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Ante corpo de Chávez, venezuelanos prometem manter revolução

Mais de 2 milhões de pessoas já homenagearam o ex-líder venezuelano, muitas após enfrentarem enormes filas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 18h32.

Caracas - Com continências militares, punhos cerrados ou sinais-da-cruz, uma multidão de venezuelanos passou na quinta-feira diante do corpo do presidente Hugo Chávez , prometendo manter viva sua revolução socialista.

Uma enorme fila se formou na academia militar onde Chávez está sendo velado, num grande sinal de devoção popular ao homem que morreu na terça-feira, aos 58 anos, após quase dois anos de batalha contra o câncer.

Mais de 2 milhões de pessoas já prestaram suas homenagens. De soldados com fardas de campanha a oficiais em trajes de gala; de ministros a moradores de favelas - todos os que estavam na fila defendiam o legado de Chávez e manifestavam apoio ao sucessor apontado por ele em vida, o presidente-interino Nicolás Maduro.

"Cheguei de manhãzinha para ver Chávez. Ele é o meu ídolo pessoal", disse Henry Acosta, de 56 anos, em frente à academia onde o presidente, que era tenente-coronel da reserva, será velado até sexta-feira.

Aos prantos, Berta Colmenares, de 77 anos, dizia que os chavistas devem agora apoiar a candidatura presidencial de Maduro, para que ele leve a revolução adiante.

"Vou votar em Maduro, em quem mais? É ele quem Chávez escolheu, e temos de seguir seu desejo", afirmou. Pela Constituição, novas eleições presidenciais devem ser realizadas, e Maduro é amplamente visto como favorito.

O corpo de Chávez está fardado e com a boina vermelha que o caracterizava desde o frustrado golpe de Estado que deu início à sua carreira política, em 1992.

As pessoas tinham poucos segundos para observar o corpo dentro do caixão de madeira relativamente simples, com uma tampa de vidro e envolto em flores e numa bandeira nacional.


Uma fonte governamental disse à Reuters que Chávez entrou em coma na segunda-feira, e que morreu no dia seguinte, vítima de insuficiência respiratória, após um rápido agravamento do seu quadro no fim de semana, quando ele teve uma reunião de cinco horas com ministros.

O câncer havia se espalhado para seus pulmões, segundo a fonte, que pediu anonimato.

CLIMA ELEITORAL

Não se sabe ao certo quando as novas eleições acontecerão. A Constituição prevê que elas devam ocorrer em 30 dias, mas políticos dizem que as autoridades eleitorais podem não estar prontas a tempo, e há rumores de um adiamento. Chávez governou por 14 anos, e venceu quatro eleições presidenciais.

Maduro, de 50 anos, que foi motorista de ônibus e sindicalista, deve ser o candidato do chavismo contra o líder oposicionista Henrique Capriles, um governador centrista que já foi derrotado por Chávez na eleição presidencial de outubro último.

Membros da oposição se mantiveram discretos e ofereceram condolências durante a enorme manifestação de apoio a um dos mais populares líderes latino-americanos.

Alguns, no entanto, manifestavam alívio pelo fim de um homem que era acusado por alguns de governar de forma ditatorial e arruinar a economia. "Eu queria que seu mandato terminasse. O poder o fez perder a perspectiva", disse Israel Nogales, administrador universitário de 43 anos que caminhava por um parque de Caracas. "Ele polarizou o país e famílias com a minha (...). Ele vai ser tratado como um mártir, e isso é errado."

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Caracas - Com continências militares, punhos cerrados ou sinais-da-cruz, uma multidão de venezuelanos passou na quinta-feira diante do corpo do presidente Hugo Chávez , prometendo manter viva sua revolução socialista.

Uma enorme fila se formou na academia militar onde Chávez está sendo velado, num grande sinal de devoção popular ao homem que morreu na terça-feira, aos 58 anos, após quase dois anos de batalha contra o câncer.

Mais de 2 milhões de pessoas já prestaram suas homenagens. De soldados com fardas de campanha a oficiais em trajes de gala; de ministros a moradores de favelas - todos os que estavam na fila defendiam o legado de Chávez e manifestavam apoio ao sucessor apontado por ele em vida, o presidente-interino Nicolás Maduro.

"Cheguei de manhãzinha para ver Chávez. Ele é o meu ídolo pessoal", disse Henry Acosta, de 56 anos, em frente à academia onde o presidente, que era tenente-coronel da reserva, será velado até sexta-feira.

Aos prantos, Berta Colmenares, de 77 anos, dizia que os chavistas devem agora apoiar a candidatura presidencial de Maduro, para que ele leve a revolução adiante.

"Vou votar em Maduro, em quem mais? É ele quem Chávez escolheu, e temos de seguir seu desejo", afirmou. Pela Constituição, novas eleições presidenciais devem ser realizadas, e Maduro é amplamente visto como favorito.

O corpo de Chávez está fardado e com a boina vermelha que o caracterizava desde o frustrado golpe de Estado que deu início à sua carreira política, em 1992.

As pessoas tinham poucos segundos para observar o corpo dentro do caixão de madeira relativamente simples, com uma tampa de vidro e envolto em flores e numa bandeira nacional.


Uma fonte governamental disse à Reuters que Chávez entrou em coma na segunda-feira, e que morreu no dia seguinte, vítima de insuficiência respiratória, após um rápido agravamento do seu quadro no fim de semana, quando ele teve uma reunião de cinco horas com ministros.

O câncer havia se espalhado para seus pulmões, segundo a fonte, que pediu anonimato.

CLIMA ELEITORAL

Não se sabe ao certo quando as novas eleições acontecerão. A Constituição prevê que elas devam ocorrer em 30 dias, mas políticos dizem que as autoridades eleitorais podem não estar prontas a tempo, e há rumores de um adiamento. Chávez governou por 14 anos, e venceu quatro eleições presidenciais.

Maduro, de 50 anos, que foi motorista de ônibus e sindicalista, deve ser o candidato do chavismo contra o líder oposicionista Henrique Capriles, um governador centrista que já foi derrotado por Chávez na eleição presidencial de outubro último.

Membros da oposição se mantiveram discretos e ofereceram condolências durante a enorme manifestação de apoio a um dos mais populares líderes latino-americanos.

Alguns, no entanto, manifestavam alívio pelo fim de um homem que era acusado por alguns de governar de forma ditatorial e arruinar a economia. "Eu queria que seu mandato terminasse. O poder o fez perder a perspectiva", disse Israel Nogales, administrador universitário de 43 anos que caminhava por um parque de Caracas. "Ele polarizou o país e famílias com a minha (...). Ele vai ser tratado como um mártir, e isso é errado."

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