Deslizamento de terra deixa 78 mortos na Colômbia
Os afetados aumentaram de 333 para 542
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2015 às 06h58.
Ao menos 78 pessoas morreram em um deslizamento de terra na madrugada de segunda-feira no município de Salgar, noroeste da Colômbia , onde mais de 24 horas depois da tragédia as autoridades prosseguem com a busca de desaparecidos e ajuda aos desabrigados.
Segundo o último boletim da Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD), que lidera as operações de resgate, 78 pessoas morreram e os afetados aumentaram de 333 para 542. Um boletim anterior dava conta de 40 feridos na catástrofe.
O serviço de Medicina Legal conseguiu identificar até agora 39 corpos, levados de Salgar a Medellin, onde devem ser feitas as necropsias.
O Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF) informou que entre os mortos há nove crianças e que outros 119 menores foram afetados.
O deslizamento de pedras, troncos e barro, ocorrido por volta das três da madrugada de segunda-feira aconteceu após as fortes chuvas que atingiram a região, que provocaram infiltrações em barrancos na parte alta do município, de topografia montanhosa.
A tragédia arrasou a localidade de La Margarita, uma das quatro do município, que praticamente foi apagada do mapa, segundo a prefeita de Salgar, Olga Osorio.
As autoridades informaram que 30 famílias foram afetadas e 31 casas, danificadas. O governo teme que o número de mortos aumente, pois a região, declarada zona de calamidade pública, está inundada e coberta de barro e escombros.
"Ninguém vai trazer os mortos de volta, isto é algo que lamentamos profundamente, acompanhamos as famílias. Mas temos que sair deste desastre e olhar para frente com coragem e fortaleza", disse o presidente Juan Manuel Santos, em declarações em Salgar, onde se reuniu com autoridades locais depois de sobrevoar a região.
O presidente anunciou o pagamento de uma indenização de 16 milhões de pesos (US$ 7 mil) a cada família afetada e prometeu obras de mitigação de risco para evitar catástrofes similares no futuro.
"Há várias crianças que ficaram sem os pais, que ficaram sozinhas. O ICBF (Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar) já chegou para ajudar estas crianças", destacou.
Salgar, um município de 400 km2 cercado por múltiplos cursos de água, está localizado 100 km a sudoeste de Medellin. A população total do município chega a 17.600 pessoas, segundo os últimos dados oficiais disponíveis.
A área afetada está com os serviços de abastecimento de água potável, energia e gás interrompidos após a catástrofe.
Segundo a UNGRD, 166 socorristas estão trabalhando no local.
Foram enviados socorristas, cães treinados, kits de ajuda humanitária e água potável, informou à AFP Ana Carolina Gutiérrez, porta-voz da Cruz Vermelha, que abriu uma operação de colega de alimentos e cobertores de Medellin.
Terra arrasada
Segundo autoridades locais, a enxurrada surpreendeu os vizinhos dormindo e devastou o povoado, especialmente na periferia.
"Trouxe abaixo tudo o que quis", contou à rádio RCN a prefeita do município de Salgar, Olga Osorio.
O povoado de La Margarita praticamente "foi apagado do mapa", acrescentou.
Filas de parentes esperavam diante do cemitério de Salgar, para onde eram levados os corpos recuperados, muitos deles mutilados.
O ex-presidente Alvaro Uribe (2002-2010), atual senador e líder político com forte popularidade no país, também viajou para Salgar.
"Encontrei uma senhora com um bebê de três dias, seu neto. Os pais da criança estão desaparecidos (...) É muito doloroso o que temos visto", declarou à rádio RCN o ex-presidente, que nasceu em Medellin, capital de Antioquia, mas foi criado em um sítio desta região.
Mensagens de apoio e solidariedade se sucederam no Twitter, onde a hashtag #FuerzaSalgar virou "trending topic" no país.
As enxurradas e os deslizamentos, provocados por fortes chuvas, são comuns na Colômbia, vulnerável a desastres naturais devido à sua localização e geografia.
Em 2010-2011, o país sofreu uma temporada chuvosa acentuada pelo fenômeno La Niña, que provocou inundações, avalanches e remoções maciças.
Segundo cifras oficiais, a catástrofe, que afetou o norte e parte do centro e do sul do país, deixou 1.374 mortos e 2,3 milhões de desabrigados, além de quase 110.000 casas destruídas.
Ao menos 78 pessoas morreram em um deslizamento de terra na madrugada de segunda-feira no município de Salgar, noroeste da Colômbia , onde mais de 24 horas depois da tragédia as autoridades prosseguem com a busca de desaparecidos e ajuda aos desabrigados.
Segundo o último boletim da Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD), que lidera as operações de resgate, 78 pessoas morreram e os afetados aumentaram de 333 para 542. Um boletim anterior dava conta de 40 feridos na catástrofe.
O serviço de Medicina Legal conseguiu identificar até agora 39 corpos, levados de Salgar a Medellin, onde devem ser feitas as necropsias.
O Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF) informou que entre os mortos há nove crianças e que outros 119 menores foram afetados.
O deslizamento de pedras, troncos e barro, ocorrido por volta das três da madrugada de segunda-feira aconteceu após as fortes chuvas que atingiram a região, que provocaram infiltrações em barrancos na parte alta do município, de topografia montanhosa.
A tragédia arrasou a localidade de La Margarita, uma das quatro do município, que praticamente foi apagada do mapa, segundo a prefeita de Salgar, Olga Osorio.
As autoridades informaram que 30 famílias foram afetadas e 31 casas, danificadas. O governo teme que o número de mortos aumente, pois a região, declarada zona de calamidade pública, está inundada e coberta de barro e escombros.
"Ninguém vai trazer os mortos de volta, isto é algo que lamentamos profundamente, acompanhamos as famílias. Mas temos que sair deste desastre e olhar para frente com coragem e fortaleza", disse o presidente Juan Manuel Santos, em declarações em Salgar, onde se reuniu com autoridades locais depois de sobrevoar a região.
O presidente anunciou o pagamento de uma indenização de 16 milhões de pesos (US$ 7 mil) a cada família afetada e prometeu obras de mitigação de risco para evitar catástrofes similares no futuro.
"Há várias crianças que ficaram sem os pais, que ficaram sozinhas. O ICBF (Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar) já chegou para ajudar estas crianças", destacou.
Salgar, um município de 400 km2 cercado por múltiplos cursos de água, está localizado 100 km a sudoeste de Medellin. A população total do município chega a 17.600 pessoas, segundo os últimos dados oficiais disponíveis.
A área afetada está com os serviços de abastecimento de água potável, energia e gás interrompidos após a catástrofe.
Segundo a UNGRD, 166 socorristas estão trabalhando no local.
Foram enviados socorristas, cães treinados, kits de ajuda humanitária e água potável, informou à AFP Ana Carolina Gutiérrez, porta-voz da Cruz Vermelha, que abriu uma operação de colega de alimentos e cobertores de Medellin.
Terra arrasada
Segundo autoridades locais, a enxurrada surpreendeu os vizinhos dormindo e devastou o povoado, especialmente na periferia.
"Trouxe abaixo tudo o que quis", contou à rádio RCN a prefeita do município de Salgar, Olga Osorio.
O povoado de La Margarita praticamente "foi apagado do mapa", acrescentou.
Filas de parentes esperavam diante do cemitério de Salgar, para onde eram levados os corpos recuperados, muitos deles mutilados.
O ex-presidente Alvaro Uribe (2002-2010), atual senador e líder político com forte popularidade no país, também viajou para Salgar.
"Encontrei uma senhora com um bebê de três dias, seu neto. Os pais da criança estão desaparecidos (...) É muito doloroso o que temos visto", declarou à rádio RCN o ex-presidente, que nasceu em Medellin, capital de Antioquia, mas foi criado em um sítio desta região.
Mensagens de apoio e solidariedade se sucederam no Twitter, onde a hashtag #FuerzaSalgar virou "trending topic" no país.
As enxurradas e os deslizamentos, provocados por fortes chuvas, são comuns na Colômbia, vulnerável a desastres naturais devido à sua localização e geografia.
Em 2010-2011, o país sofreu uma temporada chuvosa acentuada pelo fenômeno La Niña, que provocou inundações, avalanches e remoções maciças.
Segundo cifras oficiais, a catástrofe, que afetou o norte e parte do centro e do sul do país, deixou 1.374 mortos e 2,3 milhões de desabrigados, além de quase 110.000 casas destruídas.