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Copa do Mundo ajuda Putin a fazer progressos na arena diplomática

Desde o início da competição, Putin já se reuniu com alguns líderes políticos e tenta diminuir o isolado da Rússia na arena global

Nos últimos dias, o presidente russo se reuniu com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in (Mariana Bazo/Reuters)

Nos últimos dias, o presidente russo se reuniu com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in (Mariana Bazo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de junho de 2018 às 15h02.

Moscou - O presidente Vladimir Putin organizou a primeira visita oficial de um presidente da Coreia do Sul à Rússia desde 1999 nesta sexta-feira, o mais recente de uma série de encontros que ele realizou com convidados estrangeiros durante a Copa do Mundo.

Cada vez mais isolado na arena global, Putin está usando o torneio para enviar uma mensagem desafiadora aos seus oponentes -a de que a Rússia está progredindo apesar dos esforços ocidentais para contê-la.

A Copa do Mundo também lhe permitiu intensificar a diplomacia e debater temas que vão da Síria à Coreia do Norte em um espaço de tempo curto, projetando a impressão de que está no centro das grandes questões internacionais.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres antes do Mundial que a competição diria respeito tanto ao futebol quanto à diplomacia russa.

"Haverá muitos chefes de Estado e de governo vindo constantemente para diversas partidas", disse.

"Não será só uma imensa celebração global do esporte, mas também um fluxo intenso de convidados do mais alto nível."

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que se reuniu com Putin no Kremlin e viajará para assistir sua seleção enfrentar o México em Rostov-on-Don no sábado, é um de ao menos sete visitantes de grande destaque que o líder russo recebeu desde que a Copa do Mundo começou na semana passada.

Putin entreteve o príncipe da coroa saudita, Mohammed bin Salman, e riu e brincou com seu convidado quando a Rússia massacrou a Arábia Saudita por 5 x 0 na partida de abertura da competição, além de líderes do Panamá e do Senegal e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

Longe do Kremlin, a princesa japonesa Takamado viajou para a cidade de Saransk, uma das sedes do torneio, para ver a seleção de seu país jogar, a primeira visita de um membro da família real do Japão à Rússia desde 1916.

Putin disse a Moon nesta sexta-feira que seu país pretende continuar fazendo sua parte na busca de uma solução para o confronto na península coreana.

Alguns observadores do Kremlin apontam que os visitantes de Putin são em grande parte de nações que simpatizam com Moscou - a lista de convidados da cerimônia de abertura da Copa do Mundo estava repleta de líderes da Ásia Central.

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