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Dilma cortaria gastos no 1º ano, se necessário, diz Dutra

Brasília - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, pode cortar gastos do governo para cumprir as metas fiscais se for eleita em outubro, disse nesta sexta-feira o presidente da legenda. Dilma lidera com folga as pesquisas de intenção de voto, tendo como principal adversário o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). Questionado […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Brasília - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, pode cortar gastos do governo para cumprir as metas fiscais se for eleita em outubro, disse nesta sexta-feira o presidente da legenda.

Dilma lidera com folga as pesquisas de intenção de voto, tendo como principal adversário o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).

Questionado pela Reuters se não haveria um tabu sobre a adoção de medidas de austeridade no primeiro ano de governo para atingir metas de superávit primário, José Eduardo Dutra foi categórico.

"O governo Lula fez isso no primeiro ano e o governo Dilma também vai fazer", disse Dutra. "Disciplina fiscal não é só uma propaganda eleitoral. É um princípio que será mantido."

Diante da pergunta se ela poderia fazer cortes no Orçamento, ele respondeu: "Se for necessário, sim".

A disciplina fiscal foi afrouxada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde a adoção de medidas de combate à crise financeira global em 2008. O último dado disponível mostrou um superávit primário do setor público equivalente a 2,07 por cento do Produto Interno Bruto nos 12 meses encerrados em junho. A meta para 2010 é um superávit de 3,3 por cento do PIB.


Dutra não descartou a possibilidade de um governo Dilma taxar exportações sobre minérios como meio de fornecer incentivos para indústrias de bens manufaturados. Mas insistiu que isso ocorreria apenas após prévia consulta ao setor e não por decreto.

"Há casos nos quais a taxação pode gerar efeitos e casos onde não", disse Dutra.

Um governo Dilma também pressionaria a gigante estatal Petrobras a aumentar a proporção de equipamentos e serviços comprados localmente, acrescentou Dutra.
"É a política deste governo e será a do próximo, já que é possível fabricar tudo no Brasil", disse referindo-se aos equipamentos da Petrobras.

Críticos dizem que essa política inflaciona os custos e atrapalha a competitividade. Em algumas áreas, 60 por cento dos contratos dessas compras são preenchidos por fornecedores locais.

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