Decisão sobre recursos contra destituição de Yunus é adiada em Bangladesh
As duas ações podem ocorrer em 2 maio, depois da corte reabrir suas portas em 24 de abril
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2011 às 07h19.
Nova Délhi - A Suprema Corte de Bangladesh decidiu nesta quarta-feira adiar sua decisão sobre dois recursos contra a destituição de Muhammad Yunus à frente do banco de concessão de microcrédito Grameen Bank (GB), do qual é fundador, segundo a imprensa bengalesa.
Um painel composto por sete magistrados e presidido pelo chefe do Supremo, Khairul Haque, adiou suas deliberações para uma semana depois da reabertura das sessões do Supremo, que inicia recesso em 10 de abril.
Na terça-feira, o painel desprezou um primeiro recurso de Yunus e deixou para hoje a decisão sobre o segundo, interposto por um grupo de nove diretores do GB, embora o Nobel da Paz tenha apresentado um novo recurso contra a decisão do Supremo.
De acordo com fontes do Tribunal citadas pelo diário bengalês "The Daily Star", a audiência dos dois recursos pendentes pode ocorrer em 2 de maio, já que a Corte reabrirá suas portas no dia 24 deste mês.
No início de março, o Banco de Bangladesh (o banco central do país) ordenou a destituição de Yunus indicando que este não teria contado com a aprovação prévia necessária do organismo central quando renovou seu cargo de diretor-executivo há 11 anos.
O economista e seu banco haviam apelado previamente ao Tribunal Superior de Daca, que rejeitou os dois recursos em 8 de março.
Fontes de sua entidade consideram que a decisão de afastar Yunus da chefia do GB obedece a uma manobra do Governo para se desfazer do ativista, submetido nos últimos meses a uma campanha de desprestígio.
Desde o fim de 2010, Yunus, conhecido como "banqueiro dos pobres" e agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006, manteve uma disputa pública com as autoridades devido a um documentário da uma emissora norueguesa que denunciou uma suposta transferência ilegal de fundos entre duas entidades do Grupo Grameen.
A cena política bengalesa é dominada há duas décadas pela atual primeira-ministra, Sheikh Hasina, e a agora opositora Khaleda Zia, duas herdeiras de dinastias políticas que viram com maus olhos que Yunus tentasse abrir uma terceira via com a formação de um partido antes das eleições de 2008.
O Grameen Bank ("banco da aldeia"), criado em 1983, emprega hoje 19.800 pessoas em 2.564 filiais e concedeu créditos a quase 8,3 milhões de bengaleses de 81.367 aldeias de todo o país, a imensa maioria mulheres, segundo o próprio site da entidade.
Nova Délhi - A Suprema Corte de Bangladesh decidiu nesta quarta-feira adiar sua decisão sobre dois recursos contra a destituição de Muhammad Yunus à frente do banco de concessão de microcrédito Grameen Bank (GB), do qual é fundador, segundo a imprensa bengalesa.
Um painel composto por sete magistrados e presidido pelo chefe do Supremo, Khairul Haque, adiou suas deliberações para uma semana depois da reabertura das sessões do Supremo, que inicia recesso em 10 de abril.
Na terça-feira, o painel desprezou um primeiro recurso de Yunus e deixou para hoje a decisão sobre o segundo, interposto por um grupo de nove diretores do GB, embora o Nobel da Paz tenha apresentado um novo recurso contra a decisão do Supremo.
De acordo com fontes do Tribunal citadas pelo diário bengalês "The Daily Star", a audiência dos dois recursos pendentes pode ocorrer em 2 de maio, já que a Corte reabrirá suas portas no dia 24 deste mês.
No início de março, o Banco de Bangladesh (o banco central do país) ordenou a destituição de Yunus indicando que este não teria contado com a aprovação prévia necessária do organismo central quando renovou seu cargo de diretor-executivo há 11 anos.
O economista e seu banco haviam apelado previamente ao Tribunal Superior de Daca, que rejeitou os dois recursos em 8 de março.
Fontes de sua entidade consideram que a decisão de afastar Yunus da chefia do GB obedece a uma manobra do Governo para se desfazer do ativista, submetido nos últimos meses a uma campanha de desprestígio.
Desde o fim de 2010, Yunus, conhecido como "banqueiro dos pobres" e agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006, manteve uma disputa pública com as autoridades devido a um documentário da uma emissora norueguesa que denunciou uma suposta transferência ilegal de fundos entre duas entidades do Grupo Grameen.
A cena política bengalesa é dominada há duas décadas pela atual primeira-ministra, Sheikh Hasina, e a agora opositora Khaleda Zia, duas herdeiras de dinastias políticas que viram com maus olhos que Yunus tentasse abrir uma terceira via com a formação de um partido antes das eleições de 2008.
O Grameen Bank ("banco da aldeia"), criado em 1983, emprega hoje 19.800 pessoas em 2.564 filiais e concedeu créditos a quase 8,3 milhões de bengaleses de 81.367 aldeias de todo o país, a imensa maioria mulheres, segundo o próprio site da entidade.