Croatas recebem com júbilo generais absolvidos pelo TPII
Com bandeiras nacionais e ao som de canções patrióticas, os cidadãos deste país balcânico cumprimentaram Gotovina e Markac como heróis nacionais gritando seus nomes
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 16h46.
Zagreb - Mais de 100.000 croatas reunidos na praça de Ban Jelalic, de Zagreb, receberam nesta sexta-feira com júbilo os generais reformados Ante Gotovina e Mladen Markac, absolvidos e libertados pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) de crimes de guerra contra os sérvios.
Com bandeiras nacionais e ao som de canções patrióticas, os cidadãos deste país balcânico cumprimentaram Gotovina e Markac como heróis nacionais gritando seus nomes.
''Estamos felizes de estar com todos vocês juntos. Isto é uma vitória conjunta de todos nós. (A operação) ''Tempestade'' aconteceu na guerra. Isto foi uma ''tempestade'' na paz, na justiça (...) Agora a guerra pertence ao passado, voltemo-nos para o futuro'', declarou brevemente Gotovina.
Gotovina se referia assim à ''Operação Tempestade'' de 1995, na qual o Exército croata recuperou quase um terço do território da Croácia que estava sob controle da rebelde ''República Sérvia de Krajina''.
Por sua vez, Markac expressou sua satisfação, porque as sentenças de absolvição ''retiraram a mancha sobre a vitória militar na guerra'', para que ''todo croata no futuro'' possa falar com orgulho da disputa de independência.
Segundo a televisão pública ''HTV'', Gotovina e Markac vão participar hoje de uma missa oficiada pelo cardeal croata Josip Bozanic na catedral de Zagreb e estão depois convidados para um jantar com o chefe do Estado, Ivo Josipovic.
A televisão, que acompanhou a chegada dos até hoje acusados de crimes de guerra, informa de comemorações em todos os cantos do país.
A euforia se deve a que os croatas consideraram sempre que a acusação e especialmente a sentença em primeira instância do TPII para os generais representava uma grande injustiça, não somente contra essas pessoas em questão, mas também em relação à luta croata.
Gotovina, detido em dezembro de 2005 em Tenerife (Espanha), foi o comandante da ''Operação Tempestade'' e Markac era o chefe da Polícia militar croata.
Gotovina e Markac foram condenados no dia 15 de abril passado pelo TPII a 24 e 18 anos de prisão, respectivamente, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos contra os sérvios da Croácia em 1995, durante e depois da ''Operação Tempestade''.
Para Josipovic, a sentença de hoje ''recuperou a fé no direito internacional''.
No entanto, o presidente disse que os crimes cometidos que ainda estão impunes devem ser sancionados e que o Estado croata terá força para tal.
Josipovic lembrou que o TPII, com sede em Haia, ao anular em apelação as penas ditadas no ano passado, rejeitou a existência de uma ''empresa criminosa'' contra a população da rebelde Krajina sérvia e de ''limpeza étnica'' como parte da ''Operação Tempestade''.
Muitos croatas afirmam que depois desta sentença ''sentem finalmente que acabou a guerra de agressão'' iniciada em 1991 pelo então presidente sérvio, Slobodan Milosevic.
Zagreb - Mais de 100.000 croatas reunidos na praça de Ban Jelalic, de Zagreb, receberam nesta sexta-feira com júbilo os generais reformados Ante Gotovina e Mladen Markac, absolvidos e libertados pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) de crimes de guerra contra os sérvios.
Com bandeiras nacionais e ao som de canções patrióticas, os cidadãos deste país balcânico cumprimentaram Gotovina e Markac como heróis nacionais gritando seus nomes.
''Estamos felizes de estar com todos vocês juntos. Isto é uma vitória conjunta de todos nós. (A operação) ''Tempestade'' aconteceu na guerra. Isto foi uma ''tempestade'' na paz, na justiça (...) Agora a guerra pertence ao passado, voltemo-nos para o futuro'', declarou brevemente Gotovina.
Gotovina se referia assim à ''Operação Tempestade'' de 1995, na qual o Exército croata recuperou quase um terço do território da Croácia que estava sob controle da rebelde ''República Sérvia de Krajina''.
Por sua vez, Markac expressou sua satisfação, porque as sentenças de absolvição ''retiraram a mancha sobre a vitória militar na guerra'', para que ''todo croata no futuro'' possa falar com orgulho da disputa de independência.
Segundo a televisão pública ''HTV'', Gotovina e Markac vão participar hoje de uma missa oficiada pelo cardeal croata Josip Bozanic na catedral de Zagreb e estão depois convidados para um jantar com o chefe do Estado, Ivo Josipovic.
A televisão, que acompanhou a chegada dos até hoje acusados de crimes de guerra, informa de comemorações em todos os cantos do país.
A euforia se deve a que os croatas consideraram sempre que a acusação e especialmente a sentença em primeira instância do TPII para os generais representava uma grande injustiça, não somente contra essas pessoas em questão, mas também em relação à luta croata.
Gotovina, detido em dezembro de 2005 em Tenerife (Espanha), foi o comandante da ''Operação Tempestade'' e Markac era o chefe da Polícia militar croata.
Gotovina e Markac foram condenados no dia 15 de abril passado pelo TPII a 24 e 18 anos de prisão, respectivamente, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos contra os sérvios da Croácia em 1995, durante e depois da ''Operação Tempestade''.
Para Josipovic, a sentença de hoje ''recuperou a fé no direito internacional''.
No entanto, o presidente disse que os crimes cometidos que ainda estão impunes devem ser sancionados e que o Estado croata terá força para tal.
Josipovic lembrou que o TPII, com sede em Haia, ao anular em apelação as penas ditadas no ano passado, rejeitou a existência de uma ''empresa criminosa'' contra a população da rebelde Krajina sérvia e de ''limpeza étnica'' como parte da ''Operação Tempestade''.
Muitos croatas afirmam que depois desta sentença ''sentem finalmente que acabou a guerra de agressão'' iniciada em 1991 pelo então presidente sérvio, Slobodan Milosevic.