Coreia do Norte promete investigação sobre sequestros
Governo norte-coreano prometeu ao Japão que fará investigação profunda sobre casos de cidadãos japoneses sequestrados há décadas
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2014 às 12h51.
Tóquio - O governo da Coreia do Norte prometeu ao Japão que vai fazer uma investigação profunda sobre os casos de cidadãos japoneses sequestrados há décadas pelo regime comunista, detalhou a delegação japonesa que esteve em Pyongyang nesta semana.
"A Coreia do Norte nos mostrou sua disposição para fazer investigações de um ângulo novo, independentemente dos resultados de averiguações anteriores", explicou o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em declarações divulgadas nesta sexta-feira pela emissora pública "NHK".
Abe se pronunciou no fim da noite de ontem sobre esse tema depois que o líder da delegação que visitou Pyongyang, o diretor para a região da Ásia-Pacífico do Ministério das Relações Exteriores japonês, Junichi Ihara, o informou sobre os resultados dos encontros mantidos na capital norte-coreana.
A Coreia do Norte realizou, em 2002 e 2004, investigações sobre os sequestros cometidos pelo regime nas décadas de 1970 e 1980, mas o Japão considerou que os resultados não eram convincentes.
Tóquio afirma que, entre 1977 e 1983, pelo menos 17 japoneses (dos quais apenas cinco conseguiram retornar ao Japão) foram sequestrados para dar aulas de cultura e idioma japonês em programas de formação para espiões norte-coreanos, mas existem suspeitas de que centenas de seus cidadãos foram capturados pelo regime comunista.
Em 2002, Pyongyang admitiu 13 dos sequestros, mas argumentou que, além dos cinco cidadãos que voltaram ao Japão, os outros oito morreram e quatro deles nunca pisaram em território norte-coreano, uma versão que foi recebida em Tóquio com muito ceticismo.
Em maio, o governo norte-coreano concordou em formar um comitê de investigação para resolver a questão e, em troca, o Japão decidiu suspender parte das sanções que mantinha há anos sobre o país.
Durante a visita desta semana, a delegação japonesa "pediu detalhes sobre o sistema que está sendo utilizado pelo comitê especial de investigação, sobre seus métodos e sobre o estado atual das investigações", acrescentou Abe.
No entanto, as autoridades norte-coreanas não ofereceram novos detalhes sobre os 12 sequestrados alegados por Tóquio.
Mesmo assim, especialistas japoneses consideram que o compromisso assumido por Pyongyang sugere que sua postura em relação à situação desses cidadãos japoneses pode mudar, o que traz novas esperanças para os familiares dos sequestrados.
O sequestro de cidadãos é a maior impedimento para as relações entre os dois países, que não mantêm oficialmente contatos diplomáticos.
Tóquio - O governo da Coreia do Norte prometeu ao Japão que vai fazer uma investigação profunda sobre os casos de cidadãos japoneses sequestrados há décadas pelo regime comunista, detalhou a delegação japonesa que esteve em Pyongyang nesta semana.
"A Coreia do Norte nos mostrou sua disposição para fazer investigações de um ângulo novo, independentemente dos resultados de averiguações anteriores", explicou o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, em declarações divulgadas nesta sexta-feira pela emissora pública "NHK".
Abe se pronunciou no fim da noite de ontem sobre esse tema depois que o líder da delegação que visitou Pyongyang, o diretor para a região da Ásia-Pacífico do Ministério das Relações Exteriores japonês, Junichi Ihara, o informou sobre os resultados dos encontros mantidos na capital norte-coreana.
A Coreia do Norte realizou, em 2002 e 2004, investigações sobre os sequestros cometidos pelo regime nas décadas de 1970 e 1980, mas o Japão considerou que os resultados não eram convincentes.
Tóquio afirma que, entre 1977 e 1983, pelo menos 17 japoneses (dos quais apenas cinco conseguiram retornar ao Japão) foram sequestrados para dar aulas de cultura e idioma japonês em programas de formação para espiões norte-coreanos, mas existem suspeitas de que centenas de seus cidadãos foram capturados pelo regime comunista.
Em 2002, Pyongyang admitiu 13 dos sequestros, mas argumentou que, além dos cinco cidadãos que voltaram ao Japão, os outros oito morreram e quatro deles nunca pisaram em território norte-coreano, uma versão que foi recebida em Tóquio com muito ceticismo.
Em maio, o governo norte-coreano concordou em formar um comitê de investigação para resolver a questão e, em troca, o Japão decidiu suspender parte das sanções que mantinha há anos sobre o país.
Durante a visita desta semana, a delegação japonesa "pediu detalhes sobre o sistema que está sendo utilizado pelo comitê especial de investigação, sobre seus métodos e sobre o estado atual das investigações", acrescentou Abe.
No entanto, as autoridades norte-coreanas não ofereceram novos detalhes sobre os 12 sequestrados alegados por Tóquio.
Mesmo assim, especialistas japoneses consideram que o compromisso assumido por Pyongyang sugere que sua postura em relação à situação desses cidadãos japoneses pode mudar, o que traz novas esperanças para os familiares dos sequestrados.
O sequestro de cidadãos é a maior impedimento para as relações entre os dois países, que não mantêm oficialmente contatos diplomáticos.