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Corpo de Chávez será embalsamado e exposto ao público

O presidente interino, Nicolás Maduro, citou como referências para o embalsamento nomes de políticos comunistas, como Ho Chi Minh, Lênin e Mao

Imagem dos olhos de Chávez na camiseta de um simpatizante em Quito, Equador: o corpo ficará exposto por mais uma semana devido ao grande número de pessoas que querem vê-lo (Rodrigo Buenda/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 09h20.

Caracas - O corpo do presidente venezuelano, Hugo Chávez , ficará exposto por mais sete dias em um quartel, e será embalsamado "como Lênin", disse esta quinta-feira o presidente interino, Nicolás Maduro.

Os restos mortais de Chávez deveriam permanecer expostos na Academia Militar, em Caracas, até os funerais, previstos para esta sexta-feira, mas Maduro argumentou que milhões de pessoas querem vê-lo e por isso ficará exposto por mais uma semana no quartel de onde liderou um golpe de Estado fracassado, em 1992.

"O corpo do presidente Chávez será embalsamado como Ho Chi Minh, Lenin e Mao", disse Maduro, após anunciar que os restos mortais serão exibidos durante ao menos "sete dias" no Quartel de la Montaña, no oeste de Caracas.

Maduro explicou que após o funeral de Estado, previsto para esta sexta-feira, às 15H30 GMT (12H30 Brasília), o corpo de Chávez seguirá para o Quartel de la Montaña, situado no bairro 'chavista' de 23 de Janeiro, no oeste da capital.

"Ali o 'comandante' terá seu primeiro local de repouso histórico", enquanto espera "o momento de dar outros passos como o povo exige", disse Maduro, em referência ao clamor popular para sepultá-lo no Panteão Nacional, junto ao libertador Simón Bolívar.

Maduro explicou que no Quartel de la Montaña, que hoje abriga o Museu da Revolução Bolivariana, o corpo de Chávez poderá ser visto pelo povo por ao menos "mais sete dias".

O presidente interino admitiu que a maré humana que desde a quarta-feira tenta chegar à Academia Militar de Caracas, onde está a câmara-ardente com o corpo do 'comandante', provocou a decisão de mantê-lo em exposição por mais tempo.

Segundo Maduro, mais de dois milhões de pessoas tentam dar o último adeus a Chávez e milhares avançavam lentamente nesta quinta-feira em uma fila de quilômetros em direção à Academia Militar, sob um sol inclemente.


O ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, garantiu que todos poderão ver o corpo.

"Não vou desistir, mesmo que fique doente de tanto esperar para vê-lo", disse à AFP Pedro Yánez, funcionário da prefeitura de Ciudad Piar, que deixou esposa e três filhos para viajar a Caracas e se despedir de Chávez.

"Fiquei muito impressionado ao vê-lo, me vieram todas as lembranças do que conseguimos ao longo de 14 anos graças a ele", revelou Chanel Arroyo, um motorista de 34 anos.

Chávez está em um caixão de madeira, vestido com uniforme verde oliva e a emblemática boina vermelha, comprovou a AFP na câmara-ardente instalada no Salão de Honra da Academia Militar de Caracas.

O presidente tem o rosto sereno sob o vidro do caixão, coberto parcialmente com a bandeira da Venezuela, e sobre seu peito há uma faixa vermelha com letras douradas formando a palavra "Milícia", em referência ao corpo armado de 120 mil civis que o presidente formou.

Os visitantes devem deixar seus telefones celulares na entrada e fotos estão proibidas. A TV estatal mostra imagens do caixão, mas não revela o rosto de Chávez, morto por um câncer aos 58 anos.


Ao menos 33 chefes de Estado e de governo assistirão ao 'funeral de Estado' de Chávez na Academia Militar de Caracas, informou o chanceler Elias Jaua.

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - grande amigo de Chávez - cumprimentaram um a um os familiares de Chávez presentes na câmara-ardente nesta quinta-feira.

O líder cubano, Raúl Castro, entrou no Salão da Academia acompanhado de Nicolás Maduro e de imediato cumprimentou a filha mais velha de Chávez, Rosa Virginia, e a mãe do finado presidente, Elena.

Outro grande aliado de Chávez, o presidente do Equador, Rafael Correa, abraçou a mãe do 'comandante', seus demais familiares e os mandatários presentes.

Nas próximas horas são aguardados o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, o bielo-russo Alexander Lukashenko, o chileno Sebastián Piñera e o herdeiro da Coroa espanhola, o príncipe Felipe de Borbón, entre outros.

Os presidentes de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Bolívia, Evo Morales, foram os primeiros a chegar à Venezuela, na quarta-feira, comparecendo ao Salão de Honra da Academia para velar o corpo de Chávez.

Kirchner voltou à Argentina nesta quinta, mas deixou seu chanceler, Héctor Timerman.

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Os restos mortais de Chávez deveriam permanecer expostos na Academia Militar, em Caracas, até os funerais, previstos para esta sexta-feira, mas Maduro argumentou que milhões de pessoas querem vê-lo e por isso ficará exposto por mais uma semana no quartel de onde liderou um golpe de Estado fracassado, em 1992.

"O corpo do presidente Chávez será embalsamado como Ho Chi Minh, Lenin e Mao", disse Maduro, após anunciar que os restos mortais serão exibidos durante ao menos "sete dias" no Quartel de la Montaña, no oeste de Caracas.

Maduro explicou que após o funeral de Estado, previsto para esta sexta-feira, às 15H30 GMT (12H30 Brasília), o corpo de Chávez seguirá para o Quartel de la Montaña, situado no bairro 'chavista' de 23 de Janeiro, no oeste da capital.

"Ali o 'comandante' terá seu primeiro local de repouso histórico", enquanto espera "o momento de dar outros passos como o povo exige", disse Maduro, em referência ao clamor popular para sepultá-lo no Panteão Nacional, junto ao libertador Simón Bolívar.

Maduro explicou que no Quartel de la Montaña, que hoje abriga o Museu da Revolução Bolivariana, o corpo de Chávez poderá ser visto pelo povo por ao menos "mais sete dias".

O presidente interino admitiu que a maré humana que desde a quarta-feira tenta chegar à Academia Militar de Caracas, onde está a câmara-ardente com o corpo do 'comandante', provocou a decisão de mantê-lo em exposição por mais tempo.

Segundo Maduro, mais de dois milhões de pessoas tentam dar o último adeus a Chávez e milhares avançavam lentamente nesta quinta-feira em uma fila de quilômetros em direção à Academia Militar, sob um sol inclemente.


O ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, garantiu que todos poderão ver o corpo.

"Não vou desistir, mesmo que fique doente de tanto esperar para vê-lo", disse à AFP Pedro Yánez, funcionário da prefeitura de Ciudad Piar, que deixou esposa e três filhos para viajar a Caracas e se despedir de Chávez.

"Fiquei muito impressionado ao vê-lo, me vieram todas as lembranças do que conseguimos ao longo de 14 anos graças a ele", revelou Chanel Arroyo, um motorista de 34 anos.

Chávez está em um caixão de madeira, vestido com uniforme verde oliva e a emblemática boina vermelha, comprovou a AFP na câmara-ardente instalada no Salão de Honra da Academia Militar de Caracas.

O presidente tem o rosto sereno sob o vidro do caixão, coberto parcialmente com a bandeira da Venezuela, e sobre seu peito há uma faixa vermelha com letras douradas formando a palavra "Milícia", em referência ao corpo armado de 120 mil civis que o presidente formou.

Os visitantes devem deixar seus telefones celulares na entrada e fotos estão proibidas. A TV estatal mostra imagens do caixão, mas não revela o rosto de Chávez, morto por um câncer aos 58 anos.


Ao menos 33 chefes de Estado e de governo assistirão ao 'funeral de Estado' de Chávez na Academia Militar de Caracas, informou o chanceler Elias Jaua.

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - grande amigo de Chávez - cumprimentaram um a um os familiares de Chávez presentes na câmara-ardente nesta quinta-feira.

O líder cubano, Raúl Castro, entrou no Salão da Academia acompanhado de Nicolás Maduro e de imediato cumprimentou a filha mais velha de Chávez, Rosa Virginia, e a mãe do finado presidente, Elena.

Outro grande aliado de Chávez, o presidente do Equador, Rafael Correa, abraçou a mãe do 'comandante', seus demais familiares e os mandatários presentes.

Nas próximas horas são aguardados o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, o bielo-russo Alexander Lukashenko, o chileno Sebastián Piñera e o herdeiro da Coroa espanhola, o príncipe Felipe de Borbón, entre outros.

Os presidentes de Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Bolívia, Evo Morales, foram os primeiros a chegar à Venezuela, na quarta-feira, comparecendo ao Salão de Honra da Academia para velar o corpo de Chávez.

Kirchner voltou à Argentina nesta quinta, mas deixou seu chanceler, Héctor Timerman.

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