Coreia do Norte lança novos mísseis e congela ativos de Seul
As tensões entre os dois países aumentaram desde que em janeiro Pyongyang lançou um teste nuclear e Seul respondeu anunciando sanções
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2016 às 11h39.
A Coreia do Norte alimentou nesta quinta-feira as tensões com Seul depois de disparar dois mísseis balísticos e anunciar a liquidação dos ativos de empresas sul-coreanas ainda presentes no Norte.
Os mísseis foram disparados às 05h20 (19h20 de Brasília de quarta-feira) e sobrevoaram 500 km antes de cair no mar Oriental, ou do Japão, em frente ao porto norte-coreano de Wonsan, segundo um porta-voz do ministério da Defesa de Seul.
As tensões entre os dois países aumentaram desde que em janeiro Pyongyang lançou um teste nuclear e Seul respondeu anunciando sanções contra seu vizinho nesta semana.
O Conselho de Segurança da ONU impôs na semana passada uma nova série de sanções contra Pyongyang, após o teste nuclear e os testes balísticos.
Pyongyang também anunciou que congelará dois projetos conjuntos com Seul, um complexo turístico no monte Kumgang e um projeto industrial de Kaesong.
"Vamos liquidar completamente todos os ativos das empresas sul-coreanas", informou o Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia à agência oficial KCNA.
"A partir de agora ficam anulados todos os acordos de cooperação econômica e os programas de intercâmbio entre Coreia do Norte e Coreia do Sul", anunciou o comitê.
As autoridades advertiram que também adotarão "medidas especiais" em nível político, econômico e militar, que não foram enunciados.
Expulsão de cidadãos do sul
Após o anúncio, as autoridades anunciaram que ficam congelados todos os ativos e que todos os cidadãos do Sul serão expulsos, terminando com a histórica cooperação entre Pyongyang e Seul.
A associação representa 120 empresas que operavam em Kaesong, uma localidade fronteiriça, um complexo avaliado em 820 bilhões de wons (663 milhões de dólares, 600 milhões de euros).
O presidente da associação de empresários, Jeong Gi-Seob, classificou a liquidação como "indignante".
"Ninguém pode liquidar bens privados de maneira unilateral. Faço um apelo tanto ao Sul quanto ao Norte para que considerem os interesses das empresas e nos permitam voltar ao Norte e encerrar nossas atividades", disse o empresário à AFP.
No complexo trabalhavam cerca de 53.000 norte-coreanos em fábricas têxteis e de aparelhos eletrônicos.
O turismo no monte Kumgang foi o primeiro grande projeto de cooperação entre os dois países e entre 1998 e 2008 milhares de turistas sul-coreanos visitaram o local. Em 2008, as excursões foram canceladas depois que um soldado norte-coreano atirou contra uma turista que entrou em uma zona restrita.
Com exceção de Kaesong, a cooperação econômica entre Pyongyang e Seul terminou em 2010, depois que a Coreia do Sul responsabilizou seu vizinho pelo afundamento de uma corveta.
Na terça-feira, uma das medidas unilaterais anunciadas por Seul foi o boicote dos restaurantes norte-coreanos que operam no exterior.
Neste contexto, os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira a mobilização de três bombardeiros B-2 de longo alcance para realizar manobras na zona da Ásia e do Pacífico.
Os responsáveis militares americanos se recusaram a indicar a zona precisa de onde operarão os bombardeiros, capazes de transportar armas nucleares.
A Coreia do Norte alimentou nesta quinta-feira as tensões com Seul depois de disparar dois mísseis balísticos e anunciar a liquidação dos ativos de empresas sul-coreanas ainda presentes no Norte.
Os mísseis foram disparados às 05h20 (19h20 de Brasília de quarta-feira) e sobrevoaram 500 km antes de cair no mar Oriental, ou do Japão, em frente ao porto norte-coreano de Wonsan, segundo um porta-voz do ministério da Defesa de Seul.
As tensões entre os dois países aumentaram desde que em janeiro Pyongyang lançou um teste nuclear e Seul respondeu anunciando sanções contra seu vizinho nesta semana.
O Conselho de Segurança da ONU impôs na semana passada uma nova série de sanções contra Pyongyang, após o teste nuclear e os testes balísticos.
Pyongyang também anunciou que congelará dois projetos conjuntos com Seul, um complexo turístico no monte Kumgang e um projeto industrial de Kaesong.
"Vamos liquidar completamente todos os ativos das empresas sul-coreanas", informou o Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia à agência oficial KCNA.
"A partir de agora ficam anulados todos os acordos de cooperação econômica e os programas de intercâmbio entre Coreia do Norte e Coreia do Sul", anunciou o comitê.
As autoridades advertiram que também adotarão "medidas especiais" em nível político, econômico e militar, que não foram enunciados.
Expulsão de cidadãos do sul
Após o anúncio, as autoridades anunciaram que ficam congelados todos os ativos e que todos os cidadãos do Sul serão expulsos, terminando com a histórica cooperação entre Pyongyang e Seul.
A associação representa 120 empresas que operavam em Kaesong, uma localidade fronteiriça, um complexo avaliado em 820 bilhões de wons (663 milhões de dólares, 600 milhões de euros).
O presidente da associação de empresários, Jeong Gi-Seob, classificou a liquidação como "indignante".
"Ninguém pode liquidar bens privados de maneira unilateral. Faço um apelo tanto ao Sul quanto ao Norte para que considerem os interesses das empresas e nos permitam voltar ao Norte e encerrar nossas atividades", disse o empresário à AFP.
No complexo trabalhavam cerca de 53.000 norte-coreanos em fábricas têxteis e de aparelhos eletrônicos.
O turismo no monte Kumgang foi o primeiro grande projeto de cooperação entre os dois países e entre 1998 e 2008 milhares de turistas sul-coreanos visitaram o local. Em 2008, as excursões foram canceladas depois que um soldado norte-coreano atirou contra uma turista que entrou em uma zona restrita.
Com exceção de Kaesong, a cooperação econômica entre Pyongyang e Seul terminou em 2010, depois que a Coreia do Sul responsabilizou seu vizinho pelo afundamento de uma corveta.
Na terça-feira, uma das medidas unilaterais anunciadas por Seul foi o boicote dos restaurantes norte-coreanos que operam no exterior.
Neste contexto, os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira a mobilização de três bombardeiros B-2 de longo alcance para realizar manobras na zona da Ásia e do Pacífico.
Os responsáveis militares americanos se recusaram a indicar a zona precisa de onde operarão os bombardeiros, capazes de transportar armas nucleares.