Dilma afirma que escolha de Erenice coube a Lula
Em entrevista, Dilma afirmou que não pode ser responsabilizada pelos atos do filho ou de parente de alguém
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Salvador - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, manteve nesta terça-feira a postura de distanciamento da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, afirmando que coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a decisão de indicá-la para o cargo.
"Naquele momento da mudança dos ministérios, o presidente Lula definiu um critério, que a sucessão seria pelos secretários-executivos. Isso foi generalizado na Esplanada", disse Dilma a jornalistas.
Ela também mencionou que é preciso fortalecer as instituições. "Você não pode apostar nas virtudes dos homens e das mulheres porque eles são falhos. Você tem que apostar na virtude das instituições", disse Dilma.
Ex-braço direito de Dilma na Casa Civil, Erenice substituiu a petista em março.
"Eu acho que antes de qualquer coisa a gente tem que aprender que é necessário investigar rigorosamente, doa a quem doer, e só ai condenar. Condenar antecipadamente não dá certo", afirmou.
As declarações forma dadas no Farol da Barra, cartão postal de Salvador (BA), onde gravou cenas para a propaganda gratuita de TV.
Na manhã desta terça-feira, no programa Bom Dia Brasil da Rede Globo, Dilma afirmou que não pode ser responsabilizada pelos atos do filho ou de parente de alguém, referindo-se a Israel Guerra, filho de Erenice, que pediu demissão na semana passada após denúncias de tráfico de influência na pasta.
Quanto à sucessão na Bahia, Dilma disse que está próxima do governador Jaques Wagner (PT), que postula a reeleição, citando o mau posicionamento nas pesquisas do candidato Geddel Vieira Lima (PMDB).
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