Corte abre caminho para retorno de ex-premiê de Mubarak
Ahmed Shafik estará livre em breve para retornar de um exílio voluntário e, talvez, voltar ao cenário político
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 17h46.
Cairo - O último primeiro-ministro do governo de Hosni Mubarak , Ahmed Shafik, estará livre em breve para retornar de um exílio voluntário e, talvez, voltar ao cenário político, depois que tribunais egípcios o inocentaram nesta quinta-feira em um caso de corrupção e arquivaram um outro processo contra ele.
Shafik deixou o Egito no ano passado, depois de ter sido derrotado na eleição presidencial por Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.
Vários casos de corrupção foram apresentados contra Shafik durante o governo de Mursi, que foi abreviado em julho, quando foi deposto pelo Exército após protestos em massa contra ele.
Fontes judiciais disseram que o tribunal havia enviado o caso final contra Shafik de volta para o procurador, que deve agora decidir se o rejeita ou ordena mais investigações sobre as acusações, que estão relacionadas com a alocação ilegal de terras do Estado.
Uma decisão em separado absolveu Shafik e dois filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, em um outro caso de corrupção. Mas Alaa e Gamal Mubarak permanecem detidos por causa de outros processos também relacionados com corrupção.
As decisões judiciais significam que dentro de alguns dias o nome de Shafik será removido de uma lista de pessoas cuja prisão foi pedida, contanto que nenhuma nova ação seja apresentada contra ele, disseram fontes do Judiciário.
O retorno de Shafik refletiria a mudança no balanço de poder no Egito desde que o Exército depôs Mursi e colocou a maior nação do mundo árabe em um novo caminho político, com a meta de realização de eleições parlamentares e presidenciais no ano que vem.
Os tribunais têm sido a linha de frente na luta política no Egito. Depois da derrubada de Mubarak, em 2011, um grande número de ações foi apresentado contra o veterano autocrata e seus assessores.
Mas o padrão mudou desde a destituição de Mursi: Mubarak foi libertado da prisão, embora esteja novamente sendo julgado por acusações de ter ordenado a matança de manifestantes em 2011.
"Acusações Risíveis"
Esta semana o procurador revelou um novo caso contra Mursi e outros líderes da irmandade, ordenando que ele e outras 35 pessoas sejam julgadas por terrorismo e conspiração com grupos estrangeiros -delitos que podem levar à sua execução.
Nesta quinta-feira, a Irmandade denunciou o caso, pelo qual é acusada de ter armado um "plano terrorista" em 2005, com envolvimento do grupo palestino Hamas, o governo islamista xiita iraniano e o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irã.
"Os juízes da junta continuam a fabricar acusações risíveis contra o presidente democraticamente eleito e vários líderes da Irmandade Muçulmana", assinalou o grupo.
Cairo - O último primeiro-ministro do governo de Hosni Mubarak , Ahmed Shafik, estará livre em breve para retornar de um exílio voluntário e, talvez, voltar ao cenário político, depois que tribunais egípcios o inocentaram nesta quinta-feira em um caso de corrupção e arquivaram um outro processo contra ele.
Shafik deixou o Egito no ano passado, depois de ter sido derrotado na eleição presidencial por Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.
Vários casos de corrupção foram apresentados contra Shafik durante o governo de Mursi, que foi abreviado em julho, quando foi deposto pelo Exército após protestos em massa contra ele.
Fontes judiciais disseram que o tribunal havia enviado o caso final contra Shafik de volta para o procurador, que deve agora decidir se o rejeita ou ordena mais investigações sobre as acusações, que estão relacionadas com a alocação ilegal de terras do Estado.
Uma decisão em separado absolveu Shafik e dois filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, em um outro caso de corrupção. Mas Alaa e Gamal Mubarak permanecem detidos por causa de outros processos também relacionados com corrupção.
As decisões judiciais significam que dentro de alguns dias o nome de Shafik será removido de uma lista de pessoas cuja prisão foi pedida, contanto que nenhuma nova ação seja apresentada contra ele, disseram fontes do Judiciário.
O retorno de Shafik refletiria a mudança no balanço de poder no Egito desde que o Exército depôs Mursi e colocou a maior nação do mundo árabe em um novo caminho político, com a meta de realização de eleições parlamentares e presidenciais no ano que vem.
Os tribunais têm sido a linha de frente na luta política no Egito. Depois da derrubada de Mubarak, em 2011, um grande número de ações foi apresentado contra o veterano autocrata e seus assessores.
Mas o padrão mudou desde a destituição de Mursi: Mubarak foi libertado da prisão, embora esteja novamente sendo julgado por acusações de ter ordenado a matança de manifestantes em 2011.
"Acusações Risíveis"
Esta semana o procurador revelou um novo caso contra Mursi e outros líderes da irmandade, ordenando que ele e outras 35 pessoas sejam julgadas por terrorismo e conspiração com grupos estrangeiros -delitos que podem levar à sua execução.
Nesta quinta-feira, a Irmandade denunciou o caso, pelo qual é acusada de ter armado um "plano terrorista" em 2005, com envolvimento do grupo palestino Hamas, o governo islamista xiita iraniano e o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irã.
"Os juízes da junta continuam a fabricar acusações risíveis contra o presidente democraticamente eleito e vários líderes da Irmandade Muçulmana", assinalou o grupo.