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Cresce pressão diplomática sobre a Síria, que anuncia eleições legislativas

Países árabes e potências pedem o fim da repressão violenta

22 manifestantes foram mortos ontem no país (Uriel Sinai/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2011 às 14h34.

Damasco - A Síria anunciou neste sábado eleições legislativas "livres e transparentes" até o final do ano, em um momento em que Washington, Berlim e Paris analisam novas medidas contra Damasco e as monarquias do Golfo pedem o fim do "banho de sangue".

"A Síria realizará eleições livres e transparentes para a formação de um Parlamento que represente o povo", afirmou Walid al Muallem, ministro sírio das Relações Exteriores, citado pela agência oficial Sana.

"Para o governo, a via de solução da atual crise é o diálogo", garantiu ele, criticando a oposição.

As declarações do ministro sírio foram feitas num momento em que a pressão diplomática aumenta sobre Damasco, um dia após a morte de 22 manifestantes durante a primeira sexta-feira do sagrado mês do Ramadã.

O presidente americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel analisam "medidas adicionais para pressionar o regime do presidente Bashar al-Assad", anunciou a Casa Branca na sexta-feira.

Os três líderes saudaram a declaração do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na quarta-feira que condena "as violações dos direitos humanos e o uso da força pelas autoridades sírias contra os civis", acrescentou a presidência norte-americana.
Paralelamente, a pressão também cresce do lado dos países árabes.

As monarquias do Golfo condenaram neste sábado a Síria pelo "banho de sangue" no país e pediram o início de "sérias reformas", em um comunicado publicado.

"O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) exige que Damasco ponha fim de imediato à violência e ao banho de sangue", traz o comunicado.

O CCG, formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Qatar, pediu "razão e a tomada de sérias e necessárias reformas que protejam os direitos e a dignidade do povo sírio", acrescenta o texto.

Na Síria, tanques e blindados do Exército foram mobilizados nos arredores de Deir Ezzor (leste) e Homs (centro), disse à AFP Rami Abdel Rahmane, presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Quase 250 tanques e blindados foram deslocados em quatro bairros de Deir Ezzor", disse à AFP Rahmane.

"Em Homs, muitos blindados do Exército e veículos das forças de segurança estão no bairro de Bab al Sibaa", completou.
"Foram registrados tiros na maioria dos bairros de Homs a partir de 8H00".

O OSDH não tem contato com Hama, a cidade rebelde do centro do país, onde as autoridades cortaram todos os meios de comunicação para combater os "grupos terroristas armados", aos quais atribuem a responsabilidade dos distúrbios que afetam a Síria desde meados de março.

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Damasco - A Síria anunciou neste sábado eleições legislativas "livres e transparentes" até o final do ano, em um momento em que Washington, Berlim e Paris analisam novas medidas contra Damasco e as monarquias do Golfo pedem o fim do "banho de sangue".

"A Síria realizará eleições livres e transparentes para a formação de um Parlamento que represente o povo", afirmou Walid al Muallem, ministro sírio das Relações Exteriores, citado pela agência oficial Sana.

"Para o governo, a via de solução da atual crise é o diálogo", garantiu ele, criticando a oposição.

As declarações do ministro sírio foram feitas num momento em que a pressão diplomática aumenta sobre Damasco, um dia após a morte de 22 manifestantes durante a primeira sexta-feira do sagrado mês do Ramadã.

O presidente americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel analisam "medidas adicionais para pressionar o regime do presidente Bashar al-Assad", anunciou a Casa Branca na sexta-feira.

Os três líderes saudaram a declaração do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na quarta-feira que condena "as violações dos direitos humanos e o uso da força pelas autoridades sírias contra os civis", acrescentou a presidência norte-americana.
Paralelamente, a pressão também cresce do lado dos países árabes.

As monarquias do Golfo condenaram neste sábado a Síria pelo "banho de sangue" no país e pediram o início de "sérias reformas", em um comunicado publicado.

"O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) exige que Damasco ponha fim de imediato à violência e ao banho de sangue", traz o comunicado.

O CCG, formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Qatar, pediu "razão e a tomada de sérias e necessárias reformas que protejam os direitos e a dignidade do povo sírio", acrescenta o texto.

Na Síria, tanques e blindados do Exército foram mobilizados nos arredores de Deir Ezzor (leste) e Homs (centro), disse à AFP Rami Abdel Rahmane, presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Quase 250 tanques e blindados foram deslocados em quatro bairros de Deir Ezzor", disse à AFP Rahmane.

"Em Homs, muitos blindados do Exército e veículos das forças de segurança estão no bairro de Bab al Sibaa", completou.
"Foram registrados tiros na maioria dos bairros de Homs a partir de 8H00".

O OSDH não tem contato com Hama, a cidade rebelde do centro do país, onde as autoridades cortaram todos os meios de comunicação para combater os "grupos terroristas armados", aos quais atribuem a responsabilidade dos distúrbios que afetam a Síria desde meados de março.

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