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Em entrevista ao JN, Palocci nega tráfico de influência e preserva clientes

Palocci negou-se a informar dados da empresa e lista de clientes, enquanto pediu "boa fé" pela idoneidade dos negócios da Projeto

Nas conversas reservadas, Palocci tem insistido no argumento de que cumpriu um período de quarentena de quatro meses quando deixou o Ministério da Fazenda, em 2006 (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 22h28.

São Paulo - Sob forte fogo cruzado político, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, falou pela primeira vez em 18 dias de crise em entrevista ao Jornal Nacional na noite desta sexta-feira (3) com uma linha clara de defesa em mente: separar as atividades de empresário e homem público.

Palocci afirmou que sua atuação no comando da empresa de consultoria Projeto era regular. Ele reforçou que a empresa não participou de tráfico de influência e  que teve seus serviços registrados. "Minha empresa nunca atuou junto a órgãos públicos, nem diretamente nem representando empresas privadas estivessem relacionadas ao setor público", afirmou. O ministro reforçou que a empresa emitia notas e recolhia impostos, e em dezembro de 2010 foi encerrada para que pudesse assumir o cargo no governo de Dilma Rousseff.

Questionado,  Palocci negou-se ainda a revelar a lista de clientes da Projeto e o detalhar dos números da companhia. "Não posso expor contratos que tive com empresas privadas renomadas em ambiente de conflito político", disse. O ministro limitou-se a informar os setores para os quais a empresa prestava serviços, que envolveriam segmentos da indústria, serviços financeiros,  mercados de capitais e fundos de investimentos. "Foram empresas que consideraram útil que eu tenha sido Ministro da Fazenda e que eu tenha acumulado experiência na área econômica".

A entrevista foi gravada na tarde desta sexta por equipe da TV Globo às 16h No Palácio do Planalto, e é a primeira manifestação pública desde que reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" informou que ele teve o patrimônio pessoal aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010. No período, o atual ministro exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.

"Não há crise" e "boa fé"

O ministro negou que tenha cogitado deixar o cargo à disposição da presidente Dilma e que esse assunto tenha sequer sido debatido - "O meu cargo a presidente Dilma tem, o meu e de todos os ministros. Mas não conversamos sobre isso" - e negou que esteja acontecendo uma crise no governo. "Não há crise, e sim uma questão pessoal minha que assumo a responsabilidade do que me couber explicar".

Por fim, questionado sobre a possibilidade da Procuradoria da República decidir instaurar investigação contra ele, Palocci disse que não falará em hipóteses. "Quero que as pessoas vejam os documentos e que eu seja avaliado pela justiça. Tem que existir boa fé nas pessoas. Por isso que a lei diz que quando há uma suspeita é preciso que ela seja comprovada", encerrou.

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Palocci afirmou que sua atuação no comando da empresa de consultoria Projeto era regular. Ele reforçou que a empresa não participou de tráfico de influência e  que teve seus serviços registrados. "Minha empresa nunca atuou junto a órgãos públicos, nem diretamente nem representando empresas privadas estivessem relacionadas ao setor público", afirmou. O ministro reforçou que a empresa emitia notas e recolhia impostos, e em dezembro de 2010 foi encerrada para que pudesse assumir o cargo no governo de Dilma Rousseff.

Questionado,  Palocci negou-se ainda a revelar a lista de clientes da Projeto e o detalhar dos números da companhia. "Não posso expor contratos que tive com empresas privadas renomadas em ambiente de conflito político", disse. O ministro limitou-se a informar os setores para os quais a empresa prestava serviços, que envolveriam segmentos da indústria, serviços financeiros,  mercados de capitais e fundos de investimentos. "Foram empresas que consideraram útil que eu tenha sido Ministro da Fazenda e que eu tenha acumulado experiência na área econômica".

A entrevista foi gravada na tarde desta sexta por equipe da TV Globo às 16h No Palácio do Planalto, e é a primeira manifestação pública desde que reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" informou que ele teve o patrimônio pessoal aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010. No período, o atual ministro exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.

"Não há crise" e "boa fé"

O ministro negou que tenha cogitado deixar o cargo à disposição da presidente Dilma e que esse assunto tenha sequer sido debatido - "O meu cargo a presidente Dilma tem, o meu e de todos os ministros. Mas não conversamos sobre isso" - e negou que esteja acontecendo uma crise no governo. "Não há crise, e sim uma questão pessoal minha que assumo a responsabilidade do que me couber explicar".

Por fim, questionado sobre a possibilidade da Procuradoria da República decidir instaurar investigação contra ele, Palocci disse que não falará em hipóteses. "Quero que as pessoas vejam os documentos e que eu seja avaliado pela justiça. Tem que existir boa fé nas pessoas. Por isso que a lei diz que quando há uma suspeita é preciso que ela seja comprovada", encerrou.
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