Militantes do Estado Islâmico: o grupo é considerado o mais violento e poderoso da jihad moderna (AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 07h26.
Bagdá - O grupo Estado Islâmico (EI) fez um apelo a seus seguidores para que matem os cidadãos dos países que integram a coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos, em um comunicado divulgado na internet.
"Se vocês podem matar um incrédulo americano ou europeu - especialmente os maliciosos e sujos franceses - ou um australiano ou canadense, ou qualquer outro cidadão dos países que entraram em uma coalizão contra o Estado Islâmico, então confiem em Alá e matem por qualquer meio", afirma Abu Mohamed al-Adnani, porta-voz do EI, na mensagem divulgada em vários idiomas.
"Matem o incrédulo, seja civil ou militar", completou.
Estados Unidos e França executam ataques aéreos contra o EI no Iraque, ao mesmo tempo que Washington tenta criar uma coalizão internacional contra o grupo, considerado uma crescente ameaça mundial.
Os jihadistas, que declararam um "califado" entre o Iraque e a Síria, controlam amplas áreas de território nos dois países.
O grupo é considerado o mais violento e poderoso da jihad moderna. Executou centenas de iraquianos e sírios, assim como reféns estrangeiros, e sua brutal ofensiva forçou a fuga de mais de um milhão de pessoas.
A mensagem de Adnani - divulgada em um áudio em árabe, mas com traduções para o inglês, francês e hebraico - dá instruções sobre como executar os assassinatos sem equipamento militar.
"Esmague a cabeça com uma pedra ou apunhale com uma faca, ou atropele com seu carro, ou jogue de um local alto, ou estrangule ou envenene", disse o porta-voz.
Adnani também faz um apelo aos militantes da península do Sinai no Egito, com o pedido para que "cortem as gargantas" daqueles que lutam a favor do presidente Abdel Fatah al-Sisi.
"Oh Estados Unidos, oh aliados dos Estados Unidos, oh cruzados, saibam que a questão é mais perigosa do que imaginaram e maior do que conceberam", afirmou.
"Nós advertimos que hoje estamos em uma nova era, uma era na qual o Estado (Islâmico), seus soldados e seus filhos são líderes e não escravos", completou Adnani.