Crise no belga Dexia acelera ajuda a bancos da Europa
A decisão foi encaminhada hoje pelo fórum de ministros de Economia e Finanças da zona do euro
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2011 às 20h12.
Bruxelas - A implosão do banco Dexia, uma dos mais tradicionais instituições financeiras da Bélgica, deve acelerar, nas próximas semanas, a criação de um programa de recapitalização do sistema financeiro europeu. A decisão foi encaminhada hoje pelo fórum de ministros de Economia e Finanças da zona do euro (Ecofin), e reflete a preocupação generalizada em Bruxelas sobre a saúde dos bancos do bloco, cada vez mais contaminados pela crise das dívidas soberanas.
As condições do programa foram discutidas na reunião dos ministros realizada em Luxemburgo hoje, mas ainda estão em fase de elaboração. Segundo o comissário de Relações Econômicas da União Europeia, Olli Rehn, "há um senso de urgência entre os ministros de que devemos avançar". "As posições de capital dos bancos europeus devem ser reforçadas para prover margens mais seguras e reduzir a incerteza", explicou o executivo.
A preocupação com a situação dos bancos europeus aumentou ontem, quando a direção do Dexia anunciou a decisão de desmantelar a instituição, assolada pelas dívidas. Na prática o banco, de origem belga, mas com parte do capital francês, vai organizar o seu próprio desaparecimento. A tarefa foi delegada pelo Conselho de Administração a Pierre Mariani, espécie de interventor nomeado para salvar a instituição em 2008. A empresa havia sobrevivido graças à injeção de 6,4 bilhões de euros em dinheiro público quando da falência do Lehman Brothers e do contágio pelos créditos imobiliários de alto risco dos Estados Unidos - os subprimes.
O banco convive com 100 bilhões de euros em obrigações soberanas, dos quais 21 bilhões de euros foram emitidos por países ameaçados de insolvência, casos da Grécia, de Portugal, da Itália e da Espanha. A instituição se tornou, na prática, a primeira vítima do contágio da crise das dívidas no sistema financeiro. Na Bélgica, a situação é tão delicada que mobilizava as autoridades belgas ontem, em Bruxelas.
No final da tarde, em nota oficial, os governos da Bélgica e da França informaram os clientes e os credores da instituição que suas dívidas serão honradas. "Os estados belga e francês, em ligação direta com os bancos centrais, assumirão as medidas necessárias para assegurar a segurança dos clientes e dos credores", afirmaram Reynders e Baroin.
O anúncio da "reestruturação" do Dexia, com venda de subsidiárias e extinção de empresas do grupo, derrubou as ações da companhia. Logo após a abertura dos pregões europeus, as ações da instituição despencaram 37,68%, ao seu valor mais baixo desde que a instituição abriu o capital. No encerramento das atividades, a perda foi de 22,46%.
Bruxelas - A implosão do banco Dexia, uma dos mais tradicionais instituições financeiras da Bélgica, deve acelerar, nas próximas semanas, a criação de um programa de recapitalização do sistema financeiro europeu. A decisão foi encaminhada hoje pelo fórum de ministros de Economia e Finanças da zona do euro (Ecofin), e reflete a preocupação generalizada em Bruxelas sobre a saúde dos bancos do bloco, cada vez mais contaminados pela crise das dívidas soberanas.
As condições do programa foram discutidas na reunião dos ministros realizada em Luxemburgo hoje, mas ainda estão em fase de elaboração. Segundo o comissário de Relações Econômicas da União Europeia, Olli Rehn, "há um senso de urgência entre os ministros de que devemos avançar". "As posições de capital dos bancos europeus devem ser reforçadas para prover margens mais seguras e reduzir a incerteza", explicou o executivo.
A preocupação com a situação dos bancos europeus aumentou ontem, quando a direção do Dexia anunciou a decisão de desmantelar a instituição, assolada pelas dívidas. Na prática o banco, de origem belga, mas com parte do capital francês, vai organizar o seu próprio desaparecimento. A tarefa foi delegada pelo Conselho de Administração a Pierre Mariani, espécie de interventor nomeado para salvar a instituição em 2008. A empresa havia sobrevivido graças à injeção de 6,4 bilhões de euros em dinheiro público quando da falência do Lehman Brothers e do contágio pelos créditos imobiliários de alto risco dos Estados Unidos - os subprimes.
O banco convive com 100 bilhões de euros em obrigações soberanas, dos quais 21 bilhões de euros foram emitidos por países ameaçados de insolvência, casos da Grécia, de Portugal, da Itália e da Espanha. A instituição se tornou, na prática, a primeira vítima do contágio da crise das dívidas no sistema financeiro. Na Bélgica, a situação é tão delicada que mobilizava as autoridades belgas ontem, em Bruxelas.
No final da tarde, em nota oficial, os governos da Bélgica e da França informaram os clientes e os credores da instituição que suas dívidas serão honradas. "Os estados belga e francês, em ligação direta com os bancos centrais, assumirão as medidas necessárias para assegurar a segurança dos clientes e dos credores", afirmaram Reynders e Baroin.
O anúncio da "reestruturação" do Dexia, com venda de subsidiárias e extinção de empresas do grupo, derrubou as ações da companhia. Logo após a abertura dos pregões europeus, as ações da instituição despencaram 37,68%, ao seu valor mais baixo desde que a instituição abriu o capital. No encerramento das atividades, a perda foi de 22,46%.