Controladoria do Equador é atacada e órgãos judiciais suspendem atividades
Os ataques aconteceram em meio a protestos contra contra os cortes nos subsídios a combustíveis feitos pelo governo
EFE
Publicado em 8 de outubro de 2019 às 14h01.
Última atualização em 8 de outubro de 2019 às 14h03.
Quito — Um grupo de vândalos invadiu na madrugada desta terça-feira a sede da Controladoria-Geral do Equador , em Quito, onde causaram inúmeros danos, após a Promotoria e o Conselho Judiciário anunciarem a suspensão de suas atividades, em meio a um aumento de distúrbios e protestos contra o governo.
O controlador interino, Pablo Celi, condenou em um vídeo e documento endereçado à procuradora-geral do Estado, Diana Salazar, o ocorrido, acusando "uma quadrilha organizada, com a clara intenção de subtrair e destruir documentos que sustentam responsabilidades civis e penais, e investigações em andamento".
Celi afirma estar ciente de que membros da Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) ou de organizações sociais não participaram do ataque, mas sim "elementos profissionais, especialistas na subversão da ordem pública e intimidação social".
Ele acrescentou que esse tipo de ação de sabotagem contra instituições estatais "mostra que um processo de conspiração está em andamento no país para atacar e destruir o sistema democrático".
O ataque acontece em meio a tumultos e protestos no país desde a última quinta-feira, quando começou uma greve de transportadoras em rejeição às recentes medidas econômicas tomadas pelo governo de Lenín Moreno, incluindo a eliminação de subsídios a combustíveis.
Amanhã existe a previsão de acontecer uma grande mobilização em nível nacional e com um epicentro na capital, onde milhares de indígenas e outros grupos sociais planejam marchar em direção à sede do governo, o Palácio de Carondelet.
No entanto, o presidente Moreno está desde ontem em Guayaquil, para aonde transferiu a sede do Governo como medida de precaução.