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Coreanos fazem maior protesto até agora pela saída da presidente

Este é o sexto fim de semana consecutivo de protestos pedindo a saída da presidente Park Geun-hye

Manifestação: segundo estimativa da polícia, o protesto reuniu cerca de 320 mil pessoas (Kim Hong-Ji/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de dezembro de 2016 às 16h52.

Seul - Centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas de Seul neste sábado, no sexto fim de semana consecutivo de protestos, para pedir a saída da presidente Park Geun-hye.

Segundo estimativa da polícia, o protesto reuniu cerca de 320 mil pessoas, o que representaria a maior manifestação anti-Park até agora. Já a organização estimou o número de manifestantes em 1,7 milhão.

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Na demonstração deste sábado, as pessoas avançaram por uma viela que fica a cerca de 100 metros dos limites do palácio presidencial. Nas manifestações anteriores, a polícia não havia permitido a entrada de manifestantes nessa área.

Milhares também protestaram perto da Assembleia Nacional, para pressionar partidos políticos, inclusive o de Park, a votar pelo impeachment da presidente na próxima semana.

Os principais partidos de oposição da Coreia do Sul registraram uma moção de impeachment às 4h10 deste sábado, no horário local. Isso significa que a votação pode ocorrer já na próxima sexta-feira (9).

A princípio, a votação era esperada para ontem, mas uma proposta de renúncia condicional oferecida por Park acabou criando um racha entre os oposicionistas.

Na terça-feira, a presidente disse que renunciaria se o parlamento conseguisse elaborar um plano sólido de transferência de poder, mas não anunciou um cronograma. Segundo alguns oposicionistas, isso foi uma estratégia para tentar reconquistar os membros de seu partido que apoiam o impeachment.

Os oposicionistas não têm parlamentares suficientes para aprovar o impeachment de Park por conta própria e precisarão da ajuda de dissidentes do partido governista.

A moção, que teve apoio de 171 parlamentares de oposição e independentes, acusa Park de violar a constituição e enfraquecer a democracia ao permitir que uma amiga de longa data, Choi Soon-sil, interferisse em assuntos governamentais e extorquisse empresas.

Choi, que nunca trabalhou no governo, é filha do falecido líder de um culto que foi mentor de Park. A moção também acusa a presidente de outros crimes, como abuso de autoridade, coerção e suborno.

Alguns parlamentares do partido governista que são contrários a Park querem que a presidente anuncie até a próxima quarta-feira que aceita renunciar voluntariamente em abril. Ainda não está claro se eles votarão pelo impeachment caso ela aceite renunciar.

O mandato de 5 anos de Park termina no início de 2018. Se sofrer impeachment, Park será afastada até que um tribunal constitucional julgue o assunto em até 180 dias. Fonte: Associated Press.

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