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Diretor de campanha de Fillon renuncia ao cargo

Com nova renúncia, candidato conservador à presidência da França sofre um revés vindo do círculo de confiança, que se soma ao abandono de seu porta-voz

François Fillon: o próximo diretor de campanha, Vincent Chriqui, é prefeito de Bourgoin-Jallieu, uma cidade de 27 mil habitantes no leste da França (Christian Hartmann/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 22h08.

Última atualização em 3 de março de 2017 às 22h21.

Paris - Patrick Stefanini, o diretor de campanha do candidato conservador à presidência francesa , François Fillon, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, mas continuará a trabalhar até a manifestação que o político convocou para o domingo.

Stefanini será substituído no posto a partir de segunda-feira por Vincent Chriqui, conforme anunciou em comunicado a equipe de Fillon, que está sendo investigado pela justiça francesa por desvio de recursos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividades.

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A notícia da renúncia do chefe de campanha de Fillon, considerado o cérebro que o levou à vitória nas primárias da direita, foi rodeada pela mesma confusão que acompanha a candidatura nas últimas horas.

O semanário "Le Journal du Dimanche" revelou a carta de renúncia de Stefanini, mas minutos depois o próprio Fillon desmentiu a renúncia argumentando que tinha sido apresentada, mas que depois o diretor de campanha havia se retratado.

No entanto, Stefanini confirmou em declarações ao jornal "Libération" que sua saída era "irrevogável" e que a tornaria efetiva "a partir do domingo pela noite".

Com esta nova renúncia, Fillon sofre um revés vindo do círculo de confiança, que se soma ao abandono de seu porta-voz, Thierry Solere, divulgado horas antes.

O próximo diretor de campanha, Vincent Chriqui, é prefeito de Bourgoin-Jallieu, uma cidade de 27 mil habitantes no leste da França, e é descrito pela imprensa francesa como uma personalidade de segunda fila dentro do partido Os Republicanos.

Fillon convocou todos os apoiadores para uma manifestação no próximo domingo em frente à Torre Eiffel, de modo a defender sua candidatura, embora alguns de seus correligionários tenham advertido que a mobilização pode acabar de rachar a direita.

Na quarta-feira passada, o candidato e ex-primeiro-ministro francês anunciou que foi convocado pela justiça para o dia 15 de março para a provável acusação pelo caso dos empregos fictícios que supostamente atribuiu à esposa e a dois de seus filhos.

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