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Consumidor deve fiscalizar juros de bancos, diz Miriam

Ministra do Planejamento diz que cabe aos clientes fiscalizarem se os anúncios de redução de juros feito pelos bancos estão sendo postos em prática

Miriam disse que a informação de redução das taxas dos bancos privados foi recebida de "maneira muito positiva". "É consenso no País de que os spreads são muito altos" (Renato Araújo/Agência Brasil)

Miriam disse que a informação de redução das taxas dos bancos privados foi recebida de "maneira muito positiva". "É consenso no País de que os spreads são muito altos" (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 12h55.

Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta quinta-feira à Agência Estado que caberá aos clientes de bancos fiscalizar se os anúncios de redução de juros feitos pelos bancos nos últimos dias estão realmente ocorrendo ou se trata apenas de uma estratégia de marketing. Miriam disse que a informação de redução das taxas dos bancos privados foi recebida de "maneira muito positiva". "É consenso no País de que os spreads são muito altos", afirmou.

Segundo Miriam, o País já conseguiu mudar uma série de "jabuticabas" que existem apenas no Brasil. "Este (o spread elevado) ainda era um resquício do período inflacionário, que começa a mudar também. É visto pelo governo e pela sociedade como muito positivo", comentou. Perguntada sobre se o governo irá acompanhar se as reduções efetivamente estão ocorrendo, a ministra disse que "os consumidores vão fiscalizar isso".

No início do mês, Banco do Brasil e Caixa anunciaram novas taxas de juros para o crédito. Na esteira, bancos privados como HSBC, Santander, Bradesco e Itaú também se comprometeram a diminuir os spreads e a ampliar a oferta de crédito no mercado. A estratégia firme do governo acabou causando um imbróglio com a Federação Brasileira de Bancos (Frabraban). Após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da entidade, Murilo Portugal, disse que a "bola estava com o governo". O ministro não gostou da postura da Febraban e acusou a Federação de apresentar ao governo apenas cobranças, e não propostas efetivas para reduzir os spreads.

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