Após consulta popular, Equador suspende a extração de petróleo em parque amazônico
Com a aprovação da medida, o governo estima perdas de US$ 16,47 bilhões em 20 anos
Agência de notícias
Publicado em 21 de agosto de 2023 às 14h19.
Última atualização em 21 de agosto de 2023 às 15h44.
Em uma consulta popular histórica, 59% dos eleitores equatorianos aprovaram a suspensão da exploração de petróleo em um setor do parque amazônico do Yasuní, de acordo com o resultado oficial de 98% das urnas eleitorais divulgado nesta segunda-feira, 21.
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O parque Yasuní (leste) é a joia da coroa da estatal Petroecuador e tem uma extensão de 1 milhão de hectares.O bloco 43 representa apenas 0,08% de sua extensão e é o quarto em produção de petróleo do país, com 57 mil barris por dia (bd).
O rendimento atual do bloco 43 fica atrás dos velhos campos amazônicos Sacha (72.000 bd), Auca (71.000 bd) e Shushufindi (62.000 bd), cujas produções estão em declínio. Outros campos de petróleo ainda estão ativos no parque Yasuní.
Nesse local, onde vivem as comunidades indígenas waoranis, kichwas, e também as comunidades indígenas em isolamento voluntário tagaeri, taromenane e dugakaeri, o bloco 43 extrai 12% dos 466.000 bd produzidos pelo país, todos na Amazônia.
Com a vitória do "Sim" no referendo de domingo, 20, o governo estima perdas de US$ 16,47 bilhões (R$ 81,8 bilhões na cotação atual) em 20 anos.Localizada entre as províncias de Pastaza e Orellana, esta reserva da biosfera de 2,7 milhões de hectares, que inclui o parque de mesmo nome, captura carbono e depois bombeia oxigênio e vapor d'água que recarrega as fontes hídricas.
Promovido por ambientalistas, o referendo sobre o Yasuní chamou a atenção internacional, enquanto o mundo busca reduzir os combustíveis fósseis e mitigar o aquecimento global .