COP17 é essencial para o futuro do Protocolo de Kyoto, diz especialista
Criado em 1997, o protocolo obriga os países desenvolvidos a cumprirem alvos a fim de minimizar o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 08h59.
São Paulo - Começou na última segunda-feira (28) a 17ª Conferência Climática da ONU (COP17), realizada em Durban, na África do Sul. Alguns temas devem ser tratados com mais afinco, como é o caso do Protocolo de Kyoto, e a participação do Brasil é essencial em meio às discussões sobre as medidas de contenção das mudanças climáticas.
Segundo o especialista em sustentabilidade, Laércio Bruno Filho, a reunião, que envolve mais de 190 países é importante para definir novas estratégias e direcionar os trabalhos em prol da redução nas emissões de gases de efeito estufa. “A cada ano, quando se tem a Conferência das Partes, todos os países saem com uma lição de casa para ser apresentada na outra COP”.
O especialista explica que esses compromissos são analisados por autoridades da ONU durante o ano, quando os representantes de cada país apresentam os seus resultados para acompanhamento.
Um dos grandes responsáveis por estas metas de redução existirem é o Protocolo de Kyoto, que foi criado em 1997 e obriga os países desenvolvidos a cumprirem alvos a fim de minimizar o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera. Porém, o acordo expira em 2012 e ainda não tem a definição quanto ao seu futuro. Por isso, o tema compõe uma das principais discussões da COP17.
As opiniões são distintas. Alguns países desenvolvidos apóiam a prorrogação do Protocolo, enquanto outros estão apáticos e cobram que os países emergentes também tenham responsabilidades, já que figuram entre os maiores poluidores. Esta é a opinião de Canadá, Japão e Rússia, que também exigem que os Estados Unidos estabeleçam metas de redução e se comprometam com Kyoto.
Mesmo em meio a essas divergências de opiniões entre autoridades mundiais, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, se mostrou confiante de que o encontro possa ser finalizado com resultados positivos. Em declaração ao Globo Natureza, o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, disse que o Brasil estará entre os países que irão lutar pela prorrogação do Protocolo de Kyoto.
Laércio Bruno também espera que o encontro seja finalizado com resultados positivos. “Eu acredito que vá ter uma segunda fase [de Kyoto] por vários motivos”. O especialista destaca o aprendizado deixado durante o período em que o Protocolo vigorou, a importância de se atentar às emissões de gases de efeito estufa e o fato de que essas lições “não podem ser perdidas de forma alguma”.
A continuidade de Kyoto é importante para o Brasil, pois o país se beneficia diretamente das metas de redução adotadas pelos países desenvolvidos, através do mercado de carbono. Esta estratégia consiste em negociar propostas que impeçam as emissões dos GEE com países que precisam alcançar suas metas. Os trabalhos são conhecidos como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). “Este mecanismo permite que aqui no Brasil, por exemplo, a gente gere créditos de carbono a partir de projetos extremamente específicos, como a troca da matriz energética. No final das contas, este crédito pode ser vendido para países que tem metas obrigatórias”, esclarece o especialista.
São Paulo - Começou na última segunda-feira (28) a 17ª Conferência Climática da ONU (COP17), realizada em Durban, na África do Sul. Alguns temas devem ser tratados com mais afinco, como é o caso do Protocolo de Kyoto, e a participação do Brasil é essencial em meio às discussões sobre as medidas de contenção das mudanças climáticas.
Segundo o especialista em sustentabilidade, Laércio Bruno Filho, a reunião, que envolve mais de 190 países é importante para definir novas estratégias e direcionar os trabalhos em prol da redução nas emissões de gases de efeito estufa. “A cada ano, quando se tem a Conferência das Partes, todos os países saem com uma lição de casa para ser apresentada na outra COP”.
O especialista explica que esses compromissos são analisados por autoridades da ONU durante o ano, quando os representantes de cada país apresentam os seus resultados para acompanhamento.
Um dos grandes responsáveis por estas metas de redução existirem é o Protocolo de Kyoto, que foi criado em 1997 e obriga os países desenvolvidos a cumprirem alvos a fim de minimizar o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera. Porém, o acordo expira em 2012 e ainda não tem a definição quanto ao seu futuro. Por isso, o tema compõe uma das principais discussões da COP17.
As opiniões são distintas. Alguns países desenvolvidos apóiam a prorrogação do Protocolo, enquanto outros estão apáticos e cobram que os países emergentes também tenham responsabilidades, já que figuram entre os maiores poluidores. Esta é a opinião de Canadá, Japão e Rússia, que também exigem que os Estados Unidos estabeleçam metas de redução e se comprometam com Kyoto.
Mesmo em meio a essas divergências de opiniões entre autoridades mundiais, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, se mostrou confiante de que o encontro possa ser finalizado com resultados positivos. Em declaração ao Globo Natureza, o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, disse que o Brasil estará entre os países que irão lutar pela prorrogação do Protocolo de Kyoto.
Laércio Bruno também espera que o encontro seja finalizado com resultados positivos. “Eu acredito que vá ter uma segunda fase [de Kyoto] por vários motivos”. O especialista destaca o aprendizado deixado durante o período em que o Protocolo vigorou, a importância de se atentar às emissões de gases de efeito estufa e o fato de que essas lições “não podem ser perdidas de forma alguma”.
A continuidade de Kyoto é importante para o Brasil, pois o país se beneficia diretamente das metas de redução adotadas pelos países desenvolvidos, através do mercado de carbono. Esta estratégia consiste em negociar propostas que impeçam as emissões dos GEE com países que precisam alcançar suas metas. Os trabalhos são conhecidos como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). “Este mecanismo permite que aqui no Brasil, por exemplo, a gente gere créditos de carbono a partir de projetos extremamente específicos, como a troca da matriz energética. No final das contas, este crédito pode ser vendido para países que tem metas obrigatórias”, esclarece o especialista.