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Deputados britânicos se pronunciam a favor do casamento gay

Ao final de debates acalorados, o projeto de lei foi aprovado por 400 deputados, enquanto 175 votaram contra.

O premier britânico, David Cameron: projeto de lei permite a casais do mesmo sexo se casar no registro civil (AFP/ Mahmud Turkia)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 19h27.

Londres - Deputados britânicos se pronunciaram nesta terça-feira à noite a favor do projeto de lei que autoriza o casamento homossexual, uma votação crucial para a adoção definitiva desta reforma, que divide o Partido Conservador, mas não mobiliza a opinião pública.

Ao final de debates acalorados, o projeto de lei foi aprovado por 400 deputados, enquanto 175 votaram contra.

De acordo com as primeiras estimativas, quase a metade dos deputados conservadores decidiu não votar como o primeiro-ministro David Cameron, partidário da reforma. Nenhuma instrução oficial de voto tinha sido feita.

Promessa de campanha dos liberais-democratas, que participam do governo de coalizão, o texto obteve, no entanto, o apoio da oposição trabalhista.

O projeto de lei permite a casais do mesmo sexo se casar no registro civil. Ele abre às diversas correntes religiosas a possibilidade de celebrar ou não uniões homossexuais religiosas, à exceção da Igreja Anglicana, majoritária no país, dentro da qual o casamento homossexual continuará sendo ilegal.


A votação na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento) é uma etapa decisiva, mesmo que o texto deva ainda passar pela Câmara dos Lordes.

Durante um discurso televisionado feito antes da votação, David Cameron reiterou o seu apoio a esta reforma, afirmando que ela deixará a sociedade britânica "mais forte"

"Sou um grande defensor do casamento. Ele ajuda as pessoas a se comprometerem umas com as outras e acredito que é o motivo pelo qual os homossexuais deveriam poder se casar também", disse.

"É um bom passo adiante para o nosso país e estou orgulhoso de que nosso governo o tenha dado", disse ele.

O assunto recebeu destaque de apenas um journal nesta terça, o Daily Telegraph, sinal de que o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo suscita poucos debates na opinião pública.


O texto é de fato simbólico. Os casais homossexuais já podem se unir civilmente desde 2005 no Reino Unido, em uma parceria civil. Eles também têm os mesmos direitos como pais do que os casais heterossexuais, pois podem adotar e recorrer à reprodução assistida e a uma mãe de aluguel, contanto que ela não seja remunerada.

Os três principais ministros conservadores - William Hague (Relações Exteriores), George Osborne (Finanças) e Theresa May (Interior) - tentaram convencer seus colegas em uma carta aberta.

Mas na Câmara dos Comuns, os opositores à reforma se manifestaram com firmeza.

O ex-secretário de Estado da Defesa conservador, Gerald Howarth, criticou uma "mudança maciça" que "atinge profundamente o próprio coração" da sociedade.

"Este projeto de lei é ruim, o processo de consulta foi uma impostura, a Igreja da Inglaterra é contra. Isso causou divisões profundas e inúteis dentro do Partido Conservador. Não há autorização para isso e pode haver graves consequências", advertiu.

Cerca de vinte de conservadores haviam entregue uma carta no domingo a Downing Street, alertando Cameron para "danos significativos para o Partido Conservador, tendo em vista as eleições legislativas de 2015", se a lei for adotada.

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Londres - Deputados britânicos se pronunciaram nesta terça-feira à noite a favor do projeto de lei que autoriza o casamento homossexual, uma votação crucial para a adoção definitiva desta reforma, que divide o Partido Conservador, mas não mobiliza a opinião pública.

Ao final de debates acalorados, o projeto de lei foi aprovado por 400 deputados, enquanto 175 votaram contra.

De acordo com as primeiras estimativas, quase a metade dos deputados conservadores decidiu não votar como o primeiro-ministro David Cameron, partidário da reforma. Nenhuma instrução oficial de voto tinha sido feita.

Promessa de campanha dos liberais-democratas, que participam do governo de coalizão, o texto obteve, no entanto, o apoio da oposição trabalhista.

O projeto de lei permite a casais do mesmo sexo se casar no registro civil. Ele abre às diversas correntes religiosas a possibilidade de celebrar ou não uniões homossexuais religiosas, à exceção da Igreja Anglicana, majoritária no país, dentro da qual o casamento homossexual continuará sendo ilegal.


A votação na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento) é uma etapa decisiva, mesmo que o texto deva ainda passar pela Câmara dos Lordes.

Durante um discurso televisionado feito antes da votação, David Cameron reiterou o seu apoio a esta reforma, afirmando que ela deixará a sociedade britânica "mais forte"

"Sou um grande defensor do casamento. Ele ajuda as pessoas a se comprometerem umas com as outras e acredito que é o motivo pelo qual os homossexuais deveriam poder se casar também", disse.

"É um bom passo adiante para o nosso país e estou orgulhoso de que nosso governo o tenha dado", disse ele.

O assunto recebeu destaque de apenas um journal nesta terça, o Daily Telegraph, sinal de que o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo suscita poucos debates na opinião pública.


O texto é de fato simbólico. Os casais homossexuais já podem se unir civilmente desde 2005 no Reino Unido, em uma parceria civil. Eles também têm os mesmos direitos como pais do que os casais heterossexuais, pois podem adotar e recorrer à reprodução assistida e a uma mãe de aluguel, contanto que ela não seja remunerada.

Os três principais ministros conservadores - William Hague (Relações Exteriores), George Osborne (Finanças) e Theresa May (Interior) - tentaram convencer seus colegas em uma carta aberta.

Mas na Câmara dos Comuns, os opositores à reforma se manifestaram com firmeza.

O ex-secretário de Estado da Defesa conservador, Gerald Howarth, criticou uma "mudança maciça" que "atinge profundamente o próprio coração" da sociedade.

"Este projeto de lei é ruim, o processo de consulta foi uma impostura, a Igreja da Inglaterra é contra. Isso causou divisões profundas e inúteis dentro do Partido Conservador. Não há autorização para isso e pode haver graves consequências", advertiu.

Cerca de vinte de conservadores haviam entregue uma carta no domingo a Downing Street, alertando Cameron para "danos significativos para o Partido Conservador, tendo em vista as eleições legislativas de 2015", se a lei for adotada.

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