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Cortes aceleram perda de audiência da imprensa dos EUA

Segundo relatório do Centro Pew, "31% dos adultos nos EUA deixaram de recorrer a um meio de imprensa, porque estes já não dão as notícias que estavam acostumados a receber"

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 19h32.

Washington - O contínuo desgaste da cobertura de notícias dos meios de comunicação tradicionais e uma década de cortes estão acelerando a perda de audiência da imprensa, segundo um estudo sobre a excelência no jornalismo publicado nesta segunda-feira pelo "Centro Pew".

"Os efeitos de uma década de cortes nas salas de imprensa são reais", afirma este relatório anual.

"31% dos adultos nos Estados Unidos deixaram de recorrer a um meio de imprensa, porque estes já não dão as notícias que estavam acostumados a receber", diz o relatório.

Além disso, constata que "com os recursos para a cobertura jornalística reduzidos ao mínimo e menos coberturas especializadas, se deteriorou o nível de experiência dos jornalistas e a capacidade para se aprofundar em uma história".

O estudo diz, além disso, que a "indústria das notícias" - que compreende jornais, revistas, televisão e rádios - segue perdendo frente aos novos meios de imprensa - internet e aparatos digitais portáteis - na concorrência pelo dinheiro de publicidade.

Mas adverte que "o crescimento dos experimentos com conteúdo digital pago pode ter tido um impacto significativo tanto na renda por notícias como no conteúdo", no caso de meios de imprensa tradicionais.

Após anos de debate sobre se o conteúdo digital deveria ser oferecido de maneira gratuita, "a indústria jornalística pode ter chegado em 2012 a um ponto crucial: de fato 450 dos 1.380 jornais do país já iniciaram ou anunciaram planos para cobrar por parte de seu conteúdo".


Dado que a publicidade digital nos jornais esteve crescendo apenas 3% por ano, as subscrições digitais são vistas como um componente cada vez mais importante no novo modelo de negócio para o jornalismo.

O caso mais encorajador é o do jornal "The New York Times", que permite a leitura gratuita de um número determinado de artigos e cobra pelo resto. Seus ingressos por circulação agora excedem seus ingressos por publicidade.

"O aumento do conteúdo digital pago poderia ter um impacto positivo na qualidade do jornalismo na medida em que as organizações de notícias se esforcem para produzir um conteúdo único e de alta qualidade pelo qual o público esteja disposto a pagar", acrescentou o relatório.

Pew cita Clark Gilbert, executivo principal da Companhia Jornalística "Deseret News", que foi descrito como "um inovador digital" que advoga para que as empresas jornalísticas enfoquem seu esforço nas áreas-chave nas quais possam apresentar algo de valor real e distinção.

"Invista onde possa ser o melhor no mundo", disse Gilbert aos pesquisadores de Pew.

O estudo encontrou, além disso, que quase dois terços dos adultos nos Estados Unidos obtêm suas notícias por via de amigos, parentes, ou os meios imprensa sociais e depois buscam a informação completa mediante "enlaces" digitais com as histórias jornalísticas.

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Washington - O contínuo desgaste da cobertura de notícias dos meios de comunicação tradicionais e uma década de cortes estão acelerando a perda de audiência da imprensa, segundo um estudo sobre a excelência no jornalismo publicado nesta segunda-feira pelo "Centro Pew".

"Os efeitos de uma década de cortes nas salas de imprensa são reais", afirma este relatório anual.

"31% dos adultos nos Estados Unidos deixaram de recorrer a um meio de imprensa, porque estes já não dão as notícias que estavam acostumados a receber", diz o relatório.

Além disso, constata que "com os recursos para a cobertura jornalística reduzidos ao mínimo e menos coberturas especializadas, se deteriorou o nível de experiência dos jornalistas e a capacidade para se aprofundar em uma história".

O estudo diz, além disso, que a "indústria das notícias" - que compreende jornais, revistas, televisão e rádios - segue perdendo frente aos novos meios de imprensa - internet e aparatos digitais portáteis - na concorrência pelo dinheiro de publicidade.

Mas adverte que "o crescimento dos experimentos com conteúdo digital pago pode ter tido um impacto significativo tanto na renda por notícias como no conteúdo", no caso de meios de imprensa tradicionais.

Após anos de debate sobre se o conteúdo digital deveria ser oferecido de maneira gratuita, "a indústria jornalística pode ter chegado em 2012 a um ponto crucial: de fato 450 dos 1.380 jornais do país já iniciaram ou anunciaram planos para cobrar por parte de seu conteúdo".


Dado que a publicidade digital nos jornais esteve crescendo apenas 3% por ano, as subscrições digitais são vistas como um componente cada vez mais importante no novo modelo de negócio para o jornalismo.

O caso mais encorajador é o do jornal "The New York Times", que permite a leitura gratuita de um número determinado de artigos e cobra pelo resto. Seus ingressos por circulação agora excedem seus ingressos por publicidade.

"O aumento do conteúdo digital pago poderia ter um impacto positivo na qualidade do jornalismo na medida em que as organizações de notícias se esforcem para produzir um conteúdo único e de alta qualidade pelo qual o público esteja disposto a pagar", acrescentou o relatório.

Pew cita Clark Gilbert, executivo principal da Companhia Jornalística "Deseret News", que foi descrito como "um inovador digital" que advoga para que as empresas jornalísticas enfoquem seu esforço nas áreas-chave nas quais possam apresentar algo de valor real e distinção.

"Invista onde possa ser o melhor no mundo", disse Gilbert aos pesquisadores de Pew.

O estudo encontrou, além disso, que quase dois terços dos adultos nos Estados Unidos obtêm suas notícias por via de amigos, parentes, ou os meios imprensa sociais e depois buscam a informação completa mediante "enlaces" digitais com as histórias jornalísticas.

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