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Desemprego, que beira os 5 milhões, dominará campanha eleitoral na Espanha

Pesquisa aponta que foram eliminados 146,8 mil postos de trabalho no terceiro trimestre do ano

Número total de desempregados é de 4.978.300 pessoas, 21,5% da população economicamente ativa. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 17h49.

Madri - O desemprego se apresenta como o tema predominante da campanha eleitoral para as eleições gerais de 20 de novembro na Espanha após a divulgação dos últimos dados nesta sexta-feira, que indicam 21,52% de pessoas sem trabalho, índice que representa quase 5 milhões.

O governo atribuiu o aumento do desemprego no verão (local) - um período tradicionalmente favorável às contratações em um país de grande atividade turística - à consequência 'mais dramática' do combate aos gastos nas administrações regionais e locais espanholas.

O Executivo presidido por José Luis Rodríguez Zapatero realiza desde 2010 um drástico plano de cortes de gastos para reduzir o déficit público espanhol com a meta de deixá-lo em 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, tal como exige a União Europeia (UE).

Segundo os dados da Pesquisa de População Ativa, divulgados nesta sexta-feira, foram eliminados 146,8 mil postos de trabalho no terceiro trimestre do ano na Espanha, o que eleva o número total de desempregados a 4.978.300 pessoas, 21,5% da população economicamente ativa.


Este número foi recebido com preocupação, pois corresponde aos meses de verão na Espanha, justo um trimestre tradicionalmente favorável à criação de emprego em um país de turismo sazonal.

Por esta razão, e por se tratar de um dado mais negativo que o estimado, os analistas consideram que o desemprego e a necessidade urgente de criar postos de trabalho se transformarão no tema central da campanha para as eleições gerais de 20 de novembro.

As pesquisas indicam a insatisfação popular em relação à legenda governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) devido ao desemprego e às consequências dos cortes para combater o déficit público.

Alfredo Pérez Rubalcaba - que foi primeiro vice-presidente do governo de José Luis Rodríguez Zapatero, ex-ministro do Interior e porta-voz do Executivo até junho - é o candidato socialista.


Zapatero, secretário-geral do PSOE, desistiu de concorrer a um terceiro mandato e cedeu o lugar na chapa do partido a Rubalcaba para esta difícil disputa eleitoral, para a qual as pesquisas apontam uma ampla vitória do Partido Popular (PP, centro-direita), que apresenta Mariano Rajoy como candidato à Presidência do governo.

Rajoy afirma que 'os quase 5 milhões de espanhóis que querem trabalhar e não podem' representam a principal razão para a mudança política que a Espanha precisa.

No mesmo sentido se pronunciou o coordenador de Economia do PP, Cristóbal Montoro, para quem os dados divulgados nesta sexta-feira são o legado do governo de Zapatero e Rubalcaba. Em sua opinião, ambos deveriam pedir desculpas à sociedade.

O ministro do Trabalho espanhol, Valeriano Gómez, reconheceu que os números do terceiro trimestre são ruins, e os atribuiu à incomum redução do emprego público, somado ao 'mau comportamento' que atinge o setor de construção civil que continua sofrendo com o ajuste fiscal.


O porta-voz do governo, José Blanco, se encarregou de reagir às críticas da oposição. 'Quem disser que tem uma solução mágica para enfrentar o desemprego, simplesmente está enganando os espanhóis'.

Horas após a divulgação dos novos números de desemprego, o governo aprovou um plano que busca impulsionar o emprego entre os desempregados mais velhos e favorecer o prolongamento da vida laboral, bem como melhorar as condições de segurança e saúde no trabalho.

O Conselho de Ministros do governo espanhol aprovou um plano para orientar as políticas de emprego das administrações públicas dirigidas aos trabalhadores de 55 anos ou mais, e que contempla a manutenção do emprego deste grupo, com a promoção dos contratos de substituição e com bônus de cotações sociais para os autônomos.

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Madri - O desemprego se apresenta como o tema predominante da campanha eleitoral para as eleições gerais de 20 de novembro na Espanha após a divulgação dos últimos dados nesta sexta-feira, que indicam 21,52% de pessoas sem trabalho, índice que representa quase 5 milhões.

O governo atribuiu o aumento do desemprego no verão (local) - um período tradicionalmente favorável às contratações em um país de grande atividade turística - à consequência 'mais dramática' do combate aos gastos nas administrações regionais e locais espanholas.

O Executivo presidido por José Luis Rodríguez Zapatero realiza desde 2010 um drástico plano de cortes de gastos para reduzir o déficit público espanhol com a meta de deixá-lo em 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, tal como exige a União Europeia (UE).

Segundo os dados da Pesquisa de População Ativa, divulgados nesta sexta-feira, foram eliminados 146,8 mil postos de trabalho no terceiro trimestre do ano na Espanha, o que eleva o número total de desempregados a 4.978.300 pessoas, 21,5% da população economicamente ativa.


Este número foi recebido com preocupação, pois corresponde aos meses de verão na Espanha, justo um trimestre tradicionalmente favorável à criação de emprego em um país de turismo sazonal.

Por esta razão, e por se tratar de um dado mais negativo que o estimado, os analistas consideram que o desemprego e a necessidade urgente de criar postos de trabalho se transformarão no tema central da campanha para as eleições gerais de 20 de novembro.

As pesquisas indicam a insatisfação popular em relação à legenda governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) devido ao desemprego e às consequências dos cortes para combater o déficit público.

Alfredo Pérez Rubalcaba - que foi primeiro vice-presidente do governo de José Luis Rodríguez Zapatero, ex-ministro do Interior e porta-voz do Executivo até junho - é o candidato socialista.


Zapatero, secretário-geral do PSOE, desistiu de concorrer a um terceiro mandato e cedeu o lugar na chapa do partido a Rubalcaba para esta difícil disputa eleitoral, para a qual as pesquisas apontam uma ampla vitória do Partido Popular (PP, centro-direita), que apresenta Mariano Rajoy como candidato à Presidência do governo.

Rajoy afirma que 'os quase 5 milhões de espanhóis que querem trabalhar e não podem' representam a principal razão para a mudança política que a Espanha precisa.

No mesmo sentido se pronunciou o coordenador de Economia do PP, Cristóbal Montoro, para quem os dados divulgados nesta sexta-feira são o legado do governo de Zapatero e Rubalcaba. Em sua opinião, ambos deveriam pedir desculpas à sociedade.

O ministro do Trabalho espanhol, Valeriano Gómez, reconheceu que os números do terceiro trimestre são ruins, e os atribuiu à incomum redução do emprego público, somado ao 'mau comportamento' que atinge o setor de construção civil que continua sofrendo com o ajuste fiscal.


O porta-voz do governo, José Blanco, se encarregou de reagir às críticas da oposição. 'Quem disser que tem uma solução mágica para enfrentar o desemprego, simplesmente está enganando os espanhóis'.

Horas após a divulgação dos novos números de desemprego, o governo aprovou um plano que busca impulsionar o emprego entre os desempregados mais velhos e favorecer o prolongamento da vida laboral, bem como melhorar as condições de segurança e saúde no trabalho.

O Conselho de Ministros do governo espanhol aprovou um plano para orientar as políticas de emprego das administrações públicas dirigidas aos trabalhadores de 55 anos ou mais, e que contempla a manutenção do emprego deste grupo, com a promoção dos contratos de substituição e com bônus de cotações sociais para os autônomos.

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