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Equador diz que é grave apoi da CIA a intervenção colombiana

Investigação publicada pelo jornal "Washington Post" mostrou que os Estados Unidos e a Colômbia fortaleceram a estreita relação militar que existe desde 2000

Membro das Farc: umas das operações, segundo a reportagem, foi contra Raúl Reyes, considerado o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Luis Robayo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 16h22.

Quito - O presidente do Equador , Rafael Correa, classificou nesta segunda-feira de "gravíssimo" o apoio da CIA no ataque militar colombiano em 2008 contra um acampamento clandestino das Farc na Amazônia, no qual morreu um dos líderes do grupo guerrilheiro, revelou um jornal americano".

O "Washington Post" afirmou que o ataque de Angostura teve a participação da CIA com conhecimento do governo dos EUA. É gravíssimo!", escreveu o presidente em sua conta no Twitter, aonde também questionou se seria uma coincidência essas "revelações" ou se seria "uma tentativa de afetar as relações com os EUA, com a Colômbia e, sobretudo, o processo de paz", que a Colômbia negocia há um ano.

"A esta altura, já não acredito em "coincidências". A extrema direita colombiana e internacional é capaz de tudo! Feliz Natal, com a paz das consciências tranquilas. Os bons são mais!", afirmou o governante equatoriano naa rede social.

Uma investigação publicada ontem pelo jornal "Washington Post" mostrou que os Estados Unidos e a Colômbia fortaleceram a estreita relação militar que existe desde 2000 com o início de um programa secreto da CIA que permitiu ajudar a matar dezenas de líderes guerrilheiros das Farc.

O programa, autorizado pelo ex-presidente americano George W. Bush em 2000 e prolongado pelo atual líder Barack Obama, incluía a utilização de drones, bombas inteligentes guiadas por sistemas de GPS.

Embora a parceria entre os países estivesse canalizada através do "Plano Colômbia", o programa secreto contava com um orçamento adicional de US$ 9 bilhões e era coordenado diretamente pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA).

Umas das operações, segundo a reportagem, foi contra Raúl Reyes, considerado o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, em fevereiro de 2008 na região de Angostura, fronteira entre Colômbia e Equador.

Os aviões colombianos, guiados pelos relatórios da CIA e sem sair do espaço aéreo da Colômbia, bombardearam o acampamento de Reyes, do outro lado do rio Putumayo, em território equatoriano, e posteriormente tropas colombianas continuaram o ataque, informou o diário.

Correa considerou o bombardeio uma violação da soberania equatoriana e rompeu relações com a Colômbia, que foram restabelecidas em 2010 com Juan Manuel Santos no poder.

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O "Washington Post" afirmou que o ataque de Angostura teve a participação da CIA com conhecimento do governo dos EUA. É gravíssimo!", escreveu o presidente em sua conta no Twitter, aonde também questionou se seria uma coincidência essas "revelações" ou se seria "uma tentativa de afetar as relações com os EUA, com a Colômbia e, sobretudo, o processo de paz", que a Colômbia negocia há um ano.

"A esta altura, já não acredito em "coincidências". A extrema direita colombiana e internacional é capaz de tudo! Feliz Natal, com a paz das consciências tranquilas. Os bons são mais!", afirmou o governante equatoriano naa rede social.

Uma investigação publicada ontem pelo jornal "Washington Post" mostrou que os Estados Unidos e a Colômbia fortaleceram a estreita relação militar que existe desde 2000 com o início de um programa secreto da CIA que permitiu ajudar a matar dezenas de líderes guerrilheiros das Farc.

O programa, autorizado pelo ex-presidente americano George W. Bush em 2000 e prolongado pelo atual líder Barack Obama, incluía a utilização de drones, bombas inteligentes guiadas por sistemas de GPS.

Embora a parceria entre os países estivesse canalizada através do "Plano Colômbia", o programa secreto contava com um orçamento adicional de US$ 9 bilhões e era coordenado diretamente pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA).

Umas das operações, segundo a reportagem, foi contra Raúl Reyes, considerado o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, em fevereiro de 2008 na região de Angostura, fronteira entre Colômbia e Equador.

Os aviões colombianos, guiados pelos relatórios da CIA e sem sair do espaço aéreo da Colômbia, bombardearam o acampamento de Reyes, do outro lado do rio Putumayo, em território equatoriano, e posteriormente tropas colombianas continuaram o ataque, informou o diário.

Correa considerou o bombardeio uma violação da soberania equatoriana e rompeu relações com a Colômbia, que foram restabelecidas em 2010 com Juan Manuel Santos no poder.

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