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Em vídeo, jornalista expõe a perseguição de judeus em Paris

Zvika Klein caminhou pelas ruas da capital francesa para mostrar as agressões sofridas por judeus e registrou olhares de ódio, xingamentos e até cusparadas

Zvika Klein: jornalista caminhou pelas ruas da capital francesa para mostrar as agressões aos quais estão submetidos os judeus. Registrou olhares de ódio, cusparadas e xingamentos (Reprodução/YouTube)

Gabriela Ruic

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 10h22.

São Paulo –  Quase um mês após um fanático religioso ter matado quatro judeus em um mercado de Paris ( França ), o jornalista Zvika Klein, também judeu, resolveu realizar um experimento: usando acessórios religiosos (um quipá, uma espécie de chapéu, e o tzitzit, franjas mostradas por baixo da roupa) ele caminhou durante dez horas pelas ruas da cidade.

Klein desejava mostrar ao mundo a perseguição, as agressões verbais e os gestos ofensivos (como até cusparadas) aos quais os judeus estão diariamente submetidos na capital francesa. Para tanto, contou com o auxílio de um fotógrafo, que ficou responsável pelos registros, e de um guarda-costas, que o monitorou a distância para prevenir qualquer situação de violência.

Bem-vindos a Paris de 2015

O vídeo começa na Torre Eiffel, cartão postal parisiense, e, em seguida, mostra a jornada do jornalista em áreas centrais da cidade e também nos subúrbios.

As regiões turísticas foram relativamente calmas, mas na medida em que eu me distanciava delas, ficava cada vez mais ansioso por conta dos olhares de ódio que recebi, relatou Klein em artigo publicado no site de notícias NRG.

O experimento resultou em dez horas de áudios e imagens que foram reduzidas em um vídeo de cerca de dois minutos de duração. Vale lembrar que o conteúdo editado não mostra todas as manifestações (positivas ou negativas) registradas ao longo do dia e privilegia cenas em áreas majoritariamente muçulmanas.

Um dos trechos que ficou de fora da edição mostrava o comportamento de uma criança ao se deparar com ele. Olha mamãe, disse o menino para uma mulher usando um hijab, vestimentas islâmicas, o que é que ele está fazendo aqui? Será que não sabe que pode ser morto?, questionou ele.

O experimento foi postado por Klein no YouTube no início desta semana e já contabiliza mais de três milhões de visualizações. Segundo ele, a ideia de produzi-lo veio depois da divulgação do vídeo da americana Shoshana Roberts, no qual ela registrou uma caminhada de dez horas em Nova York para mostrar o assédio sofrido por mulheres no dia a dia.

Veja o vídeo abaixo (em francês, mas com legendas em inglês).

https://youtube.com/watch?v=AltyhmrIFgo%3Frel%3D0

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São Paulo –  Quase um mês após um fanático religioso ter matado quatro judeus em um mercado de Paris ( França ), o jornalista Zvika Klein, também judeu, resolveu realizar um experimento: usando acessórios religiosos (um quipá, uma espécie de chapéu, e o tzitzit, franjas mostradas por baixo da roupa) ele caminhou durante dez horas pelas ruas da cidade.

Klein desejava mostrar ao mundo a perseguição, as agressões verbais e os gestos ofensivos (como até cusparadas) aos quais os judeus estão diariamente submetidos na capital francesa. Para tanto, contou com o auxílio de um fotógrafo, que ficou responsável pelos registros, e de um guarda-costas, que o monitorou a distância para prevenir qualquer situação de violência.

Bem-vindos a Paris de 2015

O vídeo começa na Torre Eiffel, cartão postal parisiense, e, em seguida, mostra a jornada do jornalista em áreas centrais da cidade e também nos subúrbios.

As regiões turísticas foram relativamente calmas, mas na medida em que eu me distanciava delas, ficava cada vez mais ansioso por conta dos olhares de ódio que recebi, relatou Klein em artigo publicado no site de notícias NRG.

O experimento resultou em dez horas de áudios e imagens que foram reduzidas em um vídeo de cerca de dois minutos de duração. Vale lembrar que o conteúdo editado não mostra todas as manifestações (positivas ou negativas) registradas ao longo do dia e privilegia cenas em áreas majoritariamente muçulmanas.

Um dos trechos que ficou de fora da edição mostrava o comportamento de uma criança ao se deparar com ele. Olha mamãe, disse o menino para uma mulher usando um hijab, vestimentas islâmicas, o que é que ele está fazendo aqui? Será que não sabe que pode ser morto?, questionou ele.

O experimento foi postado por Klein no YouTube no início desta semana e já contabiliza mais de três milhões de visualizações. Segundo ele, a ideia de produzi-lo veio depois da divulgação do vídeo da americana Shoshana Roberts, no qual ela registrou uma caminhada de dez horas em Nova York para mostrar o assédio sofrido por mulheres no dia a dia.

Veja o vídeo abaixo (em francês, mas com legendas em inglês).

https://youtube.com/watch?v=AltyhmrIFgo%3Frel%3D0

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