Aliados internacionais de Jair Bolsonaro enfrentam eleições complicadas
Benjamin Netanyahu (Israel) e Mauricio Macri (Argentina) são aliados de Jair Bolsonaro, mas talvez não consigam se manter no poder por muito tempo
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2019 às 19h28.
Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 17h39.
São Paulo - Aliados internacionais do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, estão enfrentando cenários eleitorais complicados em seus respectivos países. Nesta semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , não conseguiu a maioria dos votos para continuar no poder nas eleições locais. Na Argentina, é cada vez maior a expectativa de derrota de Mauricio Macri para seu rival, Alberto Fernández.
Eleições em Israel e na Argentina
Com 91% das urnas em Israel apuradas, já é possível afirmar que o atual primeiro-ministro, apoiado por Bolsonaro, não conseguiu uma vitória decisiva no pleito que ocorreu na terça-feira (17). O resultado ficou apertado entre o partido Likud, de Benjamin Netanyahu, e a aliança Azul e Branca, liderada por Benny Gantz.
De acordo com pesquisas de boca de urna, a oposição deve conseguir 34 cadeiras no parlamento, enquanto o partido de Netanyahu conquistaria 33. Independentemente do resultado final, nenhuma das duas legendas conseguirá a maioria para governar sozinha e precisará tentar formar coalizões.
E a tarefa não é fácil. As eleições desta terça só ocorreram porque Netanyahu não obteve coalizão para governar quando foi eleito no último pleito, há apenas cinco meses.
Já na Argentina, o cenário é ainda pior para o aliado de Bolsonaro. As pesquisas mais recentes no país, divulgadas no começo de setembro, mostram que o atual presidente, Maurício Macri, provavelmente vai perder as eleições com uma desvantagem ainda maior do que a registrada nas primárias.
Nesta primeira etapa, que serve para escolher um candidato para cada partido, Macri conseguiu apenas 32,22% dos votos, enquanto a chapa opositora, formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, obteve 47,35%.
Na contramão, Donald Trump
Donald Trump, um dos principais políticos internacionais apoiados pelo brasileiro, viu a aprovação sobre seu governo crescer. Em pesquisa feita pelo jornal The Washington Post e pela emissora ABC, divulgada em julho, o americano conseguiu 44% de aprovação, porcentagem acima dos 39% registrados no levantamento anterior, em abril.
Um dos principais motivos para a alavancada de Trump, segundo a pesquisa, é a economia, sendo que 51% dos americanos afirmaram aprovar a forma pela qual o republicano lidou com os problemas econômicos do país.
Pensando nos possíveis cenários para as eleições de 2020, ainda segundo o The Washington Post, somente o ex-vice-presidente democrata Joe Biden teria condições de derrotar o atual presidente dos EUA. Ele aparece com 53% das intenções de voto em uma pesquisa feita pelo jornal. Contra os demais democratas, os números são mais próximos, mostrando que Trump tem chances altas de se reeleger.