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Aumenta o número de deserções nas forças de segurança na Venezuela

Governo colombiano diz que desertores são membros da Guarda Nacional, da Polícia, do Exército e da Marinha.

Membros da Guarda Nacional venezuelana bloqueia via na fronteira entre Brasil e a Venezuela 22/02/2019 REUTERS/Ricardo Moraes (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 16h53.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2019 às 18h06.

Pelo menos 23 membros da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela e dois da polícia desse país desertaram neste sábado em meio à tentativa de entrada da ajuda humanitária ao território venezuelano, confirmou Migração da Colômbia.

"Neste momento 23 membros das diferentes Forças Armadas da Venezuela se aproximaram da Migração a Colômbia fugindo da ditadura de Nicolás Maduro", disse o órgão em comunicado.

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Segundo o relatório oficial, até o momento desertaram "duas mulheres da Polícia Nacional Bolivariana, um membro das Forças Especiais (FAES), um motorista de um tanqueta da Guarda Nacional, 18 membros da Guarda Nacional Bolivariana, dois deles com suas famílias, e um oficial da Marinha venezuelana".

No total, 22 membros das Forças Armadas se entregaram no departamento colombiano de Norte de Santander, do qual Cúcuta é a capital, e outro fez o mesmo na região de Arauca.

"Nós desconhecemos o presidente Nicolás Maduro e reconhecemos nosso presidente interino, comandante-em-chefe Juan Guaidó", disse um dos membros da Guarda Nacional da Colômbia, depois de cruzar a fronteira.

"O que fizemos hoje, fizemos isso por nossas famílias, para o povo venezuelano. Nós não somos terroristas (...) somos pais de família e já basta de tanta incerteza e tanta injustiça. Companheiros chegou o momento, chegou a hora", disseram três outros membros da Guarda Nacional em um vídeo em que eles não se identificaram.

O presidente colombiano, Iván Duque, entregou no sábado centenas de toneladas de alimentos e remédios ao líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, para ser transportado para aquele país e distribuído a milhares de pessoas necessitadas.

Mas o líder socialista Nicolás Maduro, cada vez mais isolado desde que Guaidó se proclamou presidente interino em janeiro, anunciou que não permitirá a passagem da ajuda para a Venezuela.

Maduro, que descreve a entrega da assistência humanitária como um "show da mídia", ordenou o reforço da segurança nas fronteiras para evitar qualquer incursão.

Guaidó escreveu em sua conta no Twitter: "Aqueles guardas e membros das Forças Armadas que decidem se juntar à nossa luta não são desertores, eles decidiram se aliar ao povo e à Constituição. Bem-vindos!".

"A chegada da Liberdade e da Democracia na Venezuela já é imparável", disse ele.

 

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