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Cristina Kirchner pede diálogo sobre soberania nas Malvinas

A guerra das Malvinas começou quando a ditadura do general Leopoldo Galtieri invadiu e recuperou as ilhas, ocupadas militarmente pela Grã-Bretanha desde 1833

Diante de simpatizantes na cidade de Puerto Madryn, a presidente questionou: "Por que se negam a dialogar com um governo democrático? As coisas não poderão continuar assim por muito tempo" (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 19h06.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta terça-feira à Grã-Bretanha que cumpra o direito internacional e aceite o diálogo no conflito de soberania sobre as Malvinas , ao discursar em ato de homenagem pelos 31 anos da guerra que marcou a disputa pelo arquipélago.

"O único que continuamos pedindo incansavelmente é que se cumpra o direito internacional e que o governo do Reino Unido aceite a resolução das Nações Unidas de 1965) que só pede diálogo sem dar razão a um ou a outro", disse Kirchner.

Diante de centenas de simpatizantes na cidade de Puerto Madryn (Patagônia, sul), a presidente questionou: "Por que se negam a dialogar com um governo democrático? As coisas não poderão continuar assim por muito tempo".

"Este 2 de abril é uma homenagem aos veteranos e aos que caíram. Este país só participa hoje de missões de paz. A Argentina não tem inimigos. Os únicos inimigos são a pobreza e a desigualdade que estamos combatendo", acrescentou.

A guerra das Malvinas começou em 2 de abril de 1982 quando a ditadura argentina do general Leopoldo Galtieri (1981-1982) invadiu e recuperou as ilhas, ocupadas militarmente pela Grã-Bretanha desde 1833.

Uma força enviada pela então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher derrotou as tropas de Galtieri após 74 dias de combates, deixando 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

Em 28 de março passado, Cristina Kirchner pediu ao Papa Francisco, seu conterrâneo, que intervenha para conseguir que Londres aceite a resolução da ONU que propõe aos dois países discutir sobre a disputa soberana.

O premier britânico, David Cameron, tinha declarado em 15 de março seu desacordo "respeitoso" com o Papa quando afirmou, em uma homilia em 2011, ainda arcebispo de Buenos Aires, que "as Malvinas são nossas (argentinas)".

Entre 10 e 11 de março passado, venceu nas Malvinas, chamadas Falkland por Londres, a manutenção do status de território britânico ultramarino, com esmagadora maioria de 99,8% dos votos em um referendo do qual participaram 1.672 eleitores habilitados.

Kirchner chamou a consulta de "paródia" e em 26 de março, com o apoio do resto da América Latina, insistiu perante a ONU na necessidade de uma solução negociada com o Reino Unido.

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A presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu nesta terça-feira à Grã-Bretanha que cumpra o direito internacional e aceite o diálogo no conflito de soberania sobre as Malvinas , ao discursar em ato de homenagem pelos 31 anos da guerra que marcou a disputa pelo arquipélago.

"O único que continuamos pedindo incansavelmente é que se cumpra o direito internacional e que o governo do Reino Unido aceite a resolução das Nações Unidas de 1965) que só pede diálogo sem dar razão a um ou a outro", disse Kirchner.

Diante de centenas de simpatizantes na cidade de Puerto Madryn (Patagônia, sul), a presidente questionou: "Por que se negam a dialogar com um governo democrático? As coisas não poderão continuar assim por muito tempo".

"Este 2 de abril é uma homenagem aos veteranos e aos que caíram. Este país só participa hoje de missões de paz. A Argentina não tem inimigos. Os únicos inimigos são a pobreza e a desigualdade que estamos combatendo", acrescentou.

A guerra das Malvinas começou em 2 de abril de 1982 quando a ditadura argentina do general Leopoldo Galtieri (1981-1982) invadiu e recuperou as ilhas, ocupadas militarmente pela Grã-Bretanha desde 1833.

Uma força enviada pela então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher derrotou as tropas de Galtieri após 74 dias de combates, deixando 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

Em 28 de março passado, Cristina Kirchner pediu ao Papa Francisco, seu conterrâneo, que intervenha para conseguir que Londres aceite a resolução da ONU que propõe aos dois países discutir sobre a disputa soberana.

O premier britânico, David Cameron, tinha declarado em 15 de março seu desacordo "respeitoso" com o Papa quando afirmou, em uma homilia em 2011, ainda arcebispo de Buenos Aires, que "as Malvinas são nossas (argentinas)".

Entre 10 e 11 de março passado, venceu nas Malvinas, chamadas Falkland por Londres, a manutenção do status de território britânico ultramarino, com esmagadora maioria de 99,8% dos votos em um referendo do qual participaram 1.672 eleitores habilitados.

Kirchner chamou a consulta de "paródia" e em 26 de março, com o apoio do resto da América Latina, insistiu perante a ONU na necessidade de uma solução negociada com o Reino Unido.

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