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Dissidência cubana identifica homem preso em missa papal

Andrés Carreón Alvarez é, provavelmente o homem que gritou frases contra o comunismo durante a missa do Papa Bento XVI em Santiago

O Arcebispo de Miami, Thomas Wenski, disse na quinta-feira, em sua chegada a Miami, que a Igreja irá acompanhar este caso para proteger a integridade física do detido (©AFP / Str)

O Arcebispo de Miami, Thomas Wenski, disse na quinta-feira, em sua chegada a Miami, que a Igreja irá acompanhar este caso para proteger a integridade física do detido (©AFP / Str)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 18h08.

Miami - O assistente social Andrés Carreón Alvarez é, provavelmente, o homem preso na segunda-feira, dia 26 de março, após ter gritado frases contra o comunismo durante a missa do Papa Bento XVI em Santiago de Cuba, afirmou nesta sexta-feira a Assembleia da Resistência Cubana em Miami.

"Hoje conseguimos nos comunicar com o ex-prisioneiro político José Daniel Ferrer García, de Santiago de Cuba. Ele disse que o jovem que protestou durante a missa do Papa foi Andrés Carreón Alvarez, de 38 anos, formado em reabilitação social e ocupacional e cuja esposa é médica", informou à AFP Berta Antunez, porta-voz do Centro de Apoio e Informação da Assembleia da Resistência Cubana (ARC) em Miami.

Segundo Antunez, "Andrés é um cidadão humilde, cansado da repressão e da falta de direitos e que há algumas semanas entrou em contato com pessoas da dissidência", entre elas Alfonso Chaviano Peláez, ativista da organização União Patriótica de Cuba (UNPACU), que reconheceu Carreón Alvarez.

De acordo com a versão da ARC, formada por organizações de dentro e fora da ilha, o serviço telefônico de Ferrer García e de Chaviano Peláez foi interrompido durante os dias da visita do Papa a Cuba.

"Mas Chaviano Peláez conseguiu superar os problemas, comunicou-se com García Ferrer e lhe disse que havia reconhecido o manifestante da missa de Santiago de Cuba como Andrés Carreón Alvarez".

O Centro de Apoio e Informação da ARC afirmou em seu último comunicado que vários dos 250 ativistas detidos em suas casas durante a visita papal foram liberados e seus telefones desbloqueados.

O Arcebispo de Miami, Thomas Wenski, disse na quinta-feira, em sua chegada a Miami, que a Igreja irá acompanhar este caso para proteger a integridade física do detido.

Várias organizações anticastristas e defensoras dos direitos Humanos lançaram apelos à comunidade internacional para que o paradeiro e a identidade "do valente cidadão cubano que se manifestou contra o comunismo" seja investigado.

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