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Congresso prepara versão para limitar ataque dos EUA à Síria

Parlamentares começaram a preparar sua própria versão para autorização do uso da força militar evitando emprego de forças terrestres

Manifestante palestino ergue cartaz de Bashar al-Assad durante protesto contra pontenciais ataques sobre a Síria, em Ramallah, na Cisjordânia (Mohamad Torokman/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 20h56.

Washingotn - Parlamentares norte-americanos começaram a preparar nesta segunda-feira sua própria versão para a autorização do uso da força militar na Síria para evitar qualquer interpretação que dê margem ao emprego de forças terrestres ou a ataques contra outros países.

Uma fonte governamental disse nesta segunda-feira que a Casa Branca se mostra disposta a rever os termos da solicitação, "dentro dos parâmetros que o presidente (Barack Obama) explicou anteriormente".

A proposta inicial de Obama, divulgada no sábado, prevê a autorização do uso da força "quando ele determinar que seja necessário e apropriado em relação ao uso de armas químicas e outras armas de destruição em massa no conflito na Síria". O texto também autorizava ações militares para impedir a transferência desse tipo de armas de e para a Síria.

A Casa Branca acusa o governo de Bashar al-Assad de ter matado em 21 de agosto mais de 1.400 pessoas, inclusive centenas de crianças, em um ataque com gás sarin em subúrbios de Damasco controlados por rebeldes. O governo sírio rejeita a acusação.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Robert Menendez, e o líder da maioria no Senado, Harry Reid, ambos democratas, discutiam nesta segunda-feira o texto de uma nova versão a ser votada no Senado, segundo um assessor.

A comissão pode começar a debater o texto na quarta-feira à tarde, com a intenção de votá-lo em plenário na semana que vem, quando termina o recesso parlamentar. Depois, a Câmara ainda teria de aprovar a medida. Obama diz que a autorização do Congresso não é estritamente necessária.

Em 2001, a autorização para o uso da força contra a Al Qaeda, concedida após os atentados de 11 de setembro, era tão ampla que serviu para justificar inúmeros atos de contraterrorismo por parte dos governos Bush e Obama, da guerra no Afeganistão a grampos telefônicos e ataques com drones.

Parlamentares tentam evitar que isso se repita agora. "A resolução que eles estão apresentando agora é tão aberta que acho que até pessoas simpáticas ao governo teriam dificuldades em apoiá-la", disse o deputado democrata James McGovern.

"A autoridade ampla que o presidente solicitou cria muita preocupação para mim e para outros", disse o senador republicano Roy Blunt a jornalistas após três horas de reunião a portas fechadas no domingo.

"E acho que isso será estreitado na próxima semana."

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Washingotn - Parlamentares norte-americanos começaram a preparar nesta segunda-feira sua própria versão para a autorização do uso da força militar na Síria para evitar qualquer interpretação que dê margem ao emprego de forças terrestres ou a ataques contra outros países.

Uma fonte governamental disse nesta segunda-feira que a Casa Branca se mostra disposta a rever os termos da solicitação, "dentro dos parâmetros que o presidente (Barack Obama) explicou anteriormente".

A proposta inicial de Obama, divulgada no sábado, prevê a autorização do uso da força "quando ele determinar que seja necessário e apropriado em relação ao uso de armas químicas e outras armas de destruição em massa no conflito na Síria". O texto também autorizava ações militares para impedir a transferência desse tipo de armas de e para a Síria.

A Casa Branca acusa o governo de Bashar al-Assad de ter matado em 21 de agosto mais de 1.400 pessoas, inclusive centenas de crianças, em um ataque com gás sarin em subúrbios de Damasco controlados por rebeldes. O governo sírio rejeita a acusação.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Robert Menendez, e o líder da maioria no Senado, Harry Reid, ambos democratas, discutiam nesta segunda-feira o texto de uma nova versão a ser votada no Senado, segundo um assessor.

A comissão pode começar a debater o texto na quarta-feira à tarde, com a intenção de votá-lo em plenário na semana que vem, quando termina o recesso parlamentar. Depois, a Câmara ainda teria de aprovar a medida. Obama diz que a autorização do Congresso não é estritamente necessária.

Em 2001, a autorização para o uso da força contra a Al Qaeda, concedida após os atentados de 11 de setembro, era tão ampla que serviu para justificar inúmeros atos de contraterrorismo por parte dos governos Bush e Obama, da guerra no Afeganistão a grampos telefônicos e ataques com drones.

Parlamentares tentam evitar que isso se repita agora. "A resolução que eles estão apresentando agora é tão aberta que acho que até pessoas simpáticas ao governo teriam dificuldades em apoiá-la", disse o deputado democrata James McGovern.

"A autoridade ampla que o presidente solicitou cria muita preocupação para mim e para outros", disse o senador republicano Roy Blunt a jornalistas após três horas de reunião a portas fechadas no domingo.

"E acho que isso será estreitado na próxima semana."

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