Mundo

Docentes paralisam Buenos Aires por melhorias salariais

Professores argentinos se concentraram em frente ao Ministério da Educação e paralisaram o centro de Buenos Aires para exigir melhorias salariais


	Buenos Aires: professores de uma dezena de províncias marcharam hoje pelas ruas da capital argentina
 (Wikimedia Commons)

Buenos Aires: professores de uma dezena de províncias marcharam hoje pelas ruas da capital argentina (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 14h51.

Buenos Aires - Professores argentinos se concentraram nesta quarta-feira em frente ao Ministério da Educação e paralisaram o centro de Buenos Aires para exigir melhorias salariais, enquanto a greve, iniciada há três semanas e que deixa mais de três milhões de alunos longe das salas de aula, continua indefinida.

Sob o lema "A educação exige salários dignos, pela escola pública e pela plena vigência da paritária nacional", professores de uma dezena de províncias marcharam hoje pelas ruas da capital argentina.

"Nosso salário está atrasado e perdeu grande quantidade de poder aquisitivo com relação aos preços e à desvalorização de janeiro", declarou Stella Maldonado, secretária-geral da Confederação de Trabalhadores da Educação da República Argentina (CTERA), o maior sindicato docente do país.

Os sindicatos reivindicam um aumento mínimo de 35%, pelo qual um professor iniciante receberia até 4.800 pesos (US$ 600), enquanto a última oferta do governo nacional foi um aumento de 22%, mais dois adicionais fixos para quem completar o requisito de assistência.

"Esperamos ter uma resposta satisfatória amanhã", acrescentou Maldonado, em referência à reunião entre funcionários do governo e dirigentes sindicais.

A negociação salarial coletiva desenvolvida entre o Executivo argentino e os sindicatos serve como marco de referência às províncias, que têm transferidas as competências educativas. Neste ano, a maioria das províncias se antecipou e concedeu aumentos próximos aos 30%.

A principal exceção é a província de Buenos Aires, a mais povoada do país, onde os professores mantêm uma greve indefinida desde o último dia 5 de março, data prevista para o início do curso letivo.

Os docentes desta província desacataram a ordem judicial de retornar às salas de aula e mantêm a greve, que, por sinal, pode chegar ao fim ainda nesta tarde, após uma reunião entre professores e autoridades.

Essa é a segunda mobilização docente realizada neste ano, já que outra manifestação foi realizada há uma semana em La Plata, a capital da província de Buenos Aires.

Em 2013, a falta de acordo entre professores e administrações públicas também ocasionou o adiamento do início do curso escolar letivo devido à greve convocada pelos docentes contra o aumento salarial de 22% decretado pelo governo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaBuenos AiresEducaçãoGrevesMetrópoles globais

Mais de Mundo

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Discurso de Trump não empolga e foco volta para possível saída de Biden; veja episódio

Telão da Times Square fica escuro após apagão cibernético; veja vídeo

Mais na Exame