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Doença infecciosa preocupa americanos mais do que terrorismo, diz estudo

Pesquisadores tinham previsto que o novo coronavírus alteraria as prioridades para a segurança nacional nos Estados Unidos

Coronavírus em Nova York, Estados Unidos: doenças infecciosas são consideradas pelos americanos como ameaça para a segurança nacional (Kena Betancur/Getty Images)
A

AFP

Publicado em 13 de abril de 2020 às 17h47.

Os americanos consideram as doenças infecciosas uma ameaça maior à segurança nacional do que o terrorismo , segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (13).

A Pew Research Center revelou que 79% dos entrevistados descreveram a propagação de doenças infecciosas como uma ameaça importante para o país, superando os 73% que consideraram grandes ameaças o terrorismo ou o aumento do número de armas nucleares.

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A pandemia de covid-19 mudou radicalmente as percepções da opinião pública americana. Em 2014, quando a Pew fez a mesma pergunta em meio ao surto de Ebola na África, que foi rapidamente contido pelos EUA , apenas 52% tinham considerado as doenças infecciosas uma ameaça em potencial.

Vários pesquisadores tinham previsto que o novo coronavírus alterará as prioridades para a segurança nacional nos Estados Unidos, assim como os atentados do 11 de setembro de 2001, relacionados ao terrorismo e ao mundo islâmico.

A Pew entrevistou 1.000 americanos e descobriu que as preocupações com as doenças infecciosas ultrapassam as linhas partidárias e geracionais.

Dos consultados, 77% que apoiam ou têm inclinações em relação ao Partido Republicano, do presidente Donald Trump, consideram as doenças infecciosas uma preocupação séria, pouco menos dos que os 82% de democratas que se pronunciaram neste sentido.

A brecha entre ambos os setores foi mais significativa quando lhes foi perguntado sobre as mudanças climáticas. No resultado, 88% dos democratas viram o tópico como uma grande ameaça, em comparação com apenas 31% dos republicanos.

A pesquisa ocorreu por meio de entrevistas telefônicas realizadas entre os dias 3 e 27 de março, e tem margem de erro de 3,7 pontos percentuais.

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