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Donald Trump nega acusações feitas em novo processo

Trump disse a jornalistas na Casa Branca que o processo dos Cidadãos por Responsabilidade e Ética em Washington é "sem mérito"

Trump: a organização sem fins lucrativos argumentou que Trump está "mergulhado em conflitos de interesses" por seus laços com países como China, Índia e potencialmente Rússia (Reuters)
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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 19h22.

Nova York - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , rejeitou alegações de um novo processo de proeminentes advogados especialistas em temas constitucionais e éticos de que ele está violando a Constituição norte-americana ao deixar seus hotéis e outros negócios receberem pagamentos de governos estrangeiros.

Trump disse a jornalistas na Casa Branca que o processo dos Cidadãos por Responsabilidade e Ética em Washington é "sem mérito".

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A organização sem fins lucrativos argumentou que Trump está "mergulhado em conflitos de interesses" por seus laços com países como China, Índia e potencialmente Rússia, o que poderia representar uma "ameaça gradual e insidiosa" para o país.

O processo busca impedir Trump de aceitar pagamentos impróprios, dizendo que uma cláusula constitucional relativa a "emolumentos" os proíbe.

O processo foi apresentado na Corte Distrital dos Estados Unidos em Manhattan. E faz parte de uma onda de esperados litígios de grupos ativistas liberais contra Trump, republicano que assumiu o poder na sexta-feira.

Em 11 de janeiro, Trump disse que manteria a propriedade do seu império econômico global quando presidente, mas passou o controle diário para os filhos.

Sheri Dillon, conselheira de Trump, disse então que o lucro de governos estrangeiros gerado nos hotéis Trump seria doado ao Tesouro norte-americano.

Contudo, o processo aponta que a recusa de Trump de ceder propriedade ou estabelecer um fundo especial resulta em conflitos de interesses que poderiam levá-lo a violar a Constituição repetidas vezes enquanto na Casa Branca.

Natalie Gewargis, porta-voz da Morgan, Lewis & Bockius, escritório de advocacia representando Trump em temas éticos, disse nesta segunda-feira: "Não comentamos sobre os nossos clientes ou sobre o trabalho que fazemos para eles."

O juiz Ronnie Abrams, indicado pelo ex-presidente Barack Obama, vai presidir o processo.

A norma constitucional proíbe Trump de aceitar vários presentes de governos estrangeiros sem aprovação do Congresso.

De acordo com a denúncia, isso tornaria pagamentos de governos estrangeiros por vários serviços das empresas de Trump ilegais.

China, Índia, Indonésia, Turquia e o Reino Unidos estão entre os países com os quais as empresas de Trump fazem ou planejam fazer negócios, e Trump tentou fazer negócios com a Rússia por pelo menos três décadas, segundo a denúncia.

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