Cúpula climática em Paris termina sem acordo sobre taxação global em transporte marítimo
Organizações não governamentais e ativistas lamentaram a falta de respostas mais ambiciosas à mudança climática e às desigualdades, no encontro
Agência de notícias
Publicado em 23 de junho de 2023 às 17h15.
Última atualização em 23 de junho de 2023 às 17h29.
Participantes de uma cúpula em Paris não chegaram a um acordo para criar uma taxa de emissão de gases de defeito estufa produzidos pelo transporte marítimo internacional. Organizações não governamentais e ativistas lamentaram a falta de respostas mais ambiciosas à mudança climática e às desigualdades, no encontro.
A reunião de líderes mundiais por dois dias terminou sem grande anúncio, embora os organizadores tenham divulgado um prometido "mapa do caminho" para atender ao compromisso do presidente da França, Emmanuel Macron, de avaliar reformas no sistema financeiro internacional ao longo dos próximos dois anos.
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A ideia de um imposto global sobre emissões de gases de feito estufa produzidos pelo transporte comercial marítimo internacional tem ganhado corpo e poderia potencialmente ser adotada durante reunião em julho da Organização Marítima Internacional, braço da Organização das Nações Unidas de regulação do setor. O dinheiro poderia ser direcionado a nações em desenvolvimento que lutam para lidar com mudanças climáticas. Alguns especialistas dizem que esse imposto global poderia levantar US$ 100 bilhões ao ano, e um apoio forte em Paris daria ao presidente francês uma vitória simbólica.
Sugestão construtiva
A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, presente no encontro, qualificou a ideia como "uma sugestão muito construtiva" e disse que os Estados Unidos iriam avaliá-la. Não estava claro quais países apoiaram a proposta. A Presidência francesa disse que 23 países, não identificados no comunicado oficial, apoiavam a iniciativa.
O transporte marítimo de cargas representa quase 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. Relatório do Parlamento Europeu advertiu que essa fatia poderia aumentar de modo dramático até 2050.