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EI publica lista de 100 militares americanos a serem mortos

Hackers que afirmam pertencer ao grupo publicaram nomes e endereços de 100 militares americanos a serem assassinados

Jihadistas do Estado Islâmico: segundo os jihadistas, os 100 militares participaram da guerra contra o EI na Síria, Iraque e Iêmen (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2015 às 11h24.

Hackers que afirmam pertencer ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) publicaram neste domingo na internet os nomes e endereços de 100 militares americanos a serem assassinados, segundo informou o centro americano de vigilância de sites islamitas SITE.

Este grupo, que se apresenta como a "Divisão de hackers do Estado Islâmico", postou informações sobre membros de diferentes divisões do exército americano, incluindo fotografias e graduação.

Ele afirma ter hackeado essas informações de servidores, bases de dados e e-mails do governo.

Segundo os jihadistas, os 100 militares participaram da guerra contra o EI na Síria, Iraque e Iêmen.

Questionados pelo jornal New York Times, o Departamento americano de Defesa e o FBI disseram estar cientes dessas ameaças e indicaram que investigam o caso.

O jornal cita ainda uma fonte militar que afirma que a maioria das informações publicadas são acessíveis ao público e que os servidores do governo parecem não terem sido hackeados.

Além disso, alguns dos militares que aparecem na lista não participaram nos ataques aéreos conduzidos pelos Estados Unidos contra o EI, segundo o jornal.

Ainda assim, o Comando dos Marines americanos apelou seus membros a se manterem vigilantes.

"A vigilância e a proteção da força continuam a ser uma prioridade para os comandantes e demais membros", declarou em um comunicado o tenente-coronel John Waldwell.

"Recomendamos aos Marines e seus familiares que verifiquem seus perfis na internet a fim de (...) limitar o acesso à informações pessoais", acrescentou.

Ainda que a ameaça não tenha sido autenticada, cada um dos marines listados receberá uma visita individual, segundo o tenente-coronel.

'O que vocês estão esperando?'

"Graças a grande quantidade de dados que obtivemos de diferentes servidores e bases de dados, decidimos comunicar 100 endereços, para que nossos irmãos que residem na América possam se ocupar", escreveu o grupo.

"Agora que facilitamos a tarefa fornecendo os endereços, o que resta a fazer é dar o último passo, então o que vocês estão esperando?", lançaram os jihadistas aos partidários do EI, que controla vastos territórios na Síria e no Iraque, e que reivindicou uma série de atentados nos últimos meses no exterior, os últimos na Tunísia e no Iêmen.

Nos últimos meses, vários meios de comunicação e instituições americanas foram hackeadas por hackers que disseram pertencer ao EI. Em janeiro, assumiram o controle temporário das contas no Twitter e no YouTube do comando militar americano no Oriente Médio (Centcom), causando embaraço ao exército americano em plena guerra contra o EI.

No início de janeiro, o FBI lançou uma investigação sobre uma série de ataques a sites americanos.

O governo americano, assim como outros ocidentais, expressou sua determinação para combater a propaganda do EI na internet, principalmente nas redes sociais.

Tentativa de desviar a atenção

O comandante das tropas da Otan na Europa, Philip Breedlove, considerou neste domingo que a publicação da lista com os nomes dos militares americanos, era uma tentativa de desviar a atenção da parte "de um califado pressionado" no campo de batalha.

"Quanto à publicação pelo Isis (um dos nomes utilizados para designar a organização terrorista) dessas informações, a minha pergunta é: por que deveríamos esperar menos, ou algo diferente?", declarou o general americano em um debate organizado em Bruxelas pelo Instituto americano German Marshall Fund.

"Esta é apenas mais uma maneira sensacionalista de chamar a atenção. Eles têm registrado nos últimos meses seguidas derrotas no campo de batalha (...) assim lançaram algo para impressionar ", acrescentou.

"O califado está sob grande pressão e, portanto, eles tentam desviar a atenção do que está acontecendo no campo de batalha", ressaltou o general Breedlove.

Por sua vez, o ex-subsecretário americano para a política de Defesa, Michèle Flournoy, foi mais cauteloso, considerando que "isso mostra que tipo de tática vão usar e temos que nos preparar, tanto em termos de proteção do nosso pessoal, mas também pelo trabalho com as comunidades em nossos países para garantir que o processo de radicalização tenha menos probabilidade de sucesso".

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Este grupo, que se apresenta como a "Divisão de hackers do Estado Islâmico", postou informações sobre membros de diferentes divisões do exército americano, incluindo fotografias e graduação.

Ele afirma ter hackeado essas informações de servidores, bases de dados e e-mails do governo.

Segundo os jihadistas, os 100 militares participaram da guerra contra o EI na Síria, Iraque e Iêmen.

Questionados pelo jornal New York Times, o Departamento americano de Defesa e o FBI disseram estar cientes dessas ameaças e indicaram que investigam o caso.

O jornal cita ainda uma fonte militar que afirma que a maioria das informações publicadas são acessíveis ao público e que os servidores do governo parecem não terem sido hackeados.

Além disso, alguns dos militares que aparecem na lista não participaram nos ataques aéreos conduzidos pelos Estados Unidos contra o EI, segundo o jornal.

Ainda assim, o Comando dos Marines americanos apelou seus membros a se manterem vigilantes.

"A vigilância e a proteção da força continuam a ser uma prioridade para os comandantes e demais membros", declarou em um comunicado o tenente-coronel John Waldwell.

"Recomendamos aos Marines e seus familiares que verifiquem seus perfis na internet a fim de (...) limitar o acesso à informações pessoais", acrescentou.

Ainda que a ameaça não tenha sido autenticada, cada um dos marines listados receberá uma visita individual, segundo o tenente-coronel.

'O que vocês estão esperando?'

"Graças a grande quantidade de dados que obtivemos de diferentes servidores e bases de dados, decidimos comunicar 100 endereços, para que nossos irmãos que residem na América possam se ocupar", escreveu o grupo.

"Agora que facilitamos a tarefa fornecendo os endereços, o que resta a fazer é dar o último passo, então o que vocês estão esperando?", lançaram os jihadistas aos partidários do EI, que controla vastos territórios na Síria e no Iraque, e que reivindicou uma série de atentados nos últimos meses no exterior, os últimos na Tunísia e no Iêmen.

Nos últimos meses, vários meios de comunicação e instituições americanas foram hackeadas por hackers que disseram pertencer ao EI. Em janeiro, assumiram o controle temporário das contas no Twitter e no YouTube do comando militar americano no Oriente Médio (Centcom), causando embaraço ao exército americano em plena guerra contra o EI.

No início de janeiro, o FBI lançou uma investigação sobre uma série de ataques a sites americanos.

O governo americano, assim como outros ocidentais, expressou sua determinação para combater a propaganda do EI na internet, principalmente nas redes sociais.

Tentativa de desviar a atenção

O comandante das tropas da Otan na Europa, Philip Breedlove, considerou neste domingo que a publicação da lista com os nomes dos militares americanos, era uma tentativa de desviar a atenção da parte "de um califado pressionado" no campo de batalha.

"Quanto à publicação pelo Isis (um dos nomes utilizados para designar a organização terrorista) dessas informações, a minha pergunta é: por que deveríamos esperar menos, ou algo diferente?", declarou o general americano em um debate organizado em Bruxelas pelo Instituto americano German Marshall Fund.

"Esta é apenas mais uma maneira sensacionalista de chamar a atenção. Eles têm registrado nos últimos meses seguidas derrotas no campo de batalha (...) assim lançaram algo para impressionar ", acrescentou.

"O califado está sob grande pressão e, portanto, eles tentam desviar a atenção do que está acontecendo no campo de batalha", ressaltou o general Breedlove.

Por sua vez, o ex-subsecretário americano para a política de Defesa, Michèle Flournoy, foi mais cauteloso, considerando que "isso mostra que tipo de tática vão usar e temos que nos preparar, tanto em termos de proteção do nosso pessoal, mas também pelo trabalho com as comunidades em nossos países para garantir que o processo de radicalização tenha menos probabilidade de sucesso".

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