Mundo

Em entrevista, Hugo Chávez defende sua política econômica

Na matéria do jornal britânico Financial Times, Chávez lembra que o PIB do país vem crescendo há 22 trimestres consecutivos

O presidente venezuelano Hugo Chávez: cifras atuais são bem diferentes do que o dirigente se gaba - foi o pior resultado do PIB em todo o continente no 1º tri (.)

O presidente venezuelano Hugo Chávez: cifras atuais são bem diferentes do que o dirigente se gaba - foi o pior resultado do PIB em todo o continente no 1º tri (.)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2010 às 11h29.

Londres - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu a política econômica e social que aplicou ao longo dos mais de 11 anos que está no poder, apesar da profunda recessão e da elevada inflação registrada no país, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal Financial Times (FT).

"A Venezuela teve 22 trimestres consecutivos de crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB)", declarou Chávez ao jornal econômico londrino. "Nos últimos seis anos, o crescimento foi de 7,8% (...), e houve inclusive um ano em que o crescimento foi de 12%, apenas inferior à China."

As cifras atuais são, no entanto, muito diferentes. A economia venezuelana teve queda de 3,3% em 2009, e de 5,4% no primeiro trimestre de 2010, o que representa o quarto período consecutivo de baixa da economia e o pior resultado de todo o subcontinente.

Citando o Morgan Stanley, o FT publicou previsões de novas retrações de 6,2% em 2010 e 1,2% em 2011.

A taxa de inflação é também a maior de toda a região, com 31,2% interanual no mês de maio.

"Certamente, a inflação continua alta. Mas na década passada chegou à media de 80%. E houve um ano em que chegou a 100%, em 1996", explicou Chávez ao FT, que não informa quando a entrevista foi realizada.

Apesar das críticas suscitadas em Estados Unidos e Europa, o presidente venezuelano argumentou que as nacionalizações de indústrias estratégicas iniciadas em 2007 lhe ajudaram a financiar programas sociais de luta contra a pobreza.

"Quando chegamos, a pobreza chegava a 60% (da população). Hoje é de 23%. A extrema pobreza era de 25%, hoje é de 5%", explicou.

Além disso, completou que desde que subiu à presidência em 1999, o gasto com programas sociais quintuplicou, até alcançar atualmente "uma média de 30 bilhões anuais em educação, moradia, seguridade social".

"Enfrentamos essa crise econômica (mas) creio que superamos (nossos problemas)", completou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEmpresas estataisIndicadores econômicosPIBVenezuela

Mais de Mundo

Após assumir novo mandato presidencial na Rússia, Putin anuncia troca no Ministério da Defesa

ONU pede cessar-fogo 'imediato' para guerra em Gaza, que já deixa mais de 35.000 mortos

Não é só no RS: enchentes matam mais de 300 pessoas no Afeganistão, diz ONU

Por que Robert Kennedy pode ser fundamental para o resultado das eleições nos EUA?

Mais na Exame