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Delegação norte-coreana atribui morte de Kim a ataque cardíaco

Ri Tong Il, emissário que lidera a delegação enviada à Malásia para recolher o corpo, nega que Kim Jong-nam tenha sido morto com um agente tóxico

Kim Jong-nam: o emissário alegou que a vítima tinha um histórico médico de problemas cardíacos e pressão alta (Toshifumi Kitamura/AFP)
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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 09h40.

Bangcoc - Um emissário da Coreia do Norte negou nesta quinta-feira que Kim Jong-nam, o irmão mais velho do líder do país, Kim Jong-un, fora assassinado com um potente agente tóxico e atribuiu sua morte no dia 13 de fevereiro no aeroporto de Kuala Lumpur a um ataque cardíaco.

Ri Tong Il, ex-embaixador da Coreia do Norte na ONU, que lidera uma delegação norte-coreana enviada à Malásia para recolher o corpo, negou a versão malaia, em uma declaração à imprensa diante da embaixada norte-coreana, veiculada pela emissora "Channel News Asia".

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Ri alegou que a vítima tinha um histórico médico de problemas cardíacos e pressão alta, e assegurou que há fortes indícios de que sua morte aconteceu por causa de um ataque do coração, acrescentou a emissora.

O diplomata também disse que, se ficar comprovado que a morte foi causada pelo agente químico VX, as amostras deveriam ser enviadas à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq).

As autoridades malaias informaram que Kim Jong-nam morreu minutos depois que duas mulheres, uma indonésia e um vietnamita, esfregaram em seu rosto o agente VX, conforme determinou uma autópsia preliminar, enquanto o norte-coreano estava em uma fila para embarcar em um voo rumo a Macau, na China, onde vivia em exílio voluntário.

A polícia malaia acredita que ambas foram recrutadas por quatro norte-coreanos que fugiram do país no dia, horas depois do incidente, e pediu ajuda à Interpol para localizá-los.

As autoridades malaias ainda não identificaram formalmente Kim Jong-nam - que viajava com um passaporte diplomático com o nome de Kim Chol - à espera de poder comparar seu DNA com o de algum familiar.

A Coreia do Sul identificou a vítima como o irmão de Kim Jong-un e atribuiu o crime a agentes norte-coreanos, enquanto Pyongyang questionou a investigação policial e acusou as autoridades malaias de conspirar com seus inimigos.

As duas mulheres envolvidas no caso foram indiciadas na quarta-feira por assassinato, mas elas alegaram que tinham sido contratadas para fazer uma pegadinha para um programa de televisão e que não sabiam que a substância utilizada era um agente químico letal.

As autoridades malaias anunciaram hoje que outro detido, o químico norte-coreano Ri Jong Chol, será colocado em liberdade sem acusações e deportado a seu país.

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