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Confronto em Misrata deixou 80 mortos nas fileiras de Kadafi

Segundo a TV estatal líbia, ditador prometeu para esta quinta uma "batalha decisiva" para recuperar a cidade

Rebeldes disparam artilharia na Líbia: exército deve se ir em breve rumo a Benghazi (Getty Images)

Rebeldes disparam artilharia na Líbia: exército deve se ir em breve rumo a Benghazi (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 08h34.

Argel - Um porta-voz rebelde assegurou hoje que os combates de quarta-feira em Misrata, a terceira maior cidade líbia e a última do oeste do país sob controle insurgente, deixaram 80 mortos entre as tropas de Muammar Kadafi e 18 em suas fileiras, segundo a cadeia de televisão "Al Jazeera".

A rede, que não identificou o porta-voz, mostrou imagens dos combates nas ruas da cidade nas quais se vê combatentes rebeldes, com uniforme militar e civil, armados com fuzis Kalashnikov e abrindo fogo contra o que parecem ser posições de soldados das forças de Kadafi.

Segundo a televisão estatal líbia, Kadafi prometeu para esta quinta-feira uma "batalha decisiva" para recuperar Misrata, a 150 quilômetros de Trípoli.

"Sereis chamados a pegar em armas na quinta-feira para tomar parte na batalha, que será a decisiva", disse a um grupo de jovens de Misrata, antes de exortá-los a não deixar a cidade "nas mãos de um punhado de loucos", de acordo com a cadeia estatal.

A mesma fonte assegurou ainda que o Exército se movimentaria "em breve" rumo a Benghazi, a segunda maior cidade líbia e o principal reduto dos rebeldes no leste do país.

Os militares do regime lançaram na noite de quarta-feira um ultimato aos habitantes de Benghazi para que abandonassem as zonas próximas a depósitos de armas e quartéis rebeldes, segundo anunciou o canal estatal.

Saif al Islam, um dos filhos de Kadafi, advertiu na quarta-feira que "em 48 horas tudo terá acabado" para os rebeldes.

Por sua parte, seu pai afirmou hoje em uma entrevista ao diário francês "Le Figaro" que bastaria apenas um dia para controlar o país por completo.

"Se utilizássemos a força, nos bastaria um só dia. Mas nosso objetivo é desmantelar progressivamente esses grupos armados recorrendo a diferentes meios, como cercar cidades e enviar mediadores".

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