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Coreia do Norte confirma destituição de tio de Kim Jong-Un

Coreia do Norte confirmou que o poderoso tio de seu jovem líder Kim Jong-Un foi destituído

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un (c), participa de uma reunião: analista previu que um expurgo como este iria ocorrer, deixando Kim como o centro indiscutível do poder (Rodong Sinmun/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 08h31.

Seul - A Coreia do Norte confirmou nesta segunda-feira que o poderoso tio de seu jovem líder Kim Jong-Un foi destituído e a televisão estatal exibiu imagens humilhantes de Jang Song-Thaek sendo arrastado por policiais uniformizados.

A agência de notícias oficial KCNA acusou Jang, encarado como o verdadeiro líder por trás do trono, de ser corrupto, mulherengo e de utilizar drogas, além de liderar uma facção contrarrevolucionária.

Um analista sul-coreano havia previsto que um expurgo como este iria ocorrer, deixando Kim como o centro indiscutível do poder.

A KCNA destacou que Jang, encarado como o mentor de seu sobrinho Kim, foi destituído de todos os cargos e títulos por cometer atos criminosos e liderar uma facção contrarrevolucionária.

A agência afirma que a decisão foi tomada no domingo em uma reunião do gabinete político do Comitê Central do Partido Comunista norte-coreano, que contou com a participação de Kim.

A rede de televisão estatal exibiu nesta segunda-feira fotos de Jang sendo arrastado de seu assento em uma reunião por dois policiais - uma publicação extremamente rara de imagens humilhantes envolvendo um funcionário de alto escalão do governo.

Não se sabe se o incidente ocorreu na reunião de domingo. No entanto, a rede de televisão divulgou outras fotos de domingo que mostravam um Kim impassível sentado ao lado de outros funcionários de alto escalão.


Analistas afirmam que o principal papel de Jang foi garantir uma transição suave depois que o inexperiente Kim Jong-Un chegou ao poder após a morte de seu pai, Kim Jong-Il, em dezembro de 2011.

Mas eles ressaltam que Jang se tornou cada vez mais ressentido com o líder, de cerca de 30 anos.

"Jong-Un construiu uma sólida base de poder nos últimos dois anos, e agora não precisa mais de um regente que parecia estar cada vez mais poderoso e ameaçador", declarou Paik Hak-Soon, pesquisador do Instituto Sejong da Coreia do Sul.

A agência sul-coreana de espionagem havia afirmado na semana passada que Jang aparentemente havia sido destituído de seu cargo e seus dois assessores executados.

O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, confirmou no domingo ter "destituído Jang e expurgado seu clã", segundo a KCNA.

Em um comunicado com tom de advertência, o regime afirmou que Jang havia formado um grupo sedicioso dentro do partido e havia nomeado homens leais a postos estratégicos com o objetivo de cumprir suas ambições políticas.

Jang mantinha "relações inapropriadas" com muitas mulheres e se viu "afetado pelo modo de vida capitalista", acrescenta o comunicado.

"Ideologicamente enfermo, extremamente ocioso e despreocupado, consumia drogas e gastava divisas estrangeiras em cassinos, ao mesmo tempo em que recebia tratamento médico em um país estrangeiro sob os cuidados do partido", destaca a nota.

Jang também foi acusado de dificultar a produção estatal norte-coreana de ferro, fertilizantes e vinalon - uma fibra sintética - ao vender recursos a preços baixos e "colocar o sistema de gestão financeira do Estado em confusão".

Jang ocupava o cargo de vice-presidente da Comissão de Defesa Nacional, o órgão de decisão mais poderoso do país.

Ele foi durante décadas uma das personalidades fundamentais do regime comunista, governado por três gerações de Kim desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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Seul - A Coreia do Norte confirmou nesta segunda-feira que o poderoso tio de seu jovem líder Kim Jong-Un foi destituído e a televisão estatal exibiu imagens humilhantes de Jang Song-Thaek sendo arrastado por policiais uniformizados.

A agência de notícias oficial KCNA acusou Jang, encarado como o verdadeiro líder por trás do trono, de ser corrupto, mulherengo e de utilizar drogas, além de liderar uma facção contrarrevolucionária.

Um analista sul-coreano havia previsto que um expurgo como este iria ocorrer, deixando Kim como o centro indiscutível do poder.

A KCNA destacou que Jang, encarado como o mentor de seu sobrinho Kim, foi destituído de todos os cargos e títulos por cometer atos criminosos e liderar uma facção contrarrevolucionária.

A agência afirma que a decisão foi tomada no domingo em uma reunião do gabinete político do Comitê Central do Partido Comunista norte-coreano, que contou com a participação de Kim.

A rede de televisão estatal exibiu nesta segunda-feira fotos de Jang sendo arrastado de seu assento em uma reunião por dois policiais - uma publicação extremamente rara de imagens humilhantes envolvendo um funcionário de alto escalão do governo.

Não se sabe se o incidente ocorreu na reunião de domingo. No entanto, a rede de televisão divulgou outras fotos de domingo que mostravam um Kim impassível sentado ao lado de outros funcionários de alto escalão.


Analistas afirmam que o principal papel de Jang foi garantir uma transição suave depois que o inexperiente Kim Jong-Un chegou ao poder após a morte de seu pai, Kim Jong-Il, em dezembro de 2011.

Mas eles ressaltam que Jang se tornou cada vez mais ressentido com o líder, de cerca de 30 anos.

"Jong-Un construiu uma sólida base de poder nos últimos dois anos, e agora não precisa mais de um regente que parecia estar cada vez mais poderoso e ameaçador", declarou Paik Hak-Soon, pesquisador do Instituto Sejong da Coreia do Sul.

A agência sul-coreana de espionagem havia afirmado na semana passada que Jang aparentemente havia sido destituído de seu cargo e seus dois assessores executados.

O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, confirmou no domingo ter "destituído Jang e expurgado seu clã", segundo a KCNA.

Em um comunicado com tom de advertência, o regime afirmou que Jang havia formado um grupo sedicioso dentro do partido e havia nomeado homens leais a postos estratégicos com o objetivo de cumprir suas ambições políticas.

Jang mantinha "relações inapropriadas" com muitas mulheres e se viu "afetado pelo modo de vida capitalista", acrescenta o comunicado.

"Ideologicamente enfermo, extremamente ocioso e despreocupado, consumia drogas e gastava divisas estrangeiras em cassinos, ao mesmo tempo em que recebia tratamento médico em um país estrangeiro sob os cuidados do partido", destaca a nota.

Jang também foi acusado de dificultar a produção estatal norte-coreana de ferro, fertilizantes e vinalon - uma fibra sintética - ao vender recursos a preços baixos e "colocar o sistema de gestão financeira do Estado em confusão".

Jang ocupava o cargo de vice-presidente da Comissão de Defesa Nacional, o órgão de decisão mais poderoso do país.

Ele foi durante décadas uma das personalidades fundamentais do regime comunista, governado por três gerações de Kim desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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