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Derrotado, grupo rebelde encerra insurgência no Congo

Exército congolês capturou os dois últimos redutos dos militantes numa área de montanhas

Rebeldes no Congo: encontro de líderes afirmou que o governo do presidente Joseph Kabila assinaria acordo de paz com os rebeldes dentro de alguns dias, se depuserem as armas (James Akena/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 13h33.

Tshanzu - O grupo rebelde M23, da República Democrática do Congo (RDC), anunciou nesta terça-feira o fim da insurgência de 20 meses contra o governo e disse estar pronto para buscar uma solução política, depois que o Exército congolês capturou os dois últimos redutos dos militantes numa área de montanhas.

O M23 fez a declaração horas depois de forças do governo terem expulsado os rebeldes de Tshanzu e Runyoni antes do amanhecer, após uma ofensiva de duas semanas que encurralou os insurgentes em montanhas de mata fechada ao longo da fronteira com Uganda e Ruanda.

"O chefe militar e os comandantes de todas as grandes unidades foram informados de que devem preparar as tropas para o desarmamento, desmobilização e reintegração, nos termos a serem acordados com o governo do Congo", declarou o líder do M23, Bertrand Bisimwa, em comunicado.

Os Estados Unidos elogiaram a declaração como um "significativo passo positivo" para o leste do Congo, região conflagrada por mais de 15 anos de conflito alimentado pela disputa por ouro, cobre e cobalto, bem como tensões étnicas na região da fronteira.

No início da manhã desta terça-feira, um encontro de líderes regionais na África do Sul afirmou que o governo do presidente da RDC, Joseph Kabila, iria assinar um acordo de paz com os rebeldes dentro de alguns dias, se eles depuserem as armas.

Na capital, Kinshasa --bem distante da região--, milhares de mulheres vestidas de branco saíram em passeata entre o boulevarde central e o Parlamento, cantando canções de louvor a Kabila e ao Exército.


A decisão marca uma dramática reviravolta para o líder de 42 anos. Há apenas um ano, o M23 tinha expulsado as forças de paz da ONU e o Exército e tomado o controle de Goma, maior cidade do leste do Congo.

Essa derrota levou a ONU a mandar para a região uma Brigada de Intervenção, de ação mais dura, e aumentar a pressão diplomática sobre os vizinhos Ruanda e Uganda para que não se intrometessem no conflito, o que mudou o rumo dos fatos. O M23 se enfraqueceu com deserções e lutas internas.

O chefe da missão de paz da ONU no Congo, Martin Kobler, disse que a forças se voltarão agora para dezenas de pequenos grupos operando no leste, região onde o governo não consegue impor a lei, entre os quais o grupo hutu ruandês FDLR.

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Tshanzu - O grupo rebelde M23, da República Democrática do Congo (RDC), anunciou nesta terça-feira o fim da insurgência de 20 meses contra o governo e disse estar pronto para buscar uma solução política, depois que o Exército congolês capturou os dois últimos redutos dos militantes numa área de montanhas.

O M23 fez a declaração horas depois de forças do governo terem expulsado os rebeldes de Tshanzu e Runyoni antes do amanhecer, após uma ofensiva de duas semanas que encurralou os insurgentes em montanhas de mata fechada ao longo da fronteira com Uganda e Ruanda.

"O chefe militar e os comandantes de todas as grandes unidades foram informados de que devem preparar as tropas para o desarmamento, desmobilização e reintegração, nos termos a serem acordados com o governo do Congo", declarou o líder do M23, Bertrand Bisimwa, em comunicado.

Os Estados Unidos elogiaram a declaração como um "significativo passo positivo" para o leste do Congo, região conflagrada por mais de 15 anos de conflito alimentado pela disputa por ouro, cobre e cobalto, bem como tensões étnicas na região da fronteira.

No início da manhã desta terça-feira, um encontro de líderes regionais na África do Sul afirmou que o governo do presidente da RDC, Joseph Kabila, iria assinar um acordo de paz com os rebeldes dentro de alguns dias, se eles depuserem as armas.

Na capital, Kinshasa --bem distante da região--, milhares de mulheres vestidas de branco saíram em passeata entre o boulevarde central e o Parlamento, cantando canções de louvor a Kabila e ao Exército.


A decisão marca uma dramática reviravolta para o líder de 42 anos. Há apenas um ano, o M23 tinha expulsado as forças de paz da ONU e o Exército e tomado o controle de Goma, maior cidade do leste do Congo.

Essa derrota levou a ONU a mandar para a região uma Brigada de Intervenção, de ação mais dura, e aumentar a pressão diplomática sobre os vizinhos Ruanda e Uganda para que não se intrometessem no conflito, o que mudou o rumo dos fatos. O M23 se enfraqueceu com deserções e lutas internas.

O chefe da missão de paz da ONU no Congo, Martin Kobler, disse que a forças se voltarão agora para dezenas de pequenos grupos operando no leste, região onde o governo não consegue impor a lei, entre os quais o grupo hutu ruandês FDLR.

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