Economias emergentes devem evitar cair na armadilha criada pela crise
Segundo o BIS, alguns emergentes mostram sinais de desequilíbrio financeiro
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2011 às 12h23.
Basileia - As economias emergentes, que crescem com vigor, devem evitar cair na mesma armadilha gerada pela crise financeira e econômica que atravessam atualmente as economias avançadas.
A recomendação consta no 81º relatório anual que o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) apresentou neste domingo na sede central na cidade suíça da Basileia, após a assembleia-geral anual.
"As economias de mercado emergentes escaparam da última crise. Precisam tomar nota da qual provavelmente seja a lição mais importante - que prevenir é melhor do remediar - poderão evitar sua própria crise", segundo o BIS.
As economias de mercado emergentes correm o risco de acumularem desequilíbrios financeiros similares aos observados pelas economias avançadas nos anos anteriores à crise.
Algumas economias de mercado emergentes dão demonstrações de uma nova acumulação de desequilíbrios financeiros.
O BIS pede às economias emergentes que endureçam suas políticas monetárias, ou seja, subam as taxas de juros e flexibilizem as taxas de câmbio de suas divisas.
Até agora em muitas delas o endurecimento da política monetária foi limitado, devido à preocupação sobre o aumento da entrada de capital e da apreciação de suas divisas.
Aplicaram medidas alternativas como maiores coeficientes de caixa (depósitos compulsórios) e controles de capitais impondo taxas às entradas de capital de curto prazo.
O Banco Popular da China exige atualmente aos bancos comerciais um depósito compulsório de 21,5%, enquanto o Banco de Reservas de Índia aplica uma taxa de refinanciamento de 6% e o Banco Central do Brasil situa sua taxa de referência Selic em 12,25%.
As taxas de juros reais, descontada a inflação, se mantiveram baixas ou inclusive negativas em algumas economias emergentes.
Inúmeras economias de mercado emergentes crescem com rapidez, experimentam fortes auges de seus mercados de habitação e aumento do endividamento do setor privado.
Por exemplo, Brasil, China e Índia registraram incrementos do crédito superiores a 20% anual entre 2006 e 2010, nível igual ou superior ao da Irlanda e Espanha antes da explosão da crise.
O crescimento do crédito no Brasil neste período foi de 24,7% e na China de 20,2%.
O crescimento do crédito entre 2002 e 2006 na Irlanda havia sido de 20,3% e na Espanha de 19,2%, contra 10,6% do Reino Unido e de 8,3% dos Estados Unidos.
Além disso, os preços imobiliários sobem em determinadas economias emergentes a ritmos que lembram os registrados em algumas economias avançadas também antes da crise.
O crescimento médio do preço da moradia entre 2006 e 2010 na China foi de 11,3%.
O preço da habitação subiu entre 2002 e 2006 uma média de 15% na Espanha, 11,1% no Reino Unido e 10,7% na Irlanda.
Ao mesmo tempo, a dívida do setor privado dessas economias emergentes cresce com força por isso que as autoridades deveriam aprender com as lições da crise financeira e perceber que as mesmas não se aplicam somente às economias avançadas.
O BIS, que fomenta a cooperação monetária, é a instituição financeira internacional mais antiga do mundo.
Basileia - As economias emergentes, que crescem com vigor, devem evitar cair na mesma armadilha gerada pela crise financeira e econômica que atravessam atualmente as economias avançadas.
A recomendação consta no 81º relatório anual que o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) apresentou neste domingo na sede central na cidade suíça da Basileia, após a assembleia-geral anual.
"As economias de mercado emergentes escaparam da última crise. Precisam tomar nota da qual provavelmente seja a lição mais importante - que prevenir é melhor do remediar - poderão evitar sua própria crise", segundo o BIS.
As economias de mercado emergentes correm o risco de acumularem desequilíbrios financeiros similares aos observados pelas economias avançadas nos anos anteriores à crise.
Algumas economias de mercado emergentes dão demonstrações de uma nova acumulação de desequilíbrios financeiros.
O BIS pede às economias emergentes que endureçam suas políticas monetárias, ou seja, subam as taxas de juros e flexibilizem as taxas de câmbio de suas divisas.
Até agora em muitas delas o endurecimento da política monetária foi limitado, devido à preocupação sobre o aumento da entrada de capital e da apreciação de suas divisas.
Aplicaram medidas alternativas como maiores coeficientes de caixa (depósitos compulsórios) e controles de capitais impondo taxas às entradas de capital de curto prazo.
O Banco Popular da China exige atualmente aos bancos comerciais um depósito compulsório de 21,5%, enquanto o Banco de Reservas de Índia aplica uma taxa de refinanciamento de 6% e o Banco Central do Brasil situa sua taxa de referência Selic em 12,25%.
As taxas de juros reais, descontada a inflação, se mantiveram baixas ou inclusive negativas em algumas economias emergentes.
Inúmeras economias de mercado emergentes crescem com rapidez, experimentam fortes auges de seus mercados de habitação e aumento do endividamento do setor privado.
Por exemplo, Brasil, China e Índia registraram incrementos do crédito superiores a 20% anual entre 2006 e 2010, nível igual ou superior ao da Irlanda e Espanha antes da explosão da crise.
O crescimento do crédito no Brasil neste período foi de 24,7% e na China de 20,2%.
O crescimento do crédito entre 2002 e 2006 na Irlanda havia sido de 20,3% e na Espanha de 19,2%, contra 10,6% do Reino Unido e de 8,3% dos Estados Unidos.
Além disso, os preços imobiliários sobem em determinadas economias emergentes a ritmos que lembram os registrados em algumas economias avançadas também antes da crise.
O crescimento médio do preço da moradia entre 2006 e 2010 na China foi de 11,3%.
O preço da habitação subiu entre 2002 e 2006 uma média de 15% na Espanha, 11,1% no Reino Unido e 10,7% na Irlanda.
Ao mesmo tempo, a dívida do setor privado dessas economias emergentes cresce com força por isso que as autoridades deveriam aprender com as lições da crise financeira e perceber que as mesmas não se aplicam somente às economias avançadas.
O BIS, que fomenta a cooperação monetária, é a instituição financeira internacional mais antiga do mundo.