Escândalo de doping abala esporte, mas não Putin
O presidente Vladimir Putin e seus aliados habilmente se desviaram da culpa ao vender o episódio como um complô ocidental
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2016 às 14h13.
Moscou - Ter os atletas de um país proibidos de disputar a Olimpíada porque o governo é acusado de sistematicamente acobertar casos de doping geraria uma turbulência política em muitos países, afetando especialmente a posição do chefe dessa nação.
Mas na Rússia, que esta a meses de uma eleição parlamentar e em meio a uma crise econômica, o presidente Vladimir Putin e seus aliados habilmente se desviaram da culpa ao vender o episódio como um complô ocidental, típica da Guerra Fria, para sabotar a retomada internacional da Rússia.
A mais recente crise envolvendo o doping ainda é muito recente para impactar as pesquisas de opinião. Mas mesmo que o escândalo manche uma das principais peças do legado de Putin --ter sediado a Olimpíada de Inverno em Sochi em 2014-- institutos de pesquisa preveem que o caso não deve ter grande efeito sobre Putin.
"Isso (o escândalo de doping) não pesará sobre sua popularidade. Não é uma questão de lógica", disse à Reuters Stepan Goncharov, do Centro Levada, um instituto de pesquisas independente.
A pesquisa mais recente do Levada, realizada em junho, deu a Putin uma aprovação de 81 por cento, abaixo do pico registrado no ano passado de 89 por cento, mas ainda uma aprovação estratosférica para os padrões ocidentais.
"Os eleitores não vinculam problemas domésticos, como os econômicos, a Putin", disse Goncharov.
"Para eles, a culpa é dos outros." Putin, que aponta o fato de a Rússia ter sediado a Olimpíada de Inverno de 2014 em Sochi como um símbolo do sucesso russo sob sua liderança, reclamou nesta semana do que classificou de um retorno perigoso da interferência política no esporte do tempo da Guerra Fria.
Moscou - Ter os atletas de um país proibidos de disputar a Olimpíada porque o governo é acusado de sistematicamente acobertar casos de doping geraria uma turbulência política em muitos países, afetando especialmente a posição do chefe dessa nação.
Mas na Rússia, que esta a meses de uma eleição parlamentar e em meio a uma crise econômica, o presidente Vladimir Putin e seus aliados habilmente se desviaram da culpa ao vender o episódio como um complô ocidental, típica da Guerra Fria, para sabotar a retomada internacional da Rússia.
A mais recente crise envolvendo o doping ainda é muito recente para impactar as pesquisas de opinião. Mas mesmo que o escândalo manche uma das principais peças do legado de Putin --ter sediado a Olimpíada de Inverno em Sochi em 2014-- institutos de pesquisa preveem que o caso não deve ter grande efeito sobre Putin.
"Isso (o escândalo de doping) não pesará sobre sua popularidade. Não é uma questão de lógica", disse à Reuters Stepan Goncharov, do Centro Levada, um instituto de pesquisas independente.
A pesquisa mais recente do Levada, realizada em junho, deu a Putin uma aprovação de 81 por cento, abaixo do pico registrado no ano passado de 89 por cento, mas ainda uma aprovação estratosférica para os padrões ocidentais.
"Os eleitores não vinculam problemas domésticos, como os econômicos, a Putin", disse Goncharov.
"Para eles, a culpa é dos outros." Putin, que aponta o fato de a Rússia ter sediado a Olimpíada de Inverno de 2014 em Sochi como um símbolo do sucesso russo sob sua liderança, reclamou nesta semana do que classificou de um retorno perigoso da interferência política no esporte do tempo da Guerra Fria.