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Coreia do Sul quer ajuda de armamentos estratégicos dos EUA

A Coreia do Sul também disse que vai retomar as transmissões de propaganda por meio de alto-falantes direcionados para a Coreia do Norte

Foto do dirigente norte-coreano Kim Jong-Un: o teste também alarmou o Japão (REUTERS/KCNA)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 08h45.

Seul - A Coreia do Sul iniciou conversações com os Estados Unidos para mobilizar armamentos estratégicos norte-americanos até a península coreana, disse um oficial das Forças Armadas sul-coreanas nesta quinta-feira, um dia depois que a Coreia do Norte disse ter realizado com sucesso um teste com uma bomba de hidrogênio.

A Coreia do Sul também disse que vai retomar as transmissões de propaganda por meio de alto-falantes direcionados para a Coreia do Norte a partir de sexta-feita, em resposta ao quarto teste nuclear norte-coreano, o que deve irritar seu isolado rival.

Os EUA e especialistas em armamentos levantaram dúvidas sobre se o artefato testado pela Coreia do Norte na quarta-feira seria mesmo uma bomba de hidrogênio, ainda assim, aumentaram as pressões para que sanções adicionais sejam impostas contra o país asiático devido ao programa nuclear secreto norte-coreano.

A explosão subterrânea irritou a China, que não recebeu notificação prévia sobre o teste, embora seja o principal aliado da Coreia do Norte, destacando tensões nas relações entre os dois países.

O teste também alarmou o Japão. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, concordou com o presidente dos EUA, Barack Obama, em uma ligação telefônica, que é necessária uma firme resposta global, informou a Casa Branca.

Obama também conversou com a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, para discutir opções de resposta. Um oficial sul-coreano disse à Reuters que os dois países discutiram o envio de armamentos estratégicos dos EUA para a península coreana, mas não quis dar mais detalhes.

Após o teste anterior da Coreia do Norte com um artefato nuclear, em 2013, Washington enviou dois bombardeiros B-2 capazes de transportar armas nucleares para realizar sobrevoos na Coreia do Sul, numa demonstração de força.

À época, a Coreia do Norte respondeu ameaçando com um ataque nuclear contra os EUA.

A Coreia do Sul, tecnicamente um Estado em guerra contra o Norte, disse que não considera utilizar ameaças nucleares como elemento de dissuasão, apesar de pedidos feitos por líderes do partido no poder.

É altamente improvável que os EUA reinstalem os mísseis nucleares táticos que retirou da Coreia do Sul em 1991, disseram especialistas.

O teste foi uma “grave violação” de um acordo firmado em agosto pelas duas Coreias para aliviar as tensões e melhorar os laços, disse Cho Tae-yong, uma autoridade de segurança nacional sul-coreana, em comunicado. (Reportagem adicional de Meeyoung Cho, James Pearson, Se Young Lee, Christine Kim, Jee Heun Kahng e Jack Kim, em Seul)

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Seul - A Coreia do Sul iniciou conversações com os Estados Unidos para mobilizar armamentos estratégicos norte-americanos até a península coreana, disse um oficial das Forças Armadas sul-coreanas nesta quinta-feira, um dia depois que a Coreia do Norte disse ter realizado com sucesso um teste com uma bomba de hidrogênio.

A Coreia do Sul também disse que vai retomar as transmissões de propaganda por meio de alto-falantes direcionados para a Coreia do Norte a partir de sexta-feita, em resposta ao quarto teste nuclear norte-coreano, o que deve irritar seu isolado rival.

Os EUA e especialistas em armamentos levantaram dúvidas sobre se o artefato testado pela Coreia do Norte na quarta-feira seria mesmo uma bomba de hidrogênio, ainda assim, aumentaram as pressões para que sanções adicionais sejam impostas contra o país asiático devido ao programa nuclear secreto norte-coreano.

A explosão subterrânea irritou a China, que não recebeu notificação prévia sobre o teste, embora seja o principal aliado da Coreia do Norte, destacando tensões nas relações entre os dois países.

O teste também alarmou o Japão. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, concordou com o presidente dos EUA, Barack Obama, em uma ligação telefônica, que é necessária uma firme resposta global, informou a Casa Branca.

Obama também conversou com a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, para discutir opções de resposta. Um oficial sul-coreano disse à Reuters que os dois países discutiram o envio de armamentos estratégicos dos EUA para a península coreana, mas não quis dar mais detalhes.

Após o teste anterior da Coreia do Norte com um artefato nuclear, em 2013, Washington enviou dois bombardeiros B-2 capazes de transportar armas nucleares para realizar sobrevoos na Coreia do Sul, numa demonstração de força.

À época, a Coreia do Norte respondeu ameaçando com um ataque nuclear contra os EUA.

A Coreia do Sul, tecnicamente um Estado em guerra contra o Norte, disse que não considera utilizar ameaças nucleares como elemento de dissuasão, apesar de pedidos feitos por líderes do partido no poder.

É altamente improvável que os EUA reinstalem os mísseis nucleares táticos que retirou da Coreia do Sul em 1991, disseram especialistas.

O teste foi uma “grave violação” de um acordo firmado em agosto pelas duas Coreias para aliviar as tensões e melhorar os laços, disse Cho Tae-yong, uma autoridade de segurança nacional sul-coreana, em comunicado. (Reportagem adicional de Meeyoung Cho, James Pearson, Se Young Lee, Christine Kim, Jee Heun Kahng e Jack Kim, em Seul)

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