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Espanha aumenta segurança após invasão de imigrantes

Governo espanhol mais do que duplicou as tropas de segurança em seu enclave de Melilla, no norte da África

Imigrante africano descansa em um campo de refugiados do enclave espanhol de Melilla, no norte da África (Juan Medina/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 17h58.

Melilla - A Espanha mais do que duplicou as tropas de segurança em seu enclave de Melilla, no norte da África, depois que cerca de 500 pessoas ultrapassaram suas cercas na maior invasão fronteiriça em anos.

O governo espanhol enviou mais 100 policiais na terça-feira e quarta-feira, elevando o total para 150, disse uma fonte do Ministério do Interior, e reforçará a unidade de resposta rápida com mais 20 pessoas, aumentando o contingente para 80.

Os imigrantes de toda a África normalmente tentam passar as cercas de arame farpado dos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, que estão cercados pelo território marroquino e o mar. Os números se multiplicaram, já que o aumento de patrulhas no mar desencorajou as tentativas de chegar à Europa de barco.

Um total de 1.074 pessoas já desafiaram os 12 quilômetros de cercas em torno de Melilla em 2013, de acordo com a fonte, e mais de 1.600 o fizeram desde o início de 2014.

Uma vez em Melilla e Ceuta, os imigrantes são alimentados, recebem roupas e são acomodados em centros especiais. Muitos acabam na Espanha continental e ficam lá ou viajam para o resto da Europa.

Jovens reunidos no centro em Melilla disseram nesta quarta-feira que estavam felizes em ter descido das montanhas que cercam o enclave, onde muitos passam meses à espera de uma oportunidade para cruzar a fronteira.

"Nós fizemos isso! Nós entramos na Europa", disse um homem de um grupo de imigrantes de países como Guiné, Mali, Costa do Marfim e Togo.

O centro onde os imigrantes aguardam o processamento de sua condição está saturado, o que levou o Exército a instalar barracas ao redor dele. Existem hoje cerca de 1.800 pessoas alojadas em uma instalação com uma capacidade oficial para 480 pessoas.

Em fevereiro, a União Europeia solicitou à Espanha o motivo pelo qual a polícia disparou balas de borracha de advertência quando um grupo de imigrantes africanos tentou percorrer e nadar até Ceuta. Quinze morreram quando os tiros causaram pânico entre os imigrantes, de acordo com a Espanha.

Em outubro, mais de 360 pessoas se afogaram perto da ilha de Lampedusa, uma ilha italiana entre a Tunísia e a Sicília que tem atraído muitos imigrantes.

Embarcações navais e da guarda costeira italiana resgataram mais de 2.000 imigrantes que viajavam em barcos a partir do norte da África ao longo dos últimas 48 horas, disseram autoridades nesta quarta-feira.

As negociações sobre uma solução mais coordenada da União Europeia tiveram pouco progresso, apesar das tentativas de países como Espanha e Itália de convencer vizinhos do norte a compartilhar o fardo da maré de imigrantes.

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Melilla - A Espanha mais do que duplicou as tropas de segurança em seu enclave de Melilla, no norte da África, depois que cerca de 500 pessoas ultrapassaram suas cercas na maior invasão fronteiriça em anos.

O governo espanhol enviou mais 100 policiais na terça-feira e quarta-feira, elevando o total para 150, disse uma fonte do Ministério do Interior, e reforçará a unidade de resposta rápida com mais 20 pessoas, aumentando o contingente para 80.

Os imigrantes de toda a África normalmente tentam passar as cercas de arame farpado dos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, que estão cercados pelo território marroquino e o mar. Os números se multiplicaram, já que o aumento de patrulhas no mar desencorajou as tentativas de chegar à Europa de barco.

Um total de 1.074 pessoas já desafiaram os 12 quilômetros de cercas em torno de Melilla em 2013, de acordo com a fonte, e mais de 1.600 o fizeram desde o início de 2014.

Uma vez em Melilla e Ceuta, os imigrantes são alimentados, recebem roupas e são acomodados em centros especiais. Muitos acabam na Espanha continental e ficam lá ou viajam para o resto da Europa.

Jovens reunidos no centro em Melilla disseram nesta quarta-feira que estavam felizes em ter descido das montanhas que cercam o enclave, onde muitos passam meses à espera de uma oportunidade para cruzar a fronteira.

"Nós fizemos isso! Nós entramos na Europa", disse um homem de um grupo de imigrantes de países como Guiné, Mali, Costa do Marfim e Togo.

O centro onde os imigrantes aguardam o processamento de sua condição está saturado, o que levou o Exército a instalar barracas ao redor dele. Existem hoje cerca de 1.800 pessoas alojadas em uma instalação com uma capacidade oficial para 480 pessoas.

Em fevereiro, a União Europeia solicitou à Espanha o motivo pelo qual a polícia disparou balas de borracha de advertência quando um grupo de imigrantes africanos tentou percorrer e nadar até Ceuta. Quinze morreram quando os tiros causaram pânico entre os imigrantes, de acordo com a Espanha.

Em outubro, mais de 360 pessoas se afogaram perto da ilha de Lampedusa, uma ilha italiana entre a Tunísia e a Sicília que tem atraído muitos imigrantes.

Embarcações navais e da guarda costeira italiana resgataram mais de 2.000 imigrantes que viajavam em barcos a partir do norte da África ao longo dos últimas 48 horas, disseram autoridades nesta quarta-feira.

As negociações sobre uma solução mais coordenada da União Europeia tiveram pouco progresso, apesar das tentativas de países como Espanha e Itália de convencer vizinhos do norte a compartilhar o fardo da maré de imigrantes.

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