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Conselho pede a Trípoli que desaloje as sedes de governo

Al Serraj e sua equipe chegaram quarta-feira à capital em um navio vindo da Tunísia e desde então a tensão aumentou em Trípoli

Líbia: "Todas as estradas em direção à base naval (onde está o governo e o Conselho) estão fechadas e controladas pela segurança de Al Serraj" (Ismail Zitouny / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 14h42.

Trípoli - O Conselho Presidencial designado pela ONU para a Líbia expressou nesta quinta-feira sua vontade de transferir-se imediatamente à sede do governo em Trípoli e, por isso, exigiu ao Executivo instalado ali que a desaloje.

"Pretendemos entrar na sede do primeiro-ministro em Trípoli assim como na sede do Congresso nacional e em seus palácios", afirmou à Agência Efe Abderrahmene al Tauil, presidente do comitê de segurança do chamado gabinete de unidade e do Conselho Presidencial designado pela ONU.

Neste momento reina a confusão na capital da Líbia, já que algumas vozes asseguram que milícias ligadas a este Conselho, lideradas por Mohamad Fayez al Serraj, já se deslocaram até os edifícios, em um dos quais está reunido o governo de Trípoli, considerado rebelde pela comunidade internacional.

Al Serraj e sua equipe chegaram quarta-feira à capital em um navio vindo da Tunísia e desde então a tensão aumentou em Trípoli, palco ontem à noite de protestos contra o governo de unidade e incidentes armados.

"Todas as estradas em direção à base naval (onde está acantonado o governo e o Conselho) estão fechadas e controladas pela segurança de Al Serraj", explicou à Efe uma fonte de Segurança.

Segundo seu relato, o bairro no qual se encontra - chamado Suq al Zulataa - permanece bloqueado por milícias opostas ao governo de unidade, mas que no interior "tudo funciona bem, há várias cafeterias e lojas abertas e a circulação é normal. Só o acesso a essa área está controlado", indicou.

O resto da capital se encontra em estado de alerta, com os colégios e escritórios fechados, patrulhas nas estradas e milícias rivais armadas em vários edifícios.

Ontem à noite, homens armados ligados ao governo de unidade invadiram uma conhecida rede de televisão minutos depois de transmitir uma mensagem do primeiro-ministro do Executivo em Trípoli, Khalifa al Ghweill, na qual exigia ao Conselho Presidencial que abandonasse a capital ou teria que enfrentar as consequências.

Al Ghweil já tinha advertido há duas semanas que ordenaria a detenção de qualquer membro do governo de unidade ou do Conselho presidencial que pisasse na capital.

O presidente do governo de Tobruk, Abdulah Thini, advertiu por sua parte que não reconhecerá o gabinete de unidade até que este não alcance o respaldo da Câmara, que na segunda-feira passada voltou a fracassar em sua tentativa de conseguir quórum.

Às críticas ao governo de unidade e sua chegada clandestina a Trípoli uniu-se ontem à noite o mufti da Líbia, Al Sadak al Gariani, máxima autoridade religiosa, que declarou que o único Executivo legítimo no país é o de Trípoli.

Al Gariani instou os membros do Serraj a retornar "de onde vieram" e de abandonar "imediatamente" a Líbia, ou, do contrário, as consequências serão "catastróficas e terríveis".

"Eu sei que os membros do Conselho presidencial são gente sábia e por isso lhes recomendo a não ser a causa do derramamento de sangue. Além disso, lhes aconselho a não confiar na ajuda da comunidade internacional", advertiu.

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Trípoli - O Conselho Presidencial designado pela ONU para a Líbia expressou nesta quinta-feira sua vontade de transferir-se imediatamente à sede do governo em Trípoli e, por isso, exigiu ao Executivo instalado ali que a desaloje.

"Pretendemos entrar na sede do primeiro-ministro em Trípoli assim como na sede do Congresso nacional e em seus palácios", afirmou à Agência Efe Abderrahmene al Tauil, presidente do comitê de segurança do chamado gabinete de unidade e do Conselho Presidencial designado pela ONU.

Neste momento reina a confusão na capital da Líbia, já que algumas vozes asseguram que milícias ligadas a este Conselho, lideradas por Mohamad Fayez al Serraj, já se deslocaram até os edifícios, em um dos quais está reunido o governo de Trípoli, considerado rebelde pela comunidade internacional.

Al Serraj e sua equipe chegaram quarta-feira à capital em um navio vindo da Tunísia e desde então a tensão aumentou em Trípoli, palco ontem à noite de protestos contra o governo de unidade e incidentes armados.

"Todas as estradas em direção à base naval (onde está acantonado o governo e o Conselho) estão fechadas e controladas pela segurança de Al Serraj", explicou à Efe uma fonte de Segurança.

Segundo seu relato, o bairro no qual se encontra - chamado Suq al Zulataa - permanece bloqueado por milícias opostas ao governo de unidade, mas que no interior "tudo funciona bem, há várias cafeterias e lojas abertas e a circulação é normal. Só o acesso a essa área está controlado", indicou.

O resto da capital se encontra em estado de alerta, com os colégios e escritórios fechados, patrulhas nas estradas e milícias rivais armadas em vários edifícios.

Ontem à noite, homens armados ligados ao governo de unidade invadiram uma conhecida rede de televisão minutos depois de transmitir uma mensagem do primeiro-ministro do Executivo em Trípoli, Khalifa al Ghweill, na qual exigia ao Conselho Presidencial que abandonasse a capital ou teria que enfrentar as consequências.

Al Ghweil já tinha advertido há duas semanas que ordenaria a detenção de qualquer membro do governo de unidade ou do Conselho presidencial que pisasse na capital.

O presidente do governo de Tobruk, Abdulah Thini, advertiu por sua parte que não reconhecerá o gabinete de unidade até que este não alcance o respaldo da Câmara, que na segunda-feira passada voltou a fracassar em sua tentativa de conseguir quórum.

Às críticas ao governo de unidade e sua chegada clandestina a Trípoli uniu-se ontem à noite o mufti da Líbia, Al Sadak al Gariani, máxima autoridade religiosa, que declarou que o único Executivo legítimo no país é o de Trípoli.

Al Gariani instou os membros do Serraj a retornar "de onde vieram" e de abandonar "imediatamente" a Líbia, ou, do contrário, as consequências serão "catastróficas e terríveis".

"Eu sei que os membros do Conselho presidencial são gente sábia e por isso lhes recomendo a não ser a causa do derramamento de sangue. Além disso, lhes aconselho a não confiar na ajuda da comunidade internacional", advertiu.

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