Conselho de Segurança pede libertação de boinas azuis
44 militares de Fiji a serviço da ONU foram capturados
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2014 às 22h55.
O Conselho de Segurança da ONU exigiu neste sábado a 'imediata e incondicional libertação dos boinas azuis' detidos nas Colinas de Golã e condenou os ataques sofridos por essa força de paz.
Duas posições da Força de Observação da Separação nas Colinas de Golã (UNDOF), foram atacadas hoje por grupos armados islamitas e desde a quinta-feira estão detidos 44 'boinas azuis', cidadãos de Fiji.
Em comunicado de imprensa, o Conselho de Segurança condenou 'os contínuos ataques' contra esse contingente de paz, situado na fronteira da Síria com Israel, assim como a detenção dos 44 soldados e as restrições de deslocamento que a UNDOF sofre.
'Os membros (do Conselho de Segurança da ONU) exigiram a imediata e incondicional libertação destas forças de paz, e a garantia de seu livre trânsito', diz a nota.
O mandato da UNDOF, acrescentou, deve ser respeitado, assim como 'sua imparcialidade, suas operações e sua segurança'. O Conselho de Segurança ainda pediu que todas as partes cooperem de boa fé para que a força de paz possa cumprir sua missão nesses termos.
'Também fizeram um pedido aos países com influência para que transmitam aos responsáveis na área de operações da UNDOF a necessidade da imediata libertação dos soldados da força de paz', acrescenta a nota.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou estes fatos, que atribuiu a 'diversos atores não estaduais, incluída a Frente al Nusra', grupo próximo à Al Qaeda.
Os ataques sofridos este sábado pelos soldados em dois postos da ONU nas Colinas de Golã obrigaram a saída de 32 'boinas azuis' filipinos de um deles, enquanto o outro resistia ao fogo dos grupos armados.
Em nenhuma das ações registradas houve baixas entre os integrantes das forças de paz, informou a ONU.
Este destacamento é integrado por 1.223 soldados de seis países (Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Holanda e Filipinas), de acordo com os dados divulgados no fim de julho. EFE