O spread entre os títulos de dez anos da Espanha e os alemães subia 0,20 ponto percentual em relação a sexta-feira, mas ainda estava bem abaixo da máxima de 6,50 pontos percentuais atingida em julho.

"Toda vez que há dúvidas ... por exemplo hoje no caso da Itália, quando há incertezas sobre a estabilidade política de um país vizinho como a Itália, isso imediatamente nos afeta", disse de Guindos em entrevista para a rádio estatal espanhola.

Nos últimos dois anos, a Espanha e a Itália trocaram farpas sobre a situação financeira ou política de um que estaria arrastando o outro na crise da dívida da zona do euro. Mas líderes dos dois países também uniram forças para pressionar a Alemanha a apoiar soluções como construir uma união bancária na Europa.

Sobre um potencial pedido de intervenção do Banco Central Europeu (BCE) no mercado de dívida, de Guindos afirmou: "Isso é um instrumento que o governo espanhol está avaliando e nós tomaremos a decisão que for melhor para a Espanha." Para uma intervenção do BCE, Madri teria que, primeiramente, buscar ajuda do fundo de resgate da zona do euro.

Analistas veem impacto limitado à Espanha no curto prazo da instabilidade política na Itália.

"O risco é muito limitado devido ao programa de compra de títulos (anunciado) pelo BCE. Nós não vamos ver repiques da taxa de juros como aqueles vistas antes do verão (europeu), mas obviamente haverá algumas tensões levando talvez a uma demanda menor nos próximos leilões de títulos", afirmou o economista do Citigroup Jose Luis Martinez.

O anúncio do BCE de seu esquema de compra de títulos tem contido os custos de empréstimo da Espanha desde setembro. Mas os yields da dívida continuam desconfortavelmente altos para um país que enfrenta outro ano sem crescimento econômico.

Os yields avançavam nesta segunda-feira, com o papel de 10 anos mostrando alta de 0,14 ponto percentual no dia, a 5,63 por cento, à medida que a agitação na Itália feriu o sentimento do investidor em relação ao títulos de país com notas mais baixas da zona do euro.

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Madri - A Espanha irá sofrer contágio da nova agitação política da Itália e o governo continua estudando a necessidade de assistência internacional, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos.

O prêmio de risco da Espanha em relação à Alemanha avançou para 4,36 pontos percentuais depois que o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou que irá renunciar, provocando eleições antecipadas. O spread entre os títulos de dez anos da Espanha e os alemães subia 0,20 ponto percentual em relação a sexta-feira, mas ainda estava bem abaixo da máxima de 6,50 pontos percentuais atingida em julho.

"Toda vez que há dúvidas ... por exemplo hoje no caso da Itália, quando há incertezas sobre a estabilidade política de um país vizinho como a Itália, isso imediatamente nos afeta", disse de Guindos em entrevista para a rádio estatal espanhola.

Nos últimos dois anos, a Espanha e a Itália trocaram farpas sobre a situação financeira ou política de um que estaria arrastando o outro na crise da dívida da zona do euro. Mas líderes dos dois países também uniram forças para pressionar a Alemanha a apoiar soluções como construir uma união bancária na Europa.

Sobre um potencial pedido de intervenção do Banco Central Europeu (BCE) no mercado de dívida, de Guindos afirmou: "Isso é um instrumento que o governo espanhol está avaliando e nós tomaremos a decisão que for melhor para a Espanha." Para uma intervenção do BCE, Madri teria que, primeiramente, buscar ajuda do fundo de resgate da zona do euro.

Analistas veem impacto limitado à Espanha no curto prazo da instabilidade política na Itália.

"O risco é muito limitado devido ao programa de compra de títulos (anunciado) pelo BCE. Nós não vamos ver repiques da taxa de juros como aqueles vistas antes do verão (europeu), mas obviamente haverá algumas tensões levando talvez a uma demanda menor nos próximos leilões de títulos", afirmou o economista do Citigroup Jose Luis Martinez.

O anúncio do BCE de seu esquema de compra de títulos tem contido os custos de empréstimo da Espanha desde setembro. Mas os yields da dívida continuam desconfortavelmente altos para um país que enfrenta outro ano sem crescimento econômico.

Os yields avançavam nesta segunda-feira, com o papel de 10 anos mostrando alta de 0,14 ponto percentual no dia, a 5,63 por cento, à medida que a agitação na Itália feriu o sentimento do investidor em relação ao títulos de país com notas mais baixas da zona do euro.

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