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Cuba e EUA se reúnem para novo diálogo migratório

Política "pés molhados, pés secos" estabelece que cubanos que chegam a solo americano por terra podem ficar, enquanto interceptados no mar são devolvidos à ilha

Homem anda de bicicleta em Havana: Cuba sustenta que políticas americanas representam obstáculo para fluxo migratório controlado, já que estimulam imigração ilegal (Adalberto Roque/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h48.

Havana - Cuba insistiu nesta quinta-feira em pedir aos Estados Unidos a revogação da política conhecida como "pés molhados, pés secos" e da Lei de Ajuste Cubano, na nova rodada de diálogos migratórios entre os dois países realizada em Havana e que ocorreu em um "ambiente respeitoso", segundo fontes oficiais.

O governo cubano explicou hoje em comunicado que a reunião "analisou o estado de cumprimento dos acordos migratórios vigentes entre os dois países, incluindo as medidas empreendidas por ambas as partes para enfrentar a imigração ilegal e o contrabando de imigrantes".

"A delegação cubana insistiu novamente que estes fenômenos não poderão ser erradicados nem será possível conseguir um fluxo migratório legal, seguro e ordenado entre Cuba e os Estados Unidos, enquanto não seja revogada a política de 'pés molhados, pés secos' e a Lei de Ajuste Cubano", especificou a nota publicada no site do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

A lei, vigente desde 1966, e a política "pés molhados, pés secos", estabelecem que os cubanos que chegam a solo americano por terra podem ficar, enquanto os interceptados no mar, ainda que a poucos metros da margem, são devolvidos à ilha.

Cuba sustenta que essas políticas representam um obstáculo para um fluxo migratório controlado já que estimulam a imigração ilegal, e ratificou sua postura sobre o assunto a Washington nos diferentes encontros migratórios realizados.

O comunicado divulgado nesta quinta-feira mostrou que Havana também proporcionou "informação atualizada" aos Estados Unidos sobre as novas leis migratórias e sobre os acordos que assinou com outros países da região nesse sentido.

Assim, ambos os países retomam conversas migratórias. A última edição aconteceu em Washington em julho do ano passado.

Da mesma forma que em 2013, nesta ocasião a equipe cubana foi liderada pela diretora do Ministério das Relações Exteriores, Josefina Vidal, enquanto a delegação americana foi comandada pelo secretário assistente adjunto do Departamento de Estado, Edward Alex Lee.

Para amanhã está previsto que os funcionários americanos ofereçam uma entrevista coletiva sobre a conversa, considerado um dos intercâmbios políticos mais importantes entre dois países que não têm relações diplomáticas desde 1962.

A base do diálogo migratório bilateral reside nos acordos migratórios de 1994 e 1995, pelos quais os Estados Unidos e Cuba se comprometeram a manter uma imigração "segura, legal e ordenada" e a revisar regularmente a implementação desses pactos.

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Havana - Cuba insistiu nesta quinta-feira em pedir aos Estados Unidos a revogação da política conhecida como "pés molhados, pés secos" e da Lei de Ajuste Cubano, na nova rodada de diálogos migratórios entre os dois países realizada em Havana e que ocorreu em um "ambiente respeitoso", segundo fontes oficiais.

O governo cubano explicou hoje em comunicado que a reunião "analisou o estado de cumprimento dos acordos migratórios vigentes entre os dois países, incluindo as medidas empreendidas por ambas as partes para enfrentar a imigração ilegal e o contrabando de imigrantes".

"A delegação cubana insistiu novamente que estes fenômenos não poderão ser erradicados nem será possível conseguir um fluxo migratório legal, seguro e ordenado entre Cuba e os Estados Unidos, enquanto não seja revogada a política de 'pés molhados, pés secos' e a Lei de Ajuste Cubano", especificou a nota publicada no site do Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

A lei, vigente desde 1966, e a política "pés molhados, pés secos", estabelecem que os cubanos que chegam a solo americano por terra podem ficar, enquanto os interceptados no mar, ainda que a poucos metros da margem, são devolvidos à ilha.

Cuba sustenta que essas políticas representam um obstáculo para um fluxo migratório controlado já que estimulam a imigração ilegal, e ratificou sua postura sobre o assunto a Washington nos diferentes encontros migratórios realizados.

O comunicado divulgado nesta quinta-feira mostrou que Havana também proporcionou "informação atualizada" aos Estados Unidos sobre as novas leis migratórias e sobre os acordos que assinou com outros países da região nesse sentido.

Assim, ambos os países retomam conversas migratórias. A última edição aconteceu em Washington em julho do ano passado.

Da mesma forma que em 2013, nesta ocasião a equipe cubana foi liderada pela diretora do Ministério das Relações Exteriores, Josefina Vidal, enquanto a delegação americana foi comandada pelo secretário assistente adjunto do Departamento de Estado, Edward Alex Lee.

Para amanhã está previsto que os funcionários americanos ofereçam uma entrevista coletiva sobre a conversa, considerado um dos intercâmbios políticos mais importantes entre dois países que não têm relações diplomáticas desde 1962.

A base do diálogo migratório bilateral reside nos acordos migratórios de 1994 e 1995, pelos quais os Estados Unidos e Cuba se comprometeram a manter uma imigração "segura, legal e ordenada" e a revisar regularmente a implementação desses pactos.

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